Operação Baco recolheu produtos sem procedência e inutilizou recipientes. Foto: UFPR/Divulgação
Fiscalização resultou em prisões, vistorias e ações de orientação ao consumidor
Da Redação da Rede Hoje
Uma força-tarefa das instituições de segurança de Minas Gerais concluiu 40 dias de fiscalização com a apreensão de 182,8 mil litros de bebidas sem procedência ou com indícios de adulteração. As ações ocorreram entre 9 de outubro e 19 de novembro, motivadas pela repercussão nacional de casos envolvendo metanol. Durante o período, 522 estabelecimentos passaram por vistorias. As equipes também inutilizaram 3,9 mil recipientes.
No total, 18 pessoas foram presas durante a operação. As ações se concentraram em pontos de venda e distribuição de bebidas alcoólicas. A fiscalização incluiu análise de documentação, verificação de estoques e inspeção de produtos expostos ao consumidor. Os responsáveis pela operação informaram que as apreensões ocorreram em diferentes regiões do estado. O foco se manteve em identificar irregularidades e retirar produtos suspeitos do mercado.
Atuação integrada
A força-tarefa mobilizou 793 servidores e utilizou 315 viaturas. Os resultados foram apresentados na sede do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e Fraudes, em Belo Horizonte. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, a integração entre os órgãos permitiu abranger várias etapas da cadeia das bebidas alcoólicas. A coordenação ficou a cargo da Sejusp.
O superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves, explicou que o trabalho envolveu troca de informações entre as instituições. A fiscalização observou aspectos como notas fiscais, características visuais dos produtos e regularidade dos estabelecimentos. Também foram aplicadas penalidades de acordo com o tipo de irregularidade encontrada. A Sejusp destacou que esse modelo de atuação deve ser replicado em futuras operações.
As equipes contaram com a participação da Polícia Militar, Polícia Civil, Secretaria da Fazenda, Vigilância Sanitária e Ministério Público. Também integraram a ação a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério da Agricultura. O Instituto Mineiro de Agropecuária acompanhou as etapas ligadas à inspeção de produtos. A Abrabe contribuiu com laudos técnicos.
Ações educativas
Além da fiscalização, a operação incluiu sete atividades de orientação ao consumidor. As ações alcançaram cerca de 1.200 pessoas. As equipes repassaram informações sobre sinais que podem indicar irregularidades em bebidas. Também foram divulgados casos recentes envolvendo adulterações investigadas pelas autoridades. O objetivo foi alertar consumidores para situações que exigem comunicação imediata aos órgãos competentes.
As ações educativas ocorreram em locais de grande circulação e em pontos comerciais. Os participantes receberam materiais informativos produzidos pelos órgãos envolvidos. As equipes reforçaram a importância de observar rótulos, embalagens e condições de armazenamento dos produtos. A orientação é registrar denúncias sempre que houver suspeitas relacionadas à origem das bebidas.
Resultados consolidados
A operação encerrou o ciclo de 40 dias com dados consolidados sobre apreensões, prisões e atividades preventivas. A Sejusp informou que continuará monitorando estabelecimentos já mapeados. A força-tarefa também avaliou que a integração entre as instituições contribuiu para padronizar os procedimentos de fiscalização. O relatório final será enviado aos órgãos responsáveis pelo acompanhamento das ações.
O trabalho permanece em andamento em caráter permanente. As instituições devem iniciar novas etapas de fiscalização conforme a demanda regional. A Sejusp informou que as equipes seguem em alerta para novos casos de adulteração. O objetivo é manter o controle e a vigilância sobre a comercialização de bebidas no estado.
