Facebook Twitter
 banner radio hoje aovivo450x108okok    
Domingo, Janeiro 24, 2021

  • Inicial
  • Minas Hoje
  • Esporte Hoje
  • Gerais
  • TV HOJE
  • Blog do Luiz Antônio

COLUNA DO IVAN. PASSA BOI PASSA BOIADA.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Segunda, 18 Janeiro 2021 10:11

people-2834080 1920Há três anos , em um artigo neste jornal, falávamos sobre  as evidências de que caminhávamos para um governo militar como na ditadura de 64. E chegou a república dos generais. A diferença é que, no governo atual,  a democracia permanece, as instituições funcionam emocraticamente, mas temos, sim, um governo militar em que não faltam surpresas e mais surpresas. A atuação do governo nos órgãos públicos causa sempre um espanto.

É claro que o Brasil precisa modernizar a administração púbica, torná-la mais ágil, mais eficiente. A administração moderna se faz com  um bom  planejamento ,  com metas e agilidade. Mas o que se vê na administração pública federal é um desmonte do serviço público  que o Ministro denominou de passar a boiada.  Corre-se o risco de tornar a administração ainda menos eficiente, morosa  quando se desfaz de quadros técnicos, quando não se consegue distinguir o  que é essencial e prioritário e quando o próprio governo não reconhece a importância de certos órgãos ou tentam desmoralizá-los como aconteceu com o INPE.

O governo retira pessoas dos quadros técnicos  sem levar em conta a importância a experiência destas pessoas como se isto não gerasse consequência alguma. O meio ambiente é sem dúvida alguma o ministério  onde o desmonte se torna mais visível. Até parece que fizeram deste  ministério um laboratório para testar mudanças. Dia quinze deste mês,  um jornal francês trouxe uma reportagem sobre o que ele chama de desmantelamento de órgãos de proteção ao índio. Para alegria do setor imobiliário, no  Ministério do Meio Ambiente, chegou-se ao  absurdo de tentar liberar áreas de restingas e de manguezais tão importantes para a vida marinha.

Na Saúde,  apesar da crise em que se vive hoje, não foi diferente. Nem a crise da pandemia,  ainda no seu início, foi capaz de impedir a exoneração de dois ministros médicos, e, o q1ue é pior, ficando o Ministério sem titular por muito tempo . Além do fato de não estar um ´médico, ou um cientista, ou um profissional da saúde, no seu comando,  mudam as pessoas de setor como se o trabalho delas, a experiência acumulada durante anos não fizesse diferença. Colocam pessoas sem nenhuma experiência que paralisam pesquisas e atividades essenciais em um momento de crise aguda na saúde e principalmente na administração do próprio órgão.

Claro que isto não acontece por inépcia ou incompetência. Acontece, sim, de forma direcionada a favorecer e entregar a boiada para a iniciativa privada, a fazer vista grossa sobre o avanço de grupos que contam com uma fiscalização frouxa, incapaz de conter os desmandos, com multas que nunca são cobradas. A revista Veja trouxe um relato sobre um ex-deputado(de Goiás ou do Mato Grosso) que desmatou vinte e um mil  hectares. Isto mesmo, vinte e um mil  hectares. São pessoas que não pensam no país, só querem usurpar o Governo e contam com a leniência deste para a prática de tais atos. Basta um órgão agir e tentar punir os transgressores   para, no dia seguinte, seus membros serem afastados ou transferidos para outros setores . Órgãos respeitados, com grande  experiência acumulada durante anos, como o INPE, o serviço de proteção ao Índio e  órgãos de fiscalização ambiental,  e até mesmo o Ministério da Saúde, se veem de repente desvalorizados pelo governo e, pior ainda, impedidos de agir. Liberar restingas e manguezais parece coisa de pessoas ineptas não fosse o interesse de ceder estas áreas para a iniciativa privada. 

E assim acontece em outros setores como atualmente no Banco do Brasil cuja privatização é o sonho do Ministro Paulo Guedes. Os exemplos são inúmeros. Vai-se desmantelando órgãos e setores sem levar em conta suas finalidades,  criando, assim, pretextos para transferi-los para a iniciativa privada, para alegria dos membros do governo adeptos da Escola de Chicago.


 


tv-hoje-banner-686x113
 
 

COLUNA DO IVAN. BRINQUEDOS DE NATAL.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Quinta, 31 Dezembro 2020 19:23

criançaNeste Natal, levantei-me cedo como não o fazia há anos. Fiquei  imaginando o que fazer na manhã que se percebia ia ser comprida. Resolvi dar uma volta no bairro para ver as crianças alegres e felizes com seus brinquedos.  Fiquei desapontado.  Não havia crianças nas ruas curtindo os  tão esperados brinquedos, ou apenas os exibindo para coleguinhas. Estiquei as pernas até a pracinha do bairro onde imaginava que a criançada poderia estar concentrada. Nenhuma criança. Peguei o carro, fui a bairros mais distantes e não havia crianças nas ruas. Será que Papai Noel havia  esquecido das crianças de nossa cidade? Não podia ser. O brinquedo de Natal é o mais esperado pelas crianças e Papai Noel não iria fazer uma descompostura dessas para a cidade inteira. 

Procurei me convencer de que  eu havia saído cedo demais  e que crianças deste século XXI não têm o hábito de levantar cedo. Lá pelas onze horas, saí novamente na esperança de encontrar a algazarra das crianças, cada uma exibindo seus brinquedos, pegando o brinquedo uma  das outras   para brincar com o presente dos colegas nem que seja  só um pouquinho. Nada encontrei.

Lembrei-me de ir até o nosso famoso Fundão, no fundo da  Igreja Matriz, onde passei grande parte de minha vida. Ali,  na rua Furtado de Menezes,  nos velhos tempos, a meninada concentrava com seus brinquedos no dia de Natal, meninada das casas populares ali existentes e das ruas vizinhas. Hoje,  uma criança aqui e ali buscando ver e achar  a quem mostrar seu brinquedo. Eram, naquela época,  brinquedos simples como convinham ao bairro: algumas  bicicletinhas, velocípedes( hoje já mudaram de nome- velotrol),bolas, peões, cornetinhas e muitos carrinhos . O importante é que fizessem barulho, que proporcionasse algazarra à meninada de todas idades. Muitos destes brinquedos seriam hoje considerados impróprios para a data, mas de grande valia, naquela época, porque presente era só no  Natal.

Mudou o Natal ou mudaram as crianças? Tempos e tempos atrás, quase não se distribuíam presentes. Criança não ganhava presente de aniversário. Não se tinha o hábito de comemorar aniversários e o presente vinha mesmo era  só no Natal. Hoje, banalizou-se o ato de presentear, as oportunidades são muitas e não se vai a uma festa de aniversário sem presentes, não importa se de criança ou de adulto. Ao chegar o Natal, a criança já recebeu diversos presentes durante o ano e o presente de Natal é apenas mais um, ou, talvez, apenas  o último do ano.

Outro aspecto que pouco se percebe: a população diminuiu muito. Antes as famílias tinham  três, quatro filhos. Hoje, a taxa de natalidade em nossa cidade é de um ponto seis. Crianças  já não tem mais irmãos. Um dia, no Colégio, um aluno me disse: “professor eu não tenho tios e nem primos de primeiro grau. Meus pais são filhos únicos.”  Mundo estranho. Mundo, mundo, vasto mundo, nos disse o poeta Drummond. 

Mas o que mudou mesmo é que as crianças já não brincam mais nas ruas. Em outros tempos, as ruas ficavam cheias à tarde,  toda tarde, e mesmo à noite, para as brincadeiras de grupo: pique-pega, pique-esconde, salva-latinha, pular corda, passar anel(para as meninas), jogar peão, malha e o brinquedo que não faltava – bolinha de gude. Exercitava-se a convivência social, mesmo que, de vez em quando, se formassem grupos rivais.

  As praças de nossa cidade, tão bonitas, tão convidativas, antes cheias de crianças com seus pais, principalmente, aos domingos, hoje não recebem crianças. Os brinquedos são eletrônicos, estão na tela do computador, do celular. Brincam sozinhas, tanto as crianças quanto os adolescentes, sem partilhar com amigos ao seu lado. E lá se vão  formando pessoas individualistas, sem a capacidade de convivência de social, incapazes de reconhecer o espaço do outro, ou o mundo além de si mesmas.       

Não há lugar para saudosismos. Tudo muda rapidamente, cada dia criam-se coisas novas, a tecnologia evolui constantemente e não há espaço para reter e  se lembrar do passado.   Diariamente,  invenções recentes são  consideradas  ultrapassadas. Não há mais na memória humana espaço para o passado. As coisas deixam de existir, simplesmente desaparecem.  Já dizia o velho poeta Camões no idos de um mil e quinhentos: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades/ todo ser é composto de mudança”.                           




