Tatá, Zé Félix, Diogo Cunha se mexem nos bastidores para que o novo grupo assuma o CAP já visando o Módulo II de 2025

Crédito Foto: arquivo Rede Hoje

Mesmo com o rebaixamento este ano, a torcida poderá ver o retorno do Patrocinense ao Módulo II revigorado. Foto: Alair Constantino | Dono do Apito

Da redação da Rede Hoje

O Clube Atlético Patrocinense (CAP) deve passar por eleições ainda em 2024, conforme conversas mantidas pela Rede Hoje com dirigentes atuais e possíveis novos líderes do clube. A expectativa de uma transição ficou clara nas declarações de Roberto Avatar, o Tatá, que sugeriu estar disposto a deixar a presidência antes do fim de seu mandato, que se estende até o final de 2025. A decisão de antecipar sua saída surge após perceber que a continuidade sem apoio tornaria difícil manter o time no Módulo II do Campeonato Mineiro.

Atual presidente do CAp, Roberto Avatar, Tatá

Tatá informou a Rede Hoje que vai encaminhar um relatório completo das dívidas do clube, que chegam a aproximadamente 2 milhões de reais, para Diogo Cunha, que representa o grupo do ex-presidente Maurício Cunha. Esse relatório será um ponto crucial para que o grupo de Maurício possa avaliar a real situação financeira do CAP antes de assumir qualquer compromisso. De acordo com Tatá, é inviável continuar à frente do clube sem o respaldo necessário para gerir o time em meio a essa crise.

Participação fundamental do Conselho

José Félix, presidente do Conselho Deliberativo do CAP

José Félix, presidente do Conselho Deliberativo do CAP, também está envolvido nas discussões. Ele ressaltou que tem mantido contato tanto com Tatá quanto com o grupo de Maurício Cunha para viabilizar uma solução rápida. Félix destacou que, apesar do interesse em antecipar a eleição, ele não pode convocar a votação enquanto não receber a autorização formal de Tatá. Entretanto, as tratativas para a definição de uma data estão em andamento.

Félix disse que Tatá está com as mãos atadas, sem nenhum apoio e reforçou sua confiança no grupo de Maurício Cunha, lembrando que ele foi um presidente presente e dedicado, mesmo durante a difícil campanha do CAP na Série D do Campeonato Brasileiro de 2024. “Maurício, que sempre esteve nas arquibancadas do estádio Pedro Alves do Nascimento e sempre conversava comigo para discutir os desafios enfrentados pelo clube e possíveis soluções”, explico o presidente do Conselho.

Diogo Cunha está esperando relatório da dívida

Diogo Cunha, por sua vez, disse à Rede Hoje que seu pai, Maurício, está em viagem de descanso, mas que, após seu retorno no dia 20, as conversas sobre o futuro do clube serão aprofundadas. O próprio Diogo já está trabalhando em possíveis estratégias para lidar com as dívidas e buscará negociar essas pendências assim que tiver o relatório detalhado de Tatá em mãos.

Além disso, José Félix adiantou que pretende se reunir com Roberto Avatar Tatá e Marco Antônio Silva, o Marcão, atual presidente do Conselho Fiscal do CAP, para definir a data da eleição e preparar a publicação do edital. A necessidade de acelerar o processo eleitoral se dá pelo curto prazo para a nova diretoria montar o time para o Módulo II de 2025.

Félix garantiu que entregará pessoalmente a carta com o edital para os 52 conselheiros do clube, exceto dois que se desligaram do Conselho por concorrerem a cargos nas eleições. Com a situação financeira delicada e a proximidade de compromissos importantes, o Atlético Patrocinense corre contra o tempo para solucionar suas pendências e garantir uma nova gestão à altura dos desafios que o clube enfrenta.

As próximas semanas serão decisivas para o futuro do CAP, tanto dentro quanto fora de campo, à medida que as negociações sobre as dívidas e a definição do novo comando avançam. A torcida, ansiosa, espera que o clube consiga superar essa fase difícil e voltar a brilhar no futebol mineiro.


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