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Gestão | Prefeito convoca coletiva para balanço e falar sobre aquisição do Enxó; oposição critica

Registro oficial das instalações do Enxó Campestre. Foto: Arquivo Municipal

Assinatura do decreto para criação do Clube do Trabalhador e do Centro Olímpico gera debate sobre prioridades orçamentárias na cidade.

Da Redação da Rede Hoje.

O prefeito Gustavo Brasileiro realiza nesta terça-feira, dia vinte e três de dezembro, uma entrevista coletiva no Auditório Geraldo Campos. O evento está agendado para as dezesseis horas e tem como finalidade principal apresentar o balanço do primeiro ano da atual gestão municipal. Durante o encontro oficial, o chefe do Executivo pretende detalhar as ações realizadas em diversas secretarias e os índices alcançados ao longo do período. A prestação de contas faz parte do cronograma de transparência estabelecido pela administração da prefeitura de Patrocínio.

A pauta central da coletiva envolve a assinatura do processo de desapropriação do Enxó Campestre para finalidades públicas específicas. O projeto prevê a transformação da estrutura privada no Clube do Trabalhador e no Centro Olímpico de Patrocínio, denominado pela sigla COP. De acordo com o planejamento governamental, a iniciativa busca o fortalecimento do desporto local e a formação de novos atletas de alto rendimento. A medida também é apresentada como uma forma de valorização dos servidores municipais através de espaços de lazer.

O prefeito declarou em entrevistas anteriores que todo o trâmite jurídico de desapropriação ocorrerá dentro da legalidade e com critérios técnicos. O governo municipal afirma que será pago um preço justo aos atuais proprietários das cotas do clube particular conforme as avaliações de mercado. O objetivo é converter a área em um patrimônio público estruturado para atender o funcionalismo e a juventude patrocinense de forma direta. O local possui áreas de convivência e piscinas que serão integradas ao novo complexo esportivo municipal.

A estrutura atual do Enxó Campestre conta com espaços esportivos diversos e ambientes que permitem o uso imediato pela população servidora. A prefeitura argumenta que a aquisição do imóvel é estratégica devido à área disponível para a construção de novos equipamentos públicos no futuro. O Centro Olímpico de Patrocínio foca na promoção da saúde coletiva e na descoberta de talentos em diversas modalidades olímpicas. A administração ressalta que o projeto integra um conjunto de ações voltadas à melhoria da qualidade de vida social.

Contraponto e divergência

O ex-prefeito Deiró Marra apresentou críticas públicas em relação ao investimento de doze milhões de reais para a desapropriação da agremiação esportiva. O antigo gestor afirma que a proposta de compra do clube por parte do município já havia sido debatida durante o seu mandato anterior. Segundo o relato de Marra, a diretoria do Enxó procurou o governo passado para propor a elaboração de um decreto de desapropriação amigável. Na ocasião, o então prefeito decidiu não levar o processo adiante por considerar que a medida não era adequada.

O ex-mandatário defende que os recursos públicos deveriam ser aplicados em outras áreas da administração municipal que considera mais urgentes no momento atual. Marra cita a necessidade de investimentos na saúde, especificamente na construção de pronto-socorros em bairros como Morada Nova e Serra Negra. Para o opositor, a promessa de unidades de pronto atendimento vinte e quatro horas deveria ter prioridade financeira sobre a compra de um clube. Ele ressalta que existem maneiras alternativas de valorizar os servidores sem a aquisição do imóvel.

A crítica também aborda a natureza jurídica do Enxó Campestre, reforçando que se trata de uma entidade composta por sócios particulares e cotistas antigos. O ex-prefeito menciona que questões de insatisfação interna entre os associados devem ser resolvidas no âmbito privado da própria diretoria do clube. Ele afirma que na última reunião de sócios, ocorrida em trinta de novembro, ficou claro o interesse dos cotistas em manter a gestão atual. A oposição argumenta que o uso de verba pública para este fim carece de sentido administrativo.

O debate sobre a desapropriação envolve o montante estipulado de doze milhões de reais para a indenização dos proprietários do terreno e das benfeitorias. Deiró Marra destaca que sua gestão priorizou o pagamento de salários em dia e o aumento do valor da cesta básica para os funcionários. Ele afirma que o orçamento deixado pela sua equipe previa o repasse de seiscentos reais para o benefício alimentar dos servidores. A discussão agora gira em torno da escolha política entre novos equipamentos de saúde ou o centro olímpico.

Planejamento e continuidade

O atual prefeito Gustavo Brasileiro mantém o posicionamento de que o projeto é um pilar fundamental para a política de esporte do município. Ele reforça que a criação do Clube do Trabalhador atende a uma demanda histórica de convivência social para quem atua na prefeitura. A gestão atual acredita que a centralização de atividades esportivas em um centro olímpico de excelência trará benefícios econômicos para a cidade. O balanço do governo servirá para contextualizar esse investimento dentro do orçamento anual disponível para a prefeitura.

O evento desta terça-feira deve detalhar o cronograma de obras e as fases de transição da posse do Enxó Campestre para o domínio público. Técnicos da prefeitura estarão presentes para explicar os laudos de avaliação que justificam o valor de mercado mencionado nas discussões políticas recentes. A administração municipal nega que haja falta de investimento em saúde, apontando dados que serão revelados durante a apresentação do balanço. O foco da coletiva será equilibrar as realizações do primeiro ano com as metas futuras de infraestrutura.