 

 
 
 
What do you want to do ?
New mail

COLUNA DO IVAN. O Brasil Invisível Agora Escancarado.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Segunda, 21 Setembro 2020 13:58

 Prof. Ivan Batista da Silva


vietnam-4916369 640Há uma história infantil “A Roupa Invisível do Rei” onde se anuncia para os súditos que o Rei fará um desfile com sua roupa invisível. Todos os súditos vão à rua e aplaudem o Rei com sua roupa invisível até que uma criança grita que o rei está nu.

Esta história serve de paralelo com o Brasil que emergiu da pandemia do Coronavirus. Entre as muitas situações, a primeira realidade a se tornar nua e escancarada foi a desigualdade social. Nossos governantes, nossas elites sempre fingiram não ver e não entender e muito menos se preocupar com o Brasil pobre e miserável. Fruto de nossa formação colonial, este abismo social evoluiu do separação entre Casa-Grande e Senzala para a separação entre o Brasil milionário e o Brasil pobre, miserável. Quem habita o primeiro apenas usufrui da mão-de-obra do segundo, mas nada faz para mudar a situação, pois, para eles, o pobre, assalariado ou não, é apenas um desclassificado como o eram os antigos escravos. Existe apenas o seu trabalho, indispensável para o acumulo da riqueza da qual ele não desfruta. A pessoa, o Homem, curiosamente não é percebido. A fome, o desemprego, o trabalho informal não dizem respeito à elite econômica. Vão acumulando riquezas, surrupiando o governo e não lhes importa se uma grande camada da população constituída de pobres e operários não usufruem da riqueza que produzem.

Com isto, nesta pandemia, chegamos à aberração de 90 milhões requererem ajuda de sobrevivência com os míseros 600 reais do governo federal. A população de rua aumentou assustadoramente. Sem emprego e trabalho, sem condições de pagar aluguel, sem os elementos mínimos de uma vida digna engrossam a triste estatística dos moradores de rua. A miséria emergiu como se um terremoto a tivesse feito desabar no colo do governo. Como poderá um país acelerar seu desenvolvimento com tanta gente sem condições mínimas de sobrevivência? De que forma este imenso grupo poderá sobreviver pós-pandemia? O país não tem meio de desenvolver se não tiver interesse e estiver disposto a diminuir o fosso entre a população rica e os pobres. Este tema deverá obrigatoriamente entrar nas próximas campanhas eleitorais. Não há como adiar mais. Podemos nos perguntar porque esta realidade social nunca foi tema de campanha política. Porque é uma situação que não diz respeito à elite dirigente do país, não só os políticos, mas, principalmente, a elite econômica. Estão no andar de cima. Não se trata de tirar dinheiro da camada rica para dar aos pobres. Trata-se de criar uma política de distribuição de renda o que é totalmente diferente e muito necessária.

Outra realidade escancarada é a saúde. Em primeiro lugar, temos o disparate de o país não ter um ministro da saúde. Não o temos porque diante de uma situação grave como esta, nenhum profissional concordará com as diretrizes do governo. Já que o governo não quer diretrizes diferentes das que ele propõe, fica sem o ministro. Na área estadual também houve o troca-troca de secretários: Amazonas, Amapá e Rio trocaram duas vezes seus secretários e outros cinco estados trocaram uma vez, dificultando a execução de qualquer planejamento ainda que bem elaborado. Mas existem, ainda, problemas maiores. Quem hoje comanda o ministério não é da área e vai trocando as pessoas dentro do ministério, desmantelando programas, atrasando ações necessárias e desarticulando ações de saúde pública. Programas que há trinta anos vem sendo desenvolvido por pessoas capacitadas e experientes, correm o risco de ser desestruturados. O jornal francês “Le Monde” comentou, em uma reportagem recente, que o Brasil que já esteve na vanguarda da saúde pública com os programas bem sucedidos de combate ao HIV, à Chikuncunha, agora está no caos com a pandemia do Coronavirus . Como saúde não é prioridade dos governos, viu-se um governo paralisado diante da pandemia sem uma organização prévia para enfrenta-la. Tudo virou improviso, com hospitais sem leitos, sem material básico de trabalho, chegando a faltar remédios e instrumentos de trabalho, sem falar na falta de profissionais treinados. A gente fica esbasbacado de ouvir, depois de oito semanas de iniciado o surto da doença, governadores dizerem que ainda iriam criar hospitais de campanha, que ainda iriam comprar respiradores, que ainda iriam criar leitos em UTI e, ainda mais grave, é montar hospitais e não equipá-los. Total descaso, total falta de planejamento. Uma aberração!

É preciso pensar um Brasil para o longo prazo e não ficar sempre remediando situações, mas é preciso, sobretudo, programas de redistribuição de renda para se criar um país menos desigual.


bella-forma-29012020 03
 

COLUNA DO IVAN. NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAIS.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Terça, 25 Fevereiro 2020 23:25

ivanQuem acompanha o noticiário no dia a dia, percebe o quão conturbada parece a vida no Brasil, principalmente na política. Aí vem a pergunta que se ouve a todo momento: o que está acontecendo com o Brasil?

Acontece que o Brasil mudou muito e continua mudando não só em seus aspectos políticos, mas também sociais e culturais. Para entender o que se passa no Brasil, é preciso lembrar que hoje vivemos em um país alfabetizado e urbano. Há cinquenta anos atrás, no final da década de sessenta, 70% da população era rural. Nesta época, quando eu ainda cursava o Ensino Médio, fiz parte dos 67,5% da população de 7 a 19 anos escolarizada. Se estendermos esta faixa etária para a população adulta, 45% da ´população era analfabeta. Fiz parte, ainda, dos 7,5%% que concluíam o ensino médio, e dos 2,7% que chegavam à Universidade. Os cursos de Letras, em que me formei, eram poucos. Na década de sessenta, havia 63 cursos de Direito no Brasil. Hoje, passam de mil. Atualmente, 95% das crianças estão na escola e em grande parte, urbana. Claro que ainda estamos muito longe de uma escolaridade e letramento ideal. Mas a alfabetização em si já faz uma diferença muito grande.

O Brasileiro tem hoje uma capacidade de compreensão muito maior do que há cinquenta anos atrás. A maior parte da população tem televisão, acompanha os acontecimentos e, aos poucos, vai alimentando e aumentando seu substrato cultural. Além disto, a população está cada vez mais conectada às redes sociais. Instantaneamente ligada aos acontecimentos, se informa, emite opiniões, tem maior capacidade e possibilidade de se agregar, de se unir das mais diversas formas, em torno de ideologias, em defesa de causas variadas. Surgem associações em defesa de interesses mais diversos. Grupos informais defendem ou combatem bandeiras muito específicas. A pluralidade é incontestável.

As transformações colocam em cheque instituições tidas como imutáveis. Quem diria que o whap zap desestruturaria a telefonia? Ou o uber, os taxis? E a moeda virtual a concorrer com os Bancos? Ou seja, as grandes corporações já não atuam sozinhas. Seus ramos de atuação vão sendo diluídos e diversificados e desestabilizados por outros meios. O controle das atividades já não está mais na mão de um grupo só. Nem mesmo na mída.

Como consequência, as vozes, opiniões já não são uníssonas. Cada grupo atua ao seu modo, reivindica causas relevantes ou ideias espalhafatosas. Pior ainda, com a convicção de estão com a razão e qualquer discordância vira um anátema e os discordantes merecem ser queimados em fogueiras como na Idade Média.

Em decorrência de tudo isto, hoje, o que se observa no Brasil, é uma radicalização em todos os setores gerando uma intolerância que coloca em cheque a boa convivência social. O brasileiro como Homem Cordial, criado pela sociologia, ficou distante. Há um radicalismo como nunca se viu na história deste país. Grupos retrógrados, grupos conservadores atuam como se quisessem voltar e parar o tempo, contrariando a História que nos mostra a transformação contínua, sem retrocessos ou interrupções, do círculo do desenvolvimento e da evolução da humanidade. Grupos liberais atuam como se tivessem reinventando o mundo, como se não fosse possível a convivência de opiniões divergentes. A visão de um e outro leva ao confronto. Há um policiamento ideológico como nunca se viu nem na ditadura de 1964. Naquela época, a censura era apenas do Estado. Claro que com consequências muito mais nefastas, com cerceamento da liberdade de expressão ou com perseguições cruéis à esquerda. Hoje, todo mundo se julga no direito de censurar todo mundo, com um denuncismo constante na mídia e redes sociais. Cada grupo se vê no direito de demonizar outro grupo.

Tudo isto resulta em um ódio sem precedente na sociedade brasileira. Nunca antes na História deste Pais, se viu a sociedade tão radicalizada, tão polarizada, com tanto ódio disseminado por grupos e por ideologias que se vão propagando. Pior ainda, há, nas redes sociais, um tratamento, rude, grosseiro, muitas vezes ofensivo, como se a cortesia, a polidez não fossem necessárias nas redes e no convívio social.

