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Preso no Paraguai | Silvinei Vasques é detido no Paraguai após violar monitoramento eletrônico

Ex-diretor da PRF foi localizado em aeroporto internacional. Foto: Lula Marques Agência Brasil

PF registra perda de sinal de tornozeleira e fuga de condenado para país vizinho

Da Redação da Rede Hoje

A Polícia Federal informou que a tornozeleira eletrônica do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, parou de emitir sinal na madrugada de quinta-feira. O monitoramento por GPS foi interrompido por volta das três horas da manhã, durante o feriado de Natal. Agentes federais compareceram ao apartamento do investigado em São José, Santa Catarina, e confirmaram a ausência. O ex-diretor cumpria prisão domiciliar sob restrições judiciais determinadas pelo Supremo Tribunal Federal.

O sistema de câmeras do edifício registrou que Silvinei esteve no imóvel até as dezenove horas e vinte e dois minutos da véspera de Natal. As imagens mostram o ex-diretor transportando bolsas para o porta-malas de um veículo, utilizando calça preta e camiseta cinza. A investigação aponta que a fuga do território nacional foi realizada com o suporte de um carro alugado. O deslocamento ocorreu após o fechamento do cerco de vigilância pelas autoridades locais.

As autoridades paraguaias detiveram Silvinei Vasques nesta sexta-feira quando ele tentava embarcar em um voo internacional com documentação falsa. O ex-diretor portava um passaporte adulterado no momento da abordagem realizada no aeroporto do país vizinho. Após a confirmação da fuga, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva imediata do investigado. A Polícia Federal trabalha agora nos trâmites necessários para a extradição do brasileiro custodiado.

Silvinei possui condenação de vinte e quatro anos e seis meses de reclusão em regime fechado por envolvimento em tramas golpistas. Os crimes listados no processo incluem organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A justiça também considerou o dano qualificado e a deterioração de patrimônio tombado durante as ações apuradas. O monitoramento eletrônico era uma condição para a permanência dele em liberdade provisória domiciliar.

Histórico judicial

As investigações da Procuradoria-Geral da República apontam que Vasques utilizou a estrutura da PRF para realizar blitzes em locais específicos. O objetivo das operações era dificultar o acesso de eleitores às urnas em regiões com determinados perfis de votação. Tal conduta visava interferir no resultado do pleito presidencial e beneficiar candidaturas específicas durante o processo eleitoral. O ex-diretor havia sido preso preventivamente em agosto de dois mil e vinte e três.

A liberdade provisória foi concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal após um ano de detenção em unidade prisional. Entre as medidas cautelares impostas estavam o uso da tornozeleira e o cancelamento oficial de todos os seus passaportes. A violação das regras de monitoramento resultou na suspensão imediata do benefício da prisão domiciliar anteriormente concedido. O descumprimento das normas judiciais agravou a situação jurídica do réu perante a corte superior brasileira.

A corporação confirmou que o ex-diretor será enviado de volta ao Brasil para cumprir a determinação de recolhimento em presídio. O itinerário do retorno e a unidade prisional de destino serão mantidos sob sigilo por questões de segurança orgânica. O Ministério da Justiça acompanha os desdobramentos diplomáticos para acelerar o processo de entrega do detido pelas autoridades paraguaias. Novos relatórios sobre a fuga serão anexados ao inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal.

@redehoje
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