Alexandre Costa
“Por isso é que seus pais disseram: Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo.” João 9:23
O contexto deste versículo é o encontro transformador entre Jesus e o homem que nasceu cego. Curado de forma sobrenatural, ele passa a ser interrogado pelos fariseus, enquanto seus próprios pais, com medo das consequências religiosas e sociais, se esquivam de testemunhar. A resposta deles revela algo profundo: a fé não pode ser terceirizada.
Os pais conheciam a história do filho, mas não viveram o milagre. Eles ouviram falar do que Jesus fez, mas não tiveram um encontro pessoal com Ele. Por isso, transferem a responsabilidade: “Perguntem a ele mesmo.”
Esse texto nos ensina que ninguém pode responder por nós quando se trata de nossa experiência com Cristo. Igreja, família, líderes e tradição são importantes, mas não substituem o encontro pessoal com Jesus. Chega um momento em que cada um precisa dizer, com suas próprias palavras e com a própria vida, quem Jesus é e o que Ele fez.
O homem que fora cego talvez não soubesse explicar teologia, nem dominar argumentos religiosos, mas tinha uma certeza inabalável: “Eu era cego e agora vejo.” Um encontro genuíno com Jesus gera convicção, não apenas informação. Ele muda nossa história, nossa visão e nossa identidade.
Deus não nos chama para viver de fé emprestada, mas de fé vivida. O Evangelho se torna real quando deixamos de apenas ouvir sobre Jesus e passamos a caminhar com Ele, dia após dia, permitindo que Sua graça nos transforme.
Sua fé está baseada no que outros dizem sobre Jesus ou no que você vive com Ele? Quando alguém pergunta sobre sua esperança, você consegue responder por si mesmo?
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