A pluralidade de ideias é necessária em qualquer sociedade. É preciso, que haja respeito e tolerância com pensamentos diversos , que se tenha em mente o objetivo de melhorar nosso país, principalmente, diminuir a desigualdade social. Queremos que o Brasil cresça e a economia vai crescer muito nos próximos anos. Mas com tanta radicalização e polarização ideológica e com tanta desigualdade social, não haverá crescimento sustentável e duradouro.

É preciso unificar o país. Para unificá-lo, precisamos de grandes líderes, hoje inexistentes. Não há no executivo, nem no judiciário e muito menos no legislativo, pessoas capazes de apontar rumos para a sociedade. O congresso vive de mesquinharias, sem pessoas altruístas para exercer uma liderança nacional. Que falta nos faz o Pedro Simon! Se ainda estivesse na política, tenho certeza de que tudo seria diferente. Infelizmente, não nos deixou um sucessor.


bella-forma-29012020 03


 

COLUNA DO IVAN. ESTE MUSEU NOS FAZ FALTA

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Quinta, 05 Dezembro 2019 23:52

Ginásio do Lustosa. Foto: Internet

domlustosa2011a

Já demonstrei em outro artigo minha admiração pelos padres holandeses. Sempre admirei, sobretudo, a visão de mundo e sua capacidade de antever a evolução cultural. Fico tentando imaginar como se sentiam estes padres holandeses, cultos, em   Patrocínio, Romaria, Araguari quando  aqui chegaram na década de vinte do século passado. Certamente  eram  locais    mais rurais que urbanos.  Viveram em Patrocínio por mais de oitenta anos e tiveram uma importância enorme em nossa formação religiosa e cultural.  A religiosidade acentuada do povo de Patrocínio se distingue de qualquer outra  cidade de nossa região pelo apego aos princípios religiosos  e pela devoção.  Influência dos holandeses.   Sua importância e   influência  em nossa cidade já foram  muito bem demonstradas  pela professora Dininha em seu livro sobre o Dom Lustosa. 

Mas eu lamento nada ter sido conservado da vida dos padres em Patrocínio. Não nos preocupamos em conservar o passado. A nossa cultura não nos estimula a isto, pois a valorização do passado é proporcional à cultura de seu povo. Nesse aspecto não é só o registro da vida dos padres que se perdeu. Nada se registrou da vida de boiadeiros, de ferreiros, de serradores de madeira, por exemplo, e de outros ofícios e costumes que vão desaparecendo. Por enquanto, a única tradição que se conserva é a dos carros-de-boi. No entanto, é preciso registrá-la em imagens e som para não se perder.

Aos poucos foram se apagando os registros físicos da presença dos padres em nosso meio, já que sua importância imaterial é indelével. Instrumentos de trabalho, objetos pessoais, fotos nada se conservou. Poderia ter-se criado um museu para preservar a memoria dos holandeses em Patrocínio. Imaginemos que tivéssemos preservado a máquina de projeção de filmes do Dom Lustosa, primeiro cinema de Patrocínio. Ficou muito tempo encostada lá no Colégio, estragou, quebrou, perdeu sua importância foi parar no lixo. A gráfica que lá existiu. A bicicleta do padre Caprásio. Hábitos, roupas, instrumentos musicais. Telefones e jornais e revistas holandesas. Revistas editadas no próprio colégio pelos alunos. No Dom Lustosa, restou apenas a imagem do Sagrado Coração entronizada no pátio, os móveis da sala de visita, o campo de futebol e alguns aparelhos e instrumentos no laboratório do Pe. Caprásio. Nem mesmo as fotos grandes que existiam na sala de visita foram preservadas. Com a reforma, tudo sumiu, acabou-se. Pior ainda, o museu de mineralogia, cartão de visita na entrada do Colégio, chegou a ser retirado, mas felizmente voltou. É digno de qualquer museu do mundo dado ao rigor científico do Padre Caprásio. Todas as pedras classificadas e catalogada em sua densidade, resistência, origem, doação; tudo ali, junto de cada pedra. A mineralogia era a grande paixão do Padre Caprásio. Uma vez, ele foi a Belo Horizonte para fazer uma cirurgia e devido a contratempos não pôde fazê-la. Aproveitou a viagem para ir a Ouro Preto conhecer uma pedra que vira no catálogo e ainda não conhecia.

No ano passado, nas comemorações dos noventa anos de criação do colégio Dom Lustosa, poderiam ter colocado ali uma placa em homenagem aos padres. Passou despercebido.

Padres Nicácio, Lamberto, Reginaldo, Bertrando, Pio, apenas para lembrar alguns vigários. Moraram ainda no Dom Lustosa: Felisberto Braun, Henrique, Wenceslau. Eustáquio, Maurício e tantos outros. Mesmo como nomes de ruas e locais público poucos são lembrados.

Em Romaria, criou-se um museu em memória do Padre Eustáquio. Muito restrito, mas pelo menos resgataram e conservam a memória deste padre santo. Em Araguari, também tudo se perdeu. Há sete anos atrás, ainda vi na capela do Regina Pacis que está tombada pelo patrimônio municipal, mas não funciona, vi um harmônio (instrumento parecido com um órgão), porém não está lá mais.

Se ampliarmos um pouco mais a ideia do museu, poderia se criar o museu da religiosidade, incluindo também objetos e referências ao bispo Dom Almir, se é que existem.

Resgatar e conservar o passado, mantém e amplia a cultura de um povo e nós poderemos deixar para as gerações futuras nossos usos e costumes que em nada parecerão com a vida de um novo mundo que está por vir.


Quintal


 

REFLEXÃO. Vida após a morte e o enfrentamento do luto

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Segunda, 04 Novembro 2019 23:10

Por José de Paiva Netto

Foto Paiva Netto 2 crédito Raquel Bertolin


A morte é um fenômeno natural da vida e exige adaptações tanto para aqueles que retornam ao Plano Espiritual quanto para os que permanecem na Terra. A saudade manifesta-se neste lado da existência, bem como no de lá, porque o sentimento de Amor Fraterno mantém as Almas interligadas. O luto é um processo que precisa ser respeitado. É humano. Devemos oferecer compreensão e apoio para que ninguém se sinta sozinho nesse instante. Todavia, sempre cordialmente orientamos que não se cultive vibrações de tristeza, pois isso também alcança o Espírito que está em recuperação, estando ela ou ele muito mais sensível àquilo que lhe transmitem. Daí a necessidade de nos recordarmos com muito carinho daqueles que nos antecederam à Grande Pátria da Verdade, resgatando as memórias felizes, fazendo com que recebam de nós somente o melhor de que dispomos no coração. Certamente, isso nos abastecerá e nos tornará fortes para suplantar quaisquer adversidades no caminho. Ter essa certeza de que as pessoas que tanto amamos prosseguem suas jornadas no Além* nos capacita a atravessar esses momentos.

A fim de que sejam amainadas as dores do coração, estas fortalecedoras palavras de Jesus para vencermos com o Amparo Bendito Dele: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou pacífico e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas Almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Evangelho, segundo Mateus, 11:28 a 30).

Especialistas da área da saúde vêm aprimorando seus conhecimentos para eficientemente socorrer aqueles que se defrontam com alguma situação de desafio. O termo utilizado no meio é coping, cuja tradução literal é lutar com sucesso, enfrentar. Um dos aspectos que têm sido investigados diz respeito ao papel da crença na vida após a morte e de que forma ela se expressa diante de um falecimento.

A Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV, internet e publicações) entrevistou, com exclusividade, um dos mais renomados estudiosos da interação entre Espiritualidade e Psicologia, o qual trouxe consideráveis análises sobre a influência da Religião na saúde mental. Trata-se do dr. Kenneth Pargament, professor emérito de Psicologia da Universidade Estadual de Bowling Green (Ohio, EUA), autor do livro The Psychology of Religion and Coping: Theory, Research, Practice [A Psicologia da Religião e coping: teoria, pesquisa e prática]. Na ocasião, ele explicou: “Pessoas que acreditam na vida após a morte frequentemente se apoiam e se sustentam nessa crença. Um dos elementos mais importantes dela é a sensação ou o saber de que aqueles que morreram antes de nós ainda estão presentes e que podemos nos conectar a eles, podemos sentir seus pensamentos carinhosos e, às vezes, seus conselhos. Algumas pessoas às vezes têm a sensação de que seus entes queridos estão conversando com elas. Isso não é um sinal de psicopatologia ou de loucura. É algo muito natural e normal. De fato, pesquisas apontam que muitas pessoas têm experiências de conexão com aqueles que já morreram. (...) Eu tive uma paciente que estava se sentindo muito isolada e sozinha no hospital. Ela não tinha família nem amigos, e seus pais haviam morrido há alguns anos. Ela estava muito desolada, muito chateada. E em outra ocasião em que a vi no hospital, ela parecia muito melhor. Eu disse: ‘Você está melhor. O que está acontecendo?’ E ela disse que numa noite estava dormindo e, quando acordou, viu seus pais. Estavam ao lado dela e seguravam a sua mão, dizendo que a amavam e que estariam com ela. E essa paciente não apresentava nenhum sinal de psicose ou problemas psicológicos relevantes. Foi uma experiência espiritual muito poderosa e significativa para ela”. (Os destaques são meus.)

