Alexandre Costa
“¹ E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto.” Lucas 4:1
O deserto, na Bíblia, nunca é apenas um lugar de escassez — é, sobretudo, um lugar de propósito. Jesus não foi ao deserto por estar fraco, confuso ou distante de Deus. Pelo contrário: Ele estava cheio do Espírito Santo . Ainda assim, foi levado ao deserto.
Isso nos ensina algo profundo: estar no centro da vontade de Deus não nos isenta de atravessar desertos. Às vezes, o Espírito nos conduz exatamente para esses lugares difíceis, não para nos destruir, mas para nos preparar.
No deserto, Jesus enfrentou tentações, silêncio e provações. Mas ali Ele também reafirmou sua identidade, fortaleceu sua dependência da Palavra e saiu pronto para iniciar seu ministério público. O deserto não foi um atraso — foi um treinamento.
Quantas vezes nós interpretamos o deserto como abandono? Questionamos nossa fé, nossas escolhas, nosso chamado. Porém, Lucas deixa claro: Jesus foi levado pelo Espírito. O deserto não era ausência de Deus, mas um ambiente onde Deus estava trabalhando de forma intensa e profunda.
Se hoje você se sente em um deserto — emocional, espiritual, familiar ou ministerial — lembre-se: o mesmo Espírito que conduz ao deserto é aquele que sustenta dentro dele. O deserto revela o que realmente nos alimenta, em quem confiamos e de onde vem nossa força.
Lembre-se: O deserto passa. A Palavra permanece. E quem sai do deserto com Deus, sai mais maduro, mais firme e mais preparado. Porque o deserto não é o fim da caminhada — é parte da formação.
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