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POLÍTICA | Deputados do RJ aprovam a soltura de Rodrigo Bacellar em sessão marcada por tumulto

Foto: Alex Ramos/Alerj

Decisão será encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, que definirá as condições para a liberação


Da Redação da Rede Hoje

Em sessão marcada por tumulto no plenário, os deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovaram a revogação da prisão do presidente da Casa, Rodrigo Bacellar. A decisão será publicada no Diário Oficial antes de ser encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que definirá as condições para a soltura. A votação ocorreu com tensão entre grupos favoráveis e contrários ao deputado. A medida altera o status da prisão preventiva decretada anteriormente.

A sessão registrou momentos de confusão entre parlamentares da base e da oposição. A divergência sobre o encaminhamento da votação causou bate-boca no plenário, exigindo a ação da segurança legislativa. A intervenção evitou que o conflito se agravasse fisicamente. A falta de acordo entre as bancadas aumentou a tensão durante os debates. O tumulto atrasou parte da sessão.

Bacellar está preso preventivamente sob acusação de vazar informações sobre operação da Polícia Federal. A investigação apura suposto fornecimento de dados sigilosos relacionados à prisão do ex-deputado TH Joias. O caso envolve apurações sobre tráfico internacional de drogas. O processo tramita em instâncias federais. As diligências seguem sob sigilo.

A base de Bacellar contestou os fundamentos da prisão durante a sessão. O deputado Alexandre Knoploch afirmou que o colega não foi ouvido pela Polícia Federal antes da medida cautelar. Ele criticou as acusações apresentadas ao Judiciário. Knoploch mencionou que diversos parlamentares tinham convivência com TH Joias. A defesa questiona a legalidade da prisão.

Debate entre parlamentares

A deputada Índia Armelau também se manifestou a favor da revogação. Ela disse que o posicionamento contrário ao presidente da Casa ocorre apenas após o avanço das investigações. Armelau afirmou que parlamentar nenhum pode ser responsabilizado por relações anteriores. Ela acrescentou que a base seguirá mobilizada na defesa do colega. O discurso provocou reações no plenário.

A oposição defendeu a manutenção da prisão durante o debate. Flávio Serafini, do PSOL, afirmou que os elementos apresentados são suficientes para sustentar a medida cautelar. Ele disse que a preservação das investigações deve prevalecer sobre aspectos políticos. Serafini defendeu que o combate ao crime organizado exige continuidade das apurações. O pronunciamento dividiu o plenário.

Carlos Minc reforçou o argumento pela continuidade da prisão. Ele destacou que a posição não representa condenação. Minc afirmou que o afastamento temporário é necessário para evitar interferências nas investigações. O parlamentar ressaltou que a decisão final caberá ao Judiciário. A manifestação seguiu a mesma linha do voto apresentado por ele na CCJ.

Parte da direita também votou pela manutenção da prisão. Rosenverg Reis, adversário político de Bacellar, foi o primeiro a registrar voto contrário à soltura. O deputado tem histórico de divergências com o presidente da Alerj. O posicionamento dele reforçou divisões internas no campo conservador. O voto marcou um dos momentos mais aguardados da sessão.

Encaminhamento da decisão

Após a conclusão da votação, a Mesa Diretora iniciou os trâmites para publicação do resultado. O documento será enviado ao Supremo Tribunal Federal ainda nesta semana. Caberá ao ministro Alexandre de Moraes definir as condições da eventual soltura. Entre as possibilidades estão monitoramento, restrições de contato ou afastamento temporário. O STF dará prosseguimento às etapas processuais.

O caso segue como um dos principais temas da política fluminense. A Alerj deve retomar sessões ordinárias ainda sob clima de polarização. As bancadas avaliam novos desdobramentos relacionados ao processo. A defesa de Bacellar prepara manifestações formais ao Supremo. O Ministério Público acompanha o andamento das decisões judiciais.

@redehoje
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