Tendo produzido centenas de artigos científicos acerca de Espiritualidade, Religião e Psicologia, e levando em conta sua vivência clínica, o dr. Pargament conclui ser imprescindível considerar a dimensão espiritual dos seres humanos: “Não somos apenas seres físicos, sociais e psicológicos. Somos seres espirituais. E descobrimos isso quando prestamos mais atenção a essa dimensão e quando a integramos na maneira como vemos as pessoas. A Espiritualidade não está separada do restante da vida, mas está entrelaçada nas dimensões dela: está entrelaçada na Biologia, na Psicologia, nos relacionamentos... E quando olhamos para as pessoas como seres completos, humanos, biopsicossociais e espirituais, aumentamos nossas capacidades para ajudá-las a lidarem com essa gama de desafios e problemas da vida”. (Os destaques são meus.)

Minhas Amigas e meus Irmãos, minhas Irmãs e meus Amigos, o Mundo Espiritual, gosto de reiterar, não é algo abstrato, indefinido. Ele realmente existe, pleno de vibração e trabalho. Não o vemos ainda por uma questão de frequência — obstáculo a ser desvendado pela competente atividade científica e suplantado pela evolução dos sentidos físicos, que se abrirão para novos céus e novos mundos.

Quando Jesus afirma “meu Pai não cessa de trabalhar, e Eu com Ele. (...) Na casa de meu Pai há muitas moradas; se assim não fosse, Eu vos teria dito. Vou preparar-vos lugar” (Boa Nova, segundo João, 5:17 e 14:2), estabelecem-se, de forma clara, na palavra do Divino Pedagogo, a existência e a atuação ativa, militante, do Mundo Espiritual sobre o material, por meio, por exemplo, dos Anjos Guardiães. Desse modo, é necessário que todos estejamos conscientes de tal intercâmbio e saibamos lidar com essa realidade ainda invisível, tornando-a aliada na superação de dificuldades, seja de ordem pessoal — no campo espiritual, emocional ou psicológico —, seja de ordem coletiva — na resolução de problemas mundiais.

 

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. — www.boavontade.com

 

Nota de Paiva Netto

* “... prosseguem suas jornadas no Além” — No capítulo “Vozes eletrônicas do Além”, de meu livro Os mortos não morrem, transcrevo impressionante experiência de transcomunicação instrumental (TCI) narrada pelo consagrado escritor Coelho Neto, que nos fala da mudança ocorrida na vida de sua filha Júlia, de sua esposa e dele próprio, ao se depararem com a certeza da sobrevivência da Alma de sua neta, Esther. Ele próprio narra ao final: “o que era esperança tornou-se certeza, absoluta certeza...”.

_____________________

Serviço – Os mortos não morrem (Paiva Netto), 528 páginas. À venda nas principais livrarias ou pelo www.amazon.com.br.

 


bellaforma 31012019


 

REFLEXÃO. Segurança infantojuvenil

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Quinta, 30 Maio 2019 09:58

Foto: Raquel Bertolin

Foto Paiva Netto 2 crédito Raquel Bertolin


José de Paiva Netto


Abuso e exploração sexual infantojuvenil. Assuntos que não podem ser ignorados. Problemas de magnitude global que exigem alerta constante de todos nós, principalmente dos pais e dos governos. Nada melhor que procurarmos caminhos eficientes em prol da assistência aos pequeninos. Juntamos nossos esforços aos de numerosas organizações do Terceiro Setor e aos do próprio governo no combate a essa terrível violência.

 

A Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canais 196 e 696), no programa Sociedade Solidária, trouxe elucidativa entrevista com a professora Dalka Chaves de Almeida Ferrari, membro da diretoria do Instituto Sedes Sapientiae, de São Paulo/SP, e coordenadora-geral do Centro de Referência às Vítimas de Violência (CNRVV).

 

A segurança das crianças e dos jovens, segundo a professora Dalka, carece de uma mobilização geral: “Trata-se de trabalho contínuo que merece uma atenção constante da política pública para fazer esse enfrentamento. E hoje são necessárias a capacitação e a sensibilização dos hotéis, com seus gerentes e todo o corpo de trabalho, dos taxistas, do pessoal da rodoviária, dos ônibus, dos aeroportos. Se for pensar em política, todos os ministérios teriam que ser capacitados para fazer esse enfrentamento”.

 

Quebrar o pacto do silêncio

Durante sua conversa com o sociólogo Daniel Guimarães, apresentador do Sociedade Solidária, a professora Dalka Ferrari enfatizou também a imprescindível providência de proteção da criança dos abusos sexuais nos ambientes doméstico e social: “Quebrar o pacto do silêncio, conseguir falar desse assunto, porque ainda é muito velado, é meio tabu dentro da sociedade. Se a gente tiver jovens esclarecidos, conscientizados, sensibilizados sobre os cuidados que têm que ter com o próprio corpo, os limites que são dados, eles se sentirão bem e não deixarão que esse corpo seja invadido. Então, é quase que uma reeducação do autoconhecimento. A pessoa tem que se conhecer, saber exatamente o que ela quer para sua vida, os riscos que pode correr com os envolvimentos”. (...)

 

E prossegue, enfática: “Isso tudo é algo que precisa ser discutido, porque, se a gente não conscientizar, desde a criança, o adolescente, o jovem até os pais, os educadores, que cuidam dessa criança e desse adolescente todo dia, a gente não vai fazer esse problema vir à tona. As pessoas têm vergonha de falar, não querem enfrentá-lo. E, à medida que o jovem ficar autônomo, sabendo como se defender, ele poderá ajudar outro jovem, poderá ser um multiplicador desses conhecimentos”.

 

Psicóloga, especialista em violência doméstica, ela reforça: “Então, o objetivo maior de tudo isso é fazer com que eles conheçam (...) quais são as situações perigosas em que podem se envolver, ou em que precisam se defender dentro e fora da família. Porque é assim: a proteção dos pais existe por um tempo, mas há uma hora que vai depender da criança e do jovem fugirem, saírem ou pedirem ajuda por causa do risco que estão enfrentando”.

 

Estamos tratando de tema realmente complexo e que deve ser salientado e discutido na mídia, em casa, nas igrejas, nas escolas, nas universidades, no trabalho, em toda a parte, de modo a ampliarmos a guarda em torno da infância e da juventude. E tenhamos em nossas agendas o Disque 100 (Disque Direitos Humanos), para fazer denúncias, procurar ajuda.

 

Riscos das novas gerações

Aproveitemos, então, o 18 de maio (Dia Nacional de Combate ao abuso sexual contra crianças e adolescentes) para refletir seriamente sobre o futuro das novas gerações, ameaçadas, desde já, pela prática hedionda de crimes como a exploração sexual. Sem contar o crescimento da violência envolvendo-as, as inomináveis pedofilia e efebofilia, até em ambientes nos quais devem imperar a segurança e o desenvolvimento socioafetivo: o lar e a escola.

 

Hoje, esses problemas não mais se restringem a meninos e meninas que se encontram tristemente abandonados pela rua. Há crianças que vivem em moradias aos pedaços, nas favelas, embaixo dos viadutos, como vemos na mídia, ou mesmo outras que residem em belos apartamentos e casas que são, no entanto, tão indigentes, tão carentes quanto aquelas que não têm um travesseiro sobre onde reclinar a cabeça.

 

Urge que todos, cidadãos e os órgãos constituídos, mudem esse quadro.

 

Não me canso de afirmar que a estabilidade do mundo começa no coração da criança. Protegê-la é acreditar no futuro.

 

*José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. 

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. — www.boavontade.com


hc-28022019-banner222


 

A PALAVRA DA MÔNICA. CENÁRIO DE INTRANQUILIDADE.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Terça, 21 Maio 2019 12:32

Foto: Abelha Rainha autor Orleno Adriane

Abelha by orleno

 

Por Monica Othero Nunes


20 de maio a ONU declara dia mundial das abelhas uma trabalhadora natural ao serviço ambiental. 

Se a gente desistir de preserva las ,se deixarmos de pensar o que podemos fazer seremos parte de sua extinção e diretamente a nossa extinção também.

Não fomos educados em relação a consciência ambiental. Se não fossem as ações humanas, o ritmo acelerado e constante de destruição o mundo seria diferente, mais rico ambientalmente. Com o crescente trabalho de pesquisa sabemos hoje o que está em risco de extinção. Embora exista quem defenda o uso de agrotóxico como defensivo agrícola para determinada plantação via avião ou aplicação terrestre acaba atingindo também as abelhas e a morte é real.

