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Imunizante será aplicado pelo SUS a partir de 2026, em dose única e para público de 12 a 59 anos
Da Redação da Rede Hoje
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou o registro da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. A decisão foi divulgada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (8), concluindo o processo regulatório do imunizante. O Ministério da Saúde já havia anunciado a aprovação preliminar no fim de novembro. A aplicação das doses está prevista para começar em 2026. O imunizante será distribuído exclusivamente pelo SUS.
O registro permite a produção e a comercialização pública da vacina. A Anvisa destacou que o produto passou por todas as etapas de análise técnica previstas. A agência informou que o processo avaliou segurança, qualidade e eficácia da formulação. A vacina será ofertada apenas pela rede pública de saúde. O Ministério da Saúde organizará o cronograma de distribuição.
A Anvisa informou que a vacina é tetravalente e atua contra os quatro sorotipos da dengue. A dose será aplicada de forma única. O imunizante é o primeiro contra a dengue produzido por um laboratório nacional. A tecnologia utilizada é de vírus vivo atenuado. O método já está presente em outras vacinas aplicadas no Brasil. Estudos adicionais seguirão em andamento.
Produção e uso pelo SUS
A indicação da vacina foi aprovada para pessoas de 12 a 59 anos. A agência informou que a faixa etária poderá ser ampliada após novos estudos. O Instituto Butantan já possui 1 milhão de doses prontas para distribuição. A expectativa é alcançar mais de 30 milhões de unidades até meados de 2026. A produção seguirá em expansão conforme demanda do SUS. O instituto manterá acompanhamento pós-distribuição.
O imunizante apresentou eficácia global de 74,7% contra dengue sintomática. O índice foi calculado em estudo técnico da Anvisa. A vacina também demonstrou 89% de proteção contra formas graves da doença. O resultado foi publicado na revista The Lancet Infectious Diseases. A proteção inclui casos com sinais de alarme. A análise considerou dados da população-alvo.
A vacina foi desenvolvida a partir de parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa WuXi Vaccines. O Ministério da Saúde articulou a cooperação. A formulação utiliza tecnologia semelhante à presente em vacinas contra febre amarela e tríplice viral. O modelo é consolidado no país. A Anvisa reforçou que o monitoramento continuará após o início da vacinação.
Pesquisa e monitoramento
O Instituto Butantan informou que irá manter estudos complementares. A vigilância ativa será realizada com apoio das unidades de saúde. A análise permitirá verificar efeitos e desempenho da vacina no uso populacional. A pesquisa acompanhará possíveis atualizações da bula. Estudos internacionais também serão incorporados.
A Anvisa destacou que o registro não encerra o processo de avaliação. O monitoramento será contínuo. A agência acompanhará as etapas de distribuição e uso. O Ministério da Saúde organizará campanhas de orientação. A vacinação integrará o calendário nacional conforme definição posterior.
Fonte: Agência Brasil