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Luto no Futebol | Morre em Belo Horizonte, Donizete Ferreira, o Sete: uma lenda do futebol de Patrocínio

Ex-atleta marcou gerações no futebol amador e profissional do município. Foto: Rede Hoje


Donizete Ferreira, que conhecido pelo apelido de infância, Sete, faleceu em Belo Horizonte.
Luiz Antônio Costa

Foi sepultado em Belo Horizonte, nesta terça-feira, 16 de dezembro, Donizete Ferreira, conhecido como Sete. A informação sobre o falecimento foi confirmada à Rede Hoje por João Batista de Carvalho, o Barrela. Sete havia participado recentemente do Encontro dos Amigos, evento anual realizado por Barrela em Patrocínio. Na ocasião, reencontrou colegas da adolescência e da juventude. O falecimento causou repercussão entre desportistas da cidade.

Donizete Ferreira construiu sua trajetória no futebol de Patrocínio entre as décadas de 1970 e 1980. Atuou como zagueiro tanto no futebol amador quanto no profissional. Também teve passagem pelo futebol de salão, modalidade que a cidade sempre esteve entre as melhores do estado. Sua atuação foi registrada em diferentes equipes locais. O ex-jogador ficou conhecido pelo chute forte e presença defensiva.

Entre os clubes pelos quais passou estão o PTC, onde foi campeão mineiro do interior, e o Catiguá. Também atuou no futebol profissional pelo Patrocínio Esporte e amador pelo Milan do Tião do Dêgo. Essas equipes deram origem ao atual Clube Atlético Patrocinense. Sete participou de competições municipais e regionais. Sua trajetória acompanhou a evolução do futebol local.

Além dos jogos, Sete ficou associado a episódios que marcaram o cotidiano do esporte amador. Sua convivência com dirigentes, atletas e torcedores fez parte da rotina dos campos da cidade. A relação com o técnico Sebastião Alves dos Santos, o Tião do Dêgo, foi registrada em diferentes passagens. Esses episódios permanecem na memória dos antigos companheiros. O ex-jogador era presença constante nas competições.

Episódio folclórico

Sete na fortíssima equipe do Milan, de onde surgiu o retorno profissional do CAP. Foto: livro “CAP a história de uma paixão Grená”

Certa vez, durante uma partida no Estádio Júlia Aguiar, compareceram 12 jogadores para a disputa do jogo. O técnico Sebastião Alves dos Santos, o Tião do Dêgo, ficou sem jeito para escalar os 11 titulares e deixar um fora. Não havia como distribuir 11 camisas para os titulares e apenas uma para o reserva. O técnico pediu para Sete ir buscar água e, enquanto ele estava fora, distribuiu as camisas. Quando Sete voltou e viu que estava de fora, foi logo questionar o Tião do Dego:

—Por que você me deixou de fora?

O treinador respondeu:

—Quem mandou você sair?

—Você. Me pediu para buscar água.

—Infelizmente estão todos uniformizados. Agora, você vai ficar na reserva até ver.

A situação gerou um impasse antes do início da partida, mas logo virou uma das histórias mais lembradas no folclore do futebol amador local. Após o episódio, Sete passou a ser alvo de gozação entre os amigos, que não deixavam de lembrar da “reserva forçada” e da confusão com a distribuição das camisas. O episódio ficou marcado como uma das situações mais engraçadas vividas no futebol da cidade.

Mesmo após parar de jogar e se mudar para a capital mineira, Sete manteve vínculo com o futebol da cidade. Participava de encontros e mantinha contato com antigos colegas de equipe. Sua história era frequentemente lembrada em conversas sobre o esporte local. O nome de Sete (Donizete Ferreira) seguia associado ao futebol de Patrocínio.

Família de Números

Sete fazia parte de uma família ligada ao futebol amador. O apelido surgiu ainda criança — por causa do nome Donizete, as crianças chamavam Zete até que ficou Sete — e acabou sendo adotado por todos. A partir dele, os irmãos passaram a ser conhecidos pelos números 5, 6 e 8 em Patrocínio. E assim é até hoje. A curiosidade se espalhou entre jogadores e torcedores. A identificação pelos números se tornou comum na cidade.

Legado esportivo

No Patrocínio Esporte de 1970, Copa Sul Minas da FMF. Foto: livro “CAP a história de uma paixão Grená”

A morte de Donizete Ferreira representa uma perda para a história esportiva de Patrocínio. Sua atuação ajudou a consolidar equipes e competições locais. O futebol amador e profissional da cidade foi marcado por sua presença. O nome Sete permanece ligado a esse período. Sua trajetória integra a memória esportiva do município.

O sepultamento em Belo Horizonte reuniu familiares e amigos. Em Patrocínio, o falecimento gerou manifestações de pesar entre ex-atletas. A história construída nos campos segue registrada na lembrança coletiva. O futebol local perde um de seus personagens. O legado permanece associado às décadas de 70 e 80.

@redehoje
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