Os pomares dos pequenos agricultores não produzem mais a mesma quantidade e qualidade de frutas. Dela depende a sobrevivência de muitas espécies, incluindo os humanos.  “Se as abelhas desaparecessem da face da Terra, a espécie humana teria somente mais quatro anos de vida. Sem abelhas, não há polinização, ou seja, sem plantas, sem animais, sem homens.” 

Tal assertiva, creditada ao físico alemão Albert Einstein, ilustra bem o papel vital exercido por esses insetos. Pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, estimam que um terço dos alimentos consumidos pelo homem são diretamente dependentes do papel das abelhas na natureza, e que elas são responsáveis pela polinização de 80% dos cultivos existentes. 

As monoculturas, a intensificação do uso de agrotóxicos e as queimadas são prováveis causas da diminuição acelerada desses insetos.Na China usam Instrumento artesanal com haste de metal ou bambu e uma espécie de pincel na ponta. Estão ali para encostar esse objeto em cada uma das flores das muitas árvores que fazem parte da paisagem. São polinizadores humanos, que têm por profissão fazer o trabalho que antes pertencia às abelhas.São regiões na China que não têm mais abelhas por causa do uso de produtos químicos”

No Brasil, existem quatro espécies na lista vermelha, mas esse número pode estar subestimado devido à falta de informações sobre a maioria delas. As espécies são Melipona capixaba, Melipona rufiventris, Melipona scutellaris e Partamona littoralis”.

Além de reduzir as colheitas, a inexistência de abelhas colocaria em risco a própria diversidade das plantas com flores e dos animais herbívoros, inclusive o gado, que teriam menos pasto para comer. Nesse caso, haveria falta de leite e de carne."

“Meu avô dizia: ‘As plantas estão presas na terra. Não podem correr pelo campo para trocar abraços entre elas. 

E também não podem ter filhos sozinhas. Elas precisam do mensageiro do amor: uma abelha”.

Exemplos de animais em perigo de extinção já são divulgados.

A secretaria de meio ambiente através de sr Antonio Geraldo e equipe vem tentando ações em relação a consciência ambiental.

O homem precisa compreender que o meio ambiente a forma dada sem controle caminha para o finito, os impactos principalmente no nosso município agropecuário

estão aí. 

20 de maio a ONU declara dia mundial das abelhas uma trabalhadora natural ao serviço ambiental. Se a gente desistir de preserva las ,se deixarmos de pensar o que podemos fazer seremos parte de sua extinção e diretamente a nossa extinção também.

Não fomos educados em relação a consciência ambiental. 

Se não fossem as ações humanas, o ritmo acelerado e constante de destruição o mundo seria diferente, mais rico ambientalmente.

Com o crescente trabalho de pesquisa sabemos hoje o que está em risco de extinção.

Embora exista quem defenda o uso de agrotóxico como defensivo agrícola para determinada plantação via avião ou aplicação terrestre acaba atingindo também as abelhas e a morte é real.

Os pomares dos pequenos agricultores não produzem mais a mesma quantidade e qualidade de frutas.

Dela depende a sobrevivência de muitas espécies, incluindo os humanos. 

“Se as abelhas desaparecessem da face da Terra, a espécie humana teria somente mais quatro anos de vida. Sem abelhas, não há polinização, ou seja, sem plantas, sem animais, sem homens.” 

Tal assertiva, creditada ao físico alemão Albert Einstein, ilustra bem o papel vital exercido por esses insetos.

Pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, estimam que um terço dos alimentos consumidos pelo homem são diretamente dependentes do papel das abelhas na natureza, e que elas são responsáveis pela polinização de 80% dos cultivos existentes. 

As monoculturas, a intensificação do uso de agrotóxicos e as queimadas são prováveis causas da diminuição acelerada desses insetos.Na China usam Instrumento artesanal com haste de metal ou bambu e uma espécie de pincel na ponta. Estão ali para encostar esse objeto em cada uma das flores das muitas árvores que fazem parte da paisagem. São polinizadores humanos, que têm por profissão fazer o trabalho que antes pertencia às abelhas.São regiões na China que não têm mais abelhas por causa do uso de produtos químicos”

No Brasil, existem quatro espécies na lista vermelha, mas esse número pode estar subestimado devido à falta de informações sobre a maioria delas. As espécies são Melipona capixaba, Melipona rufiventris, Melipona scutellaris e Partamona littoralis”.

Além de reduzir as colheitas, a inexistência de abelhas colocaria em risco a própria diversidade das plantas com flores e dos animais herbívoros, inclusive o gado, que teriam menos pasto para comer. Nesse caso, haveria falta de leite e de carne."

“Meu avô dizia: ‘As plantas estão presas na terra. Não podem correr pelo campo para trocar abraços entre elas. 

E também não podem ter filhos sozinhas. Elas precisam do mensageiro do amor: uma abelha”.

Exemplos de animais em perigo de extinção já são divulgados.

A Secretaria de Meio Ambiente  através de sr Antonio Geraldo e equipe vem tentando ações em relação a consciência ambiental.

O homem precisa compreender que o meio ambiente a forma dada sem controle caminha para o finito, os impactos principalmente no nosso município agropecuário estão aí. 


 

GuiaFacil-banner-686x113


 

 

COLUNA DA MÔNICA. Conferência do idoso foi uma boa surpresa.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sábado, 30 Março 2019 08:14

Os desafios de envelhecer no século XXI e o papel das políticas públicas

Foto: Mabel Amber|Pixabay 

 man-3723548 1280


POR MÔNICA OTHERO NUNES


Foi muito bom ver o pessoal que lida no social discutir e estruturar o que vai ser levado para BH. Excelente conteúdo e discussão na conferência realizada esta semana. Patrocínio tem muita gente competente na questão social. Fruto do trabalho desenvolvido nesses últimos 10 anos. Antigamente voce assistia a apresentação dos eixos e escolhia onde ia ficar. Nessa na inscrição você já escolhe.

O palestrante Dilson José Pereira foi mais que palestrante. Foi um motivador para que trabalhemos para que o idoso tenha qualidade de vida. Envelhecer com saúde.

Levar qualidade de vida aos idosos e promover o envelhecimento saudável e ativo da população. Esse deveria ser o objetivo em todos os municípios. Ao discutir política pública para o idoso precisamos incluir via orçamento municipal recursos para implementar programas. A necessidade de criar um centro de atendimento e convivência onde o idoso passe o dia com equipe multidisciplinar, redução na tributação remédios, ampliar contratação de médico geriatra, reduzir crédito consignado e proteção em relação a oferta de empréstimos, implantar o fundo municipal para conselho do idoso, ampliar horários EJA, implantar programas permanentes de lazer e cultura, educação superior convênios, punição rigorosa para crimes contra os idosos, curso para cuidadores, descobrir talentos, promover campanhas que divulguem os direitos e questão de saúde, ampliar participação no programa habitacional Minha Casa minha vida, entre outros.

Foi sugerida inclusão de Patrocínio no programa Brasil amigo do idoso. Na educação incentivo a escola da Maturidade opção para quem completou 50 anos. A escola voltaria a ser um espaço privilegiado de socialização, de produção e de ampliação de conhecimentos historicamente acumulados, visando a formação crítica dos sujeitos.

Com a redução número filhos e crescimento população de idosos se faz necessário a criação de um espaço para convivência. Quantos idosos estão abandonados dentro de sua própria casa?

O Brasil tem hoje 29,6 milhões de idosos, sendo que 6 milhões estão no Cadastro Único. Desenvolver ações voltadas aos idosos acompanhadas de perto pelos conselhos municipais e pela sociedade,mas com recurso destinado via fundo. O Conselho Municipal do idoso precisa ser visto como representante e ter voz de verdade na defesa do idoso,estar aberto a tendencia de diversas,sensibilizando o poder público.

A reforma da previdência é injusta e cria insegurança. O governo propõe o pagamento de um valor menor, de R$ 400, a partir dos 60 anos de idade. Se esse idoso não tiver o tempo mínimo de contribuição para se aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele continuará recebendo R$ 400 até completar 70 anos. A partir dos 70 anos passaria a receber um salário mínimo.

O programa divulgado da aquisição de fraldas via farmácia popular não existe nada grátis. Foi sugerido que o governo através das farmácias populares subsídio de 70%.

Em 2003 a campanha da fraternidade pressionou a aprovação do Estatuto do idoso. Já se passaram 16 anos e ainda não existe o cumprimento do mesmo. 53% das famílias são mantidas por idosos.

Foi sugerido que seja incluído na escola ações voltadas para o combate a discriminação e preconceito ao idoso .Enfatizar a importância da socialização e lazer para o idoso.

Parabéns colégio Berlaar Nossa Senhora do Patrocinio pela presença de suas alunas adolescentes. Parabéns aos organizadores , participantes e delegados eleitos para a Estadual.


hc-28022019-banner222


 

NOSSA HISTÓRIA. Eu , nós , o AZT e o tempo

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Domingo, 03 Março 2019 19:03

Eu , nós , o AZT e o tempo

tião-lolo


Sebastião Guimarães Cortes

"Tião Loló"


Sexta-feira de Carnaval era um dia diferente , aguardado , sonhado , planejado, desejado.