A desapropriação é vista pelo governo como um passo definitivo para que Patrocínio possua uma representação oficial em competições esportivas de alto nível regional. O treinamento de atletas será coordenado pela secretaria competente dentro das normas técnicas das confederações olímpicas brasileiras e mundiais de esporte. A prefeitura espera que o espaço também receba competições escolares e eventos comunitários que promovam a integração entre os bairros periféricos e o centro. O impacto social da medida é defendido como superior ao custo financeiro imediato.

A repercussão das declarações do ex-prefeito trouxe novos elementos para o cenário político local na reta final do ano de dois mil e vinte e cinco. Moradores e servidores públicos acompanham o desenrolar do decreto de desapropriação para entender como os benefícios serão distribuídos na prática cotidiana. A coletiva de imprensa permitirá que os veículos de comunicação locais questionem o prefeito sobre os pontos levantados pela oposição. O balanço governamental será transmitido pelas redes sociais oficiais da prefeitura para acesso de toda a população.

Valorização do funcionalismo

A proposta de valorização do servidor público municipal é defendida pela gestão como uma estratégia de melhoria na prestação dos serviços à comunidade local. Gustavo Brasileiro argumenta que funcionários motivados e com acesso a áreas de lazer tendem a apresentar maior produtividade em suas funções. O Clube do Trabalhador é comparado a modelos de sucesso em outras cidades brasileiras que oferecem infraestrutura recreativa aos seus agentes. O governo pretende que o custo de manutenção seja absorvido pelo orçamento ordinário previsto para as pastas sociais.

O Centro Olímpico de Patrocínio terá salas de treinamento, campos de futebol, quadras poliesportivas e pista de atletismo conforme o projeto arquitetônico preliminar da prefeitura. A aquisição de equipamentos modernos para a preparação física dos jovens também está inclusa no planejamento orçamentário para o próximo ano. A Secretaria de Esportes ficará responsável pela gestão do calendário de atividades no espaço desapropriado após a conclusão do rito legal. O prefeito insiste que a legalidade do processo é a garantia de segurança jurídica.

Os cotistas do Enxó Campestre aguardam a oficialização dos termos de pagamento para definir o futuro da associação privada que geria o espaço anteriormente. Alguns membros da diretoria manifestaram interesse em colaborar com a transição para garantir que a mística esportiva do clube seja preservada na nova fase. A assinatura do decreto na coletiva encerra o período de especulações e dá início à fase executiva da desapropriação por utilidade pública. O valor de doze milhões de reais será empenhado conforme a disponibilidade de caixa.

O ex-prefeito mantém sua posição contrária e afirma que continuará participando da discussão pública sobre o destino dos impostos pagos pelos cidadãos de Patrocínio. Ele sugere que a prefeitura realize audiências públicas para ouvir a opinião dos moradores sobre as prioridades entre saúde e lazer esportivo. Marra enfatiza que a fiscalização do gasto público é um dever da cidadania e dos representantes eleitos pela comunidade. O clima político na cidade reflete a polarização entre diferentes visões de desenvolvimento urbano e assistência básica.

Balanço de governo

A coletiva de imprensa também abordará temas como educação, infraestrutura urbana e pavimentação de vias realizadas durante o ano de dois mil e vinte e cinco. O prefeito pretende demonstrar que o investimento no clube não prejudica as demais áreas prioritárias do município conforme alegado pela oposição. Dados sobre o atendimento médico e a distribuição de medicamentos serão apresentados para contrapor as críticas sobre a falta de atenção à saúde. O relatório final de gestão será disponibilizado no portal da transparência após a reunião.

O fechamento do primeiro ano de governo é considerado um marco importante para consolidar o perfil administrativo da equipe de Gustavo Brasileiro na cidade de Patrocínio. A escolha do Auditório Geraldo Campos como local do anúncio reforça a institucionalidade do evento de prestação de contas aos jornalistas. A prefeitura espera que a coletiva esclareça todas as dúvidas sobre o processo do Enxó Campestre e o Centro Olímpico. O documento assinado nesta terça-feira será publicado no Diário Oficial do Município na edição subsequente.

A desapropriação do clube privado para o serviço público altera o mapa de equipamentos comunitários da zona urbana de Patrocínio e cria um novo polo esportivo. O governo municipal planeja inaugurar as primeiras atividades do Centro Olímpico ainda no primeiro semestre do próximo ano de gestão administrativa. A população poderá utilizar parte das dependências assim que a vistoria técnica de segurança for concluída pelos órgãos competentes do município. O balanço final indicará a saúde financeira da prefeitura para suportar os novos investimentos previstos.

A coletiva de imprensa se encerra com a perspectiva de que o tema continuará em debate no legislativo municipal e nas reuniões comunitárias de bairro. O posicionamento do ex-prefeito e a resposta do atual gestor definem as linhas de argumentação que serão utilizadas nos próximos meses de governo. O balanço de governo é o último grande ato político do Executivo no encerramento deste calendário anual.

@redehoje
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