
Alexandre Costa
“Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas Barrabás. E Barrabás era um salteador.” – João 18:40
No pátio do julgamento, a verdade estava diante do povo. Jesus, inocente, silencioso e cheio de graça. Ainda assim, a multidão gritou por Barrabás. A escolha não foi feita com base na justiça, mas na pressão coletiva, no barulho das vozes, no clima do momento. E ali vemos um retrato dolorosamente atual: quantas vezes escolhemos errado porque seguimos a multidão?
A multidão oferece sensação de segurança. “Se todos estão fazendo, deve ser certo.” Porém, a Bíblia nos mostra que a maioria nem sempre está alinhada com a vontade de Deus. A voz coletiva pode abafar a consciência, silenciar a verdade e nos conduzir a decisões que, mais tarde, trarão arrependimento.
Barrabás representava o que era violento, imediato e aparentemente vantajoso. Jesus representava a verdade, o sacrifício e um caminho que exigia transformação. A multidão escolheu o que parecia mais fácil, mais próximo de seus desejos momentâneos. Escolher Jesus exigiria coragem para ir contra o fluxo.
Esse texto nos confronta: quem tem influenciado nossas decisões? Pessoas ao redor, redes sociais, opiniões populares, medo de rejeição? Ou a voz mansa e firme de Cristo? Escolhas ruins quase sempre nascem quando trocamos convicção por aceitação, princípios por aplausos.
Seguir Jesus muitas vezes significa caminhar sozinho, nadar contra a corrente e dizer “não” quando todos dizem “sim”. Mas é nesse caminho que há vida, verdade e redenção.
Não creia que “a voz do povo é a voz de Deus”. Basta olhar para a Palavra Dele para que essa “tese” caia por terra. Nem toda escolha popular é correta. Às vezes, a fidelidade a Cristo começa quando temos coragem de discordar da multidão.
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