Quantas sextas-feiras foram assim , com quase tudo pronto , as camisetas ja distribuídas , as fantasias também que eram quatro , uma por noite do catigua aguardando alguns que ainda não tinha chegado , a concentração devidamente arrumada e começava na quinta ou até antes.( a minha preferida era a casa do Saudoso e companheiro Dr Oscar Silva).


O Lions prontinho para o grito de Carnaval da Sexta , era o início da apoteose do AZT, o salão ficava lotado , e o grupo de amigos a mil , bolsinha azul personalizada de lado , copo de cerveja na mão.


Eram cinco dias e cinco noites de pura alegria e irreverência, faziamos a nossa felicidade e de quem nos via no desfile na rua(um deles fomos vestidos de Paquitas), juntos com as escolas de sambas de cidade , tínhamos três, no torneio futebol no catigua vestido de mulher que acontecia no sábado e na chegada no salão, o clube parava para nos ver chegar , tocavam a nossa música, tudo era a nosso favor , tudo era mais que demais , o quanta saudades , quanta alegria , mais de oitenta palhaços no salão.


Hoje os nossos planos são outros , nossas vidas tem outras preferências , outros valores e responsabilidades , mas temos o privilégio de ter participado de tudo isso , de ser AZT e de Deus ter nos presenteados com o Dom da vida e da amizade. Bom Carnaval a todos.

 

*Tião Loló é professor e ex-secretário municipal de Cultura em Patrocinio-MG


PTC-28022019-Carnaval


 

Futuro destruído: Fla rico torra R$ 85 milhões em craques e não cuida dos meninos pobres

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sábado, 09 Fevereiro 2019 09:35

tragia-flamengo

A principal notícia da semana foi a tragédia ocorrida no Rio de Janeiro. Um incêndio nos alojamentos do Centro de Treinamento do Flamengo no Ninho do Urubu, onde ficam os jogadores das equipes de base. De acordo com um dos grandes repórteres do Brasil - do grupo do Jornalistas pela Democracia-, Ricardo Kotscho, no seu Blog Balaio do Kotscho, flagrou nesta sexta-feira mais um dramático exemplo da desigualdade social no país, que aumenta a cada dia.

 

Ao mesmo tempo em que o Flamengo rico, o maior clube do país, torra R$ 85 milhões na contratação de grandes craques, estes meninos estavam alojados em conteineres improvisados nos fundos do Ninho do Urubu, sem laudo de segurança aprovado pelo Corpo de Bombeiros.

 

Às cinco da manhã, quando os meninos ainda estavam dormindo, um ar-condicionado explodiu e provocou um curto circuito nos demais aparelhos, e o fogo se espalhou rapidamente.

 

Dez jogadores da base e funcionários morreram carbonizados. Três ficaram feridos. A maioria deles veio de outros estados e de subúrbios do Rio.

 

Eram meninos humildes que sonhavam em jogar no Flamengo e dar uma vida melhor às suas famílias.

 

No mesmo terreno, o Flamengo gastou muitos milhões de reais durante anos para montar o mais sofisticado centro de treinamento dos clubes brasileiros para seus jogadores da equipe principal.

 

Este alojamento improvisado das equipes de base seria desativado a partir da próxima semana, com a transferência dos meninos do sub-15 e do sub-17 para outro prédio, mas não deu tempo.

 

Este é o Brasil, ao mesmo tempo rico e pobre, orgulhoso e miserável, acima de tudo injusto com os mais humildes.

 

Foi mais um episódio cruel das tragédias que se sucedem no país, sempre penalizando os mais pobres, por desleixo e ganância do andar de cima, que está no comando, como sabemos.

 

Agora, virão as perícias e as rigorosas investigações para apontar os responsáveis por mais esta desgraça, que certamente punirá algum eletricista ou outro funcionário subalterno, mas nunca chegará aos donos da bola, como em Mariana e Brumadinho.

Desta forma, estamos destruindo não só a vida presente, mas comprometendo o futuro do país, por desídia, pouco caso, irresponsabilidade e onipotência dos mais fortes.

 

Daqui a pouco os comentaristas polianas vão dizer que mais esta tragédia sirva de lição para nunca mais se repetir, como falaram em Mariana, três anos antes da barragem romper em Brumadinho, matando mais de 300 pessoas, tudo exatamente igual.

 

O Brasil não precisa mais de lições, já conhecemos todas, mas de punições exemplares aos verdadeiros responsáveis, que não dormem em conteineres sem nenhuma segurança .

 

Vida _ e morte _ que segue. Até quando?

Publicado no Brasil 247


tv-hoje-banner-686x113


 

MAIS ESPAÇO. A Libras no atual cenário brasileiro

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Quinta, 10 Janeiro 2019 11:53

 Reconhecida oficialmente pela Lei Federal n° 10436, de 24 de abril de 2002, a Libras – Língua Brasileira de Sinais se tornou a segunda língua do Brasil.

libras

 

 


*Por Camila Giordani  e  Vania Abadia de Souza Ferreira| Rede Hoje


Recentemente, a Libras ganhou visibilidade nos horários políticos e ainda, presenciamos um dos discursos mais emocionantes em uma cerimônia de posse, realizado pela primeira dama do Brasil. E parafraseando o colega de tradução, Vinícius Nascimento: “Ela realizou o que nós, estudiosos, pesquisadores e militantes da causa defendemos há anos: colocou a língua de sinais no mesmo patamar de importância do português. A Libras não estava na janela. Os surdos não precisaram abaixar a cabeça para ver a tradução minimizada na janelinha. Eles viram um discurso oficial em sua língua e assistiram a interpretação lado a lado do discurso de um presidente na mais importante cerimônia da nossa democracia. Isso é, sem dúvida, um ganho histórico para a comunidade surda e para todo o país.”

Outro ponto importante e visível neste novo cenário é a figura do tradutor e intérprete de Libras. De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (LBI) n° 13146, de 06 de julho de 2015, em seu artigo 28, dispõe que:

“§ 2o  Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:

I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certificado de proficiência na Libras; (Prolibras)      

II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras. (Letras-Libras)”

Portanto, a função do tradutor e intérprete de Libras, é interpretar de uma dada língua de sinais para outro idioma, ou deste outro idioma para uma determina língua de sinais. Este profissional precisa dominar tanto a língua de sinais quanto a língua oral do Brasil, bem como, ser qualificado para desempenhar a função. 

Findamos este texto com as palavras de Fernando César Capovilla, pesquisador e professor do Instituto de Psicologia da USP:

“É preciso apoiar todas as pesquisas na área. O Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Ministério da Educação (MEC) devem coordenar esforços para isto. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) , e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e órgãos de fomento estaduais. Induzir demanda de pesquisas para descobrir e calibrar e desenvolver soluções.”


 Camila Giordani (Pedagoga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTM) – Campus Patrocínio)

Vania Abadia de Souza Ferreira (Professora de Libras do Centro Universitário do Cerrado-Patrocínio/ Unicerp e Tradutora e Intérprete de Libras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFTM) – Campus Patrocínio)



 

HISTÓRIAS DA MINHA GERAÇÃO. O Oscar e o Cine Patrocínio - Sebastião Cortes

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Domingo, 09 Dezembro 2018 10:13

cine-ptc

Construção do Cine Patrocínio na primeira metade do século XX: foi o terceiro a surgir na cidade


SEBASTIÃO CÔRTES - "Tião Loló" - 


A cerimônia do Oscar faz com que o mundo do cinema gire em função de fazer parte da glamorosa lista de premiação. Desde roteiro, música, diretor, atrizes, atores; tudo e todos querem estar lá e serem os vencedores.

Às vezes, concordo com as escolhas, às vezes não. Mas quem sou eu para discordar desta academia de conhecedores da arte cinematográfica? Sou apenas mais um amante de cinema e um saudosista convicto.

Porém, existe uma época do cinema que eu recordo muito bem e que eu adorova: é a época do Cine Patrocínio ( cinema que ficava na praça Santa Luzia). Os filmes que nele passavam não eram ganhadores de Oscar, mas para nós, eram os melhores, pois o Cine Patrocínio era local obrigatório para a juventude. Havia peculiaridades impossíveis de serem esquecidas, como a ilustre figura do Sr. Virgílio (gerente do Cinema) na porta, sempre usando seus chapéus preferidos e cumprimentando aos que chegavam, Dona Maria vendendo as balas, chocolates e chicletes na bomboniere do cinema, os lanterninhas que tinham dois objetivos: levar os atrasados até as poltronas vazias e “regular” os casais de namorados um pouco mais amorosos. Quando entrávamos, já observávamos nos cartazes e painéis os próximos filmes para planejarmos os da semana seguinte,

pca-sta-lz

Praça Santa Luzia no anos 1960, onde surgiu o charmoso Cine Patrocínio

 

Alguns acontecimentos ficaram marcados, como o do cidadão que dormiu e ficou trancado dentro do cinema, a briga de outro cidadão que estava no segundo andar e um tanto quanto embriagado atrapalhava a sessão e por isso teve que ser retirado pela polícia. E como não lembrar também da torcida que a plateia fazia aos mocinhos do filme ou aos beijos apaixonados batendo os pés no chão e aplaudindo, como se isso tivesse o poder de mudar os roteiros.

Mas você pode estar perguntando: Quais eram os filmes que passavam no Cine Patrocínio? Posso dizer que não eram muito variados, vou citar alguns: Mazzaropi, O vigilante, Django, Santo o Vingador Mascarado, Drácula, a 300 km por hora com Roberto Carlos, Trinity, e, é claro, não poderia esquecer do Tarzan e de Dio come ti amo, que eram grandes clássicos. Talvez alguns de vocês nunca ouviram falar desses filmes, mas muitos quarentões como eu lembrarão perfeitamente e também terão uma grande saudade do tempo do Cine Patrocínio , que realmente marcou época ,fez parte da nossa juventude e até propiciou alguns namoros e casamentos.

 

*Tião Loló é professor e foi srecetário municipal de Cultura em Patrocinio-MG


29052018-bellaforma


 

INFÂNCIA. 40 brincadeiras que só fazem sentido para quem cresceu nos anos 1980 e 90

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Quarta, 05 Dezembro 2018 11:56

 

children-1822704 1920


POR MARIANA FELIPE


Há quem diga que a infância antigamente era mais saudável, pois, na falta de smartphones e brinquedos eletrônicos, as crianças tinham que ser criativas para inventarem suas próprias brincadeiras. Todos se reuniam depois da aula para brincar até anoitecer. Quando se brincava na rua e algum carro passava, era uma tristeza ter que interromper o jogo. Os mais novos eram “café com leite”, ainda não tinham idade para participar de verdade. E, na hora do jantar, as mães saíam atrás dos que ainda não tinham voltado para a casa. Para relembrar os velhos tempos, a Bula reuniu 40 joguinhos e brincadeiras que eram adorados pelas crianças dos anos 1980 e 90. Muitos ainda são praticados em alguns locais do Brasil, mas como as novas gerações preferem os eletrônicos, estão ficando cada vez mais raros.

 

1 — Jogo do bafo

Jogo de aposta, na qual deve-se bater com a mão completamente aberta ou com a mão em forma de concha para virar o maior número de figurinhas.

 

2 — Taco ou Bete

O objetivo é derrubar com uma bola o alvo dos oponentes.

 

3 — Cabo de guerra

Duas equipes competem entre si em um teste de força puxando a corda.

 

4 — Queimada

O objetivo é acertar com a bola o maior número de jogadores do time adversário.

 

5 — Pular corda

(Duas pessoas giram a corda enquanto um ou mais participantes a pulam)

 

6 — Telefone sem fio

Um participante diz uma frase a outro participante. Esse deve repassar a frase conforme o que ouviu. O último participante diz o que entendeu em voz alta.

 

7 — Bobinho

O bobinho tem que tentar roubar a bola dos outros participantes.

 

8 — Gato mia

Quem está escondido deve miar para dar pistas do local onde está.

 

9 — Pular elástico

Dois jogadores seguram o elástico enquanto outro pula.

 

10 — Pique-esconde

(Uma pessoa conta até um determinado número, enquanto os outros participantes se escondem. Depois, quem estava contando vai atrás dos escondidos)

 

11 — Pique-pega

Um local é escolhido como o pique. Um dos jogadores deve correr atrás dos outros participantes, que não podem ser pegos se estiverem no pique.

 

12 — Adedonha ou Stop

Cria-se uma tabela em tópicos, cada coluna da tabela recebe o nome de uma categoria de palavras como animais, automóveis, cores etc., que devem ser respondidas em um determinado tempo.

 

13 — Salve Bandeira ou Bandeirinha

O objetivo é capturar a bandeira do time adversário.

 

14 — Cinco Marias

(Malabarismo com pedrinhas ou bolinhas de gude)

 

15 — Amarelinha

(O jogo consiste em pular sobre um desenho riscado com giz no chão)

 

16 — Bolinha de gude ou bolita

(Com impulso do polegar, atira-se uma bolinha tentando atingir um alvo marcado previamente ou tomar as bolinhas dos adversários, acertando-as)

 

17 — Detetive, vítima e assassino

Há um assassino secreto que pisca para as pessoas de modo a eliminá-las. Você precisa identificar quem ele é antes que ele mate todo mundo.

 

18 — Cantigas de roda

Os participantes formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias acerca das letras das músicas.

 

19 — Bexiga d’água

Jogar bexigas cheias de água uns nos outros.

 

20 — Coelhinho sai da toca

Dois jogadores dão as mãos e formam uma toca onde os participantes devem tentar entrar.

 

21 — Dança das cadeiras

Consiste numa roda de cadeiras em que o número de assentos deve ser sempre inferior em relação aos participantes, aquele que não conseguir sentar ao final da música, está fora.

 

22 — Pega varetas

Cada jogador deve tentar retirar quantas varetas puder sem que nenhuma das outras se mova.

 

23 — Seu mestre mandou

Um dos participantes é encarregado de ser o mestre. Ele dará as ordens e todos os seguidores deverão cumpri-las desde que sejam precedidas das palavras de ordem: “O mestre mandou…”.

 

24 — Mímica

Os participantes escrevem temas em pedaços de papel e colocam em um pote. Um escolhido pega um dos papéis e terá que fazer mímicas relacionadas ao tema.

 

25 — Corrida de saco

Coloca-se pés dentro de um saco ou travesseiro e pulam com a intenção de chegar primeiro a um determinado lugar.

 

26 — Morto-vivo

Todos devem se abaixar quando o líder grita “Morto!” e levantar quando ele disser “Vivo!”. Quem erra a ordem, sai da brincadeira.

 

27 — Adoleta

Os participantes intercalam as mãos e cantam a música Adoleta. Quando a música acaba, o último a ter a mão batida, sai do jogo.

 

28 — Fui à feira…

(Um jogador diz: “Fui à feira comprar…” e o próximo deve repetir a frase e acrescentar um novo produto)

 

29 — A palavra é…

Um participante diz uma palavra e os outros devem encontrar uma música com a palavra citada.

 

30 — Soltar pipa

Com uma linha, fazer malabarismos no céu.

 

31 — Jogo de damas

O objetivo é capturar ou imobilizar as peças do adversário.

 

32 — Cama de gato ou Brincadeira do barbante

Passar por entre os dedos um cordão ou barbante que tem suas pontas ligadas e que deve se desmanchar com um único lance.

 

33 — Jogar dominó

O objetivo é baixar todas as peças primeiro, ou fechar o jogo.

 

34 — Pedra, papel e tesoura ou Jokenpô

Os jogadores devem simultaneamente esticar a mão, na qual cada um formou um símbolo. Então, os jogadores comparam os símbolos para decidir quem ganhou.

 

35 — Elefante colorido

Alguém diz a cor do elefante e todos correm para tocar algum objeto da mesma cor.

 

35 — Passa anel

Um dos participantes é escolhido para passar o anel. Em um determinado momento ele escolhe um dos jogadores e deixa o anel cair nas mãos dele sem que o resto do grupo perceba.

 

36 — Cabra-cega

Um dos participantes, de olhos vendados, procura adivinhar e agarrar os outros.

 

37 — Pé de lata

Amarra-se cordas ou barbantes em latas de alumínio. Depois, o desafio é se equilibrar sobre as latas, segurando as cordas.

 

38 — Montar cabana

Criar uma cabana feita a partir de lençóis, jornais ou folhas de coqueiro.

 

39 — Jogar pião

Brincadeira clássica e antiga, em que se puxa uma corda enrolada ao pião, colocando-o em rotação no solo.

 

40 – Girar e rebolar com bambolê

 

Publicado na revista Bula.


GuiaFacil-banner-686x113


 

NOSSA HISTÓRIA. A música, o tempo e a saudade.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sexta, 16 Novembro 2018 11:24

A música, o tempo e a saudade.


Por Sebastião Guimarães Cortes - "Tião Loló"* - 


tribute-to-woodstock-4735109

Capa psicodélica do tributo a Woodstock.

Arte: dreamstime.com

Você já parou para pensar quantas músicas marcaram varias passagens em sua vida, e aquelas que tocam nos bons acontecimentos são mais lindas e te enchem de alegria quando as escutam, e quando ao contrário, te trazem um grande baixo astral.

Sendo assim podemos concluir que em parte a beleza da música, depende do que vivenciamos a cada época e que elas são extremamente importantes em nossas vidas, elas alimentam nosso corpo e iluminam nossa alma.

O tempo é transformador de tudo, ele muda nossos rumos, possibilita sermos felizes, inclui tristezas, nos torna mais bonitos e até mesmo mais feios, nos ensina, cobra nossos erros, nos faz arrepender do que fizemos ou do que não fizemos. Quando somos mais novos, torcemos para passar rápido para sermos grande, mas quando somos mais velhos, torcemos para passar devagar para vivermos mais.

Quando juntamos música e o tempo passamos a nos compreender e entender melhor, as duas coisas vão sempre estar juntas e nós vamos buscar em cada música e em cada detalhe de nossas vidas e isto terá como conseqüência a manifestação do segundo maior sentimento da humanidade: “A saudade”, que manifesta de diversas formas: de quem já partiu deste mundo, que amamos ou já amamos, de quem fomos amigos, dos tempos de outrora e dos colegas de escola.

 

*Tião Loló é professor e foi srecetário municipal de Cultura em Patrocinio-MG


tv-hoje-banner-686x113


 

COLUNA DA MÔNICA. Três anos se passar da tragédia de Mariana e... nada!

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sábado, 10 Novembro 2018 17:01


Por Monica Othero Nunes


Três anos se passaram desde que a barragem do Fundão em Mariana se rompeu. O maior desastre socioambiental do país no setor de mineração,

com o lançamento de cerca de 45 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio ambiente. O subdistrito de Bento Rodrigues não existe mais. Fauna e flora diretamente atingidas. Áreas de preservação ambiental atingidas.

 

O rastro de destruição percorreu 663,2 km de cursos d'água. Três anos se passaram e mesmo com toda documentação reunida não existe a certeza

que tragédia semelhante nunca mais acontecerá. Controlada pela Vale e pela BHP Billiton, a Samarco foi notificada 73 vezes e recebeu 25 autos de infração do Ibama até o momento, que totalizam R$ 350,7 milhões.

 

O Ministério Público prestou contas de atuação que inclui entre outros: Termo de Acordo Preliminar (TAP), estudos técnicos, Termo de Ajuste de Conduta, bloqueio judicial de 300 milhões de reais da empresa Samarco, exclusivo para assegurar os direitos das vítimas de Mariana, conforme decisão liminar proferida no dia 11/11/2015, nos autos da Ação Cautelar n. 0400.15.003989-1. O bloqueio continua vigente.

 

Toda sociedade tem direito constitucionalmente resguardado a defesa de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Porém, sabemos que a reparação de um dano ambiental é vagarosa e nem sempre devolverá ao meio ambiente o que um dia existiu naturalmente. Nem sempre as famílias envolvidas em uma tragédia ambiental vão se recuperar de tamanho trauma!

 

Procedimentos civis, criminais e ambientais, cada um em suas esferas, ressarcimentos e muitos encontros em relação aos impactos ambientais não garantem a solução esperada. Sociedade civil, associações, órgãos ambientais, voluntários atentos ao meio ambiente e do lado de lá a mineração, considerada setor básico da economia do Brasil, continuam hoje provocando muita discussão.

 

É muito dinheiro envolvido e fica um sentimento de que tudo que é feito

ainda é pouco quando se trata de meio ambiente. O aproveitamento de recursos minerais sem danificar o meio ambiente é hoje um desafio.

 

Por mais que afirmem que medidas sócio ambientais foram tomadas a tragédia acontecida em Bento Rodrigues nos mostra que estas são falhas, vagarosas e incertas. Fala se muito em proteção ambiental, mas, sem a participação da sociedade civil nenhum governo vai implantar ações, medidas, projetos que visem preservação ambiental.

 

Nem sempre a vontade social é a vontade política.

Necessário é desenvolver monitoramento e severas restrições ambientais.

Necessário é estar atento a responsabilidade ambiental.


GuiaFacil-banner-686x113


 

 

NOSSA HISTÓRIA. Crônica de Tião Loló sobre "Patrocínio e nossas histórias"

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sexta, 26 Outubro 2018 17:50

bloco-azt

 

 


Segundo encontro do bloco do AZT, em 2016. Foto: Elias Miranda|Patrocínio VIP


Sebastião Guimarães - Tião Loló escreve 


 

No mundo existem belos lugares, lindas paisagens, grandes horizontes e certamente, você faz parte deles.

É bonita por natureza, transcende alegria, inspira confiança. Suas formas são perfeitas. Em cada parte sua existe algo de belo, que quem a olha pela primeira vez, tem certeza de estar vendo algo fabuloso, soberbo.

Em você, já conviveram e convivem grandes pessoas com um passado exuberante, com um presente trabalhador e um futuro promissor.

Você é única, é forte. Tem ar de felicidade. Você é Patrocínio...

Deus é bom e justo. Uma cidade como a nossa merece grandes dádivas da natureza, como as que temos.

Do vulcão surgiu uma lagoa, das águas surgiram as mais belas cachoeiras e, até mesmo a água mineral. E se faltou alguma coisa o homem fez a sua parte e transformou um grande rio em um enorme lago.

Como é bom e fácil falar de Patrocínio, da sua gente e da sua história. Há quanta coisa boa, quanta saudade: já imaginaram que tivemos dois cinemas com capacidade para mais 500 pessoas, Churrascaria Alvorada com seus famosos bailes, o grandioso carnaval do Catiguá com suas noites memoráveis e com blocos lindíssimos (Sassaricando, AZT, Nós Sem Eles, Abre Alas e tantos Outros) o vai vem da praça Santa Luzia com sua fonte iluminada e sonora que possibilitou tantos namoros e casamentos, as horas dançantes nos clubes e nas casas e as boates a Nenphis, a Chic Choc e a Zum, que possibilitaram a nossa juventude da época viver momentos inesquecíveis.

Quantas personalidades honradas que fizeram tudo para o bem, para o desenvolvimento e o progresso desta cidade, (não posso nem citar nomes para não cometer injustiças, pois são tantos). Quantas pessoas simples que no seu dia a dia também fizeram aqui um lugar melhor de se viver.

Realmente de tudo aqui temos um pouco, se hoje perdemos parte deste glamour de pequena cidade pacata do interior, mas ganhamos em progresso, tecnologia e crescimento econômico, apesar de não substituir toda esta saudade que aqui citei.

 

Parabéns Patrocínio pelos seus anos de gloria e história.

 


 


 

NOSSA HISTÓRIA. Na crônica de sua estreia, Tião Loló fala das lembranças da Avenida Rui Barbosa

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Quarta, 17 Outubro 2018 17:07

Mais um colunista de qualidade estreia na Rede Hoje. Reconhecido como um dos melhores diretores do Colégio Olímpio dos Santos, Sebastião Guimarães Cortes, conhecido por todos como Tião Loló - dos tempos de líder do grupo AZT,  professor, goleiro do União, secretário de Cultura de Patrocínio, etc - é mais um convidado a aceitar nosso convite para escrever suas crônicas aqui. Ele contará histórias de sua geração(ao melhor estilo de "O Som da Memória" que é a minha coluna também sobre histórias de um passado não tão distante). Semanalmente, você vai se deliciar com estas crônicas a partir de hoje, começando pela lendária Rui Barbosa - hoje uma avenida moderna. Como fazemos com nossos amigos em nossa casa, desejamos muito sucesso ao nosso amigo. Seja bem vindo, Tião. Luiz Antônio Costa, diretor da Rede Hoje.


Avenida Rui Barbosa


Crônica de Sebastiao Guimaraes

Hoje quero relembrar para alguns e contar para outros como era a Avenida Rui Barbosa; que além de ser a porta de entrada da cidade, guarda muitas lembranças de pessoas importantes e anônimas, mas que fizeram parte da nossa história.

ruibarbosa-vista-antiga2

Na esquina da Rui Barbosa com a Faria Pereira existia o Posto de Gasolina da FORD e em cima funcionava um Bar chamado de Carlitos, onde hoje é a Pizzaria Canellone, no Prédio do Banco do Brasil funcionava a Banca de Sinuca e aluguel de Bicicleta do Santinho.

Na outra esquina, tinha o Bar Cinelândia do Sr. Zé Elias, onde tinha um pastel gostosíssimo e hoje funciona a Farmácia Nacional 24 horas. Em frente, havia o posto de gasolina e a Loja Veterinária da Cooperativa onde funciona hoje a Marisa Cosméticos e outras lojas. Na avenida, existiam duas árvores de Flamboyant de cada lado do canteiro central que eram lindas, mas foram cortadas e plantaram uma centralizada no canteiro.

Subindo pela avenida ainda podemos citar muitos personagens e comércios; como a Fábrica de Picolé Kí-Espumoso do saudoso Sr. Zé Cardoso que funcionava onde está hoje a Cinderela Calçados. Ao lado, era a casa do tenente Amorim que passava grande parte do dia sentado no banco do seu alpendre para observar o movimento e cumprimentar a todos, lá hoje está a Amorim engenharia. A casa do meu padrinho, Joaquim Caetano, virou a Popular Calçados, a GL Eletromóveis virou HT Calçados, a Pensão Avenida do Sr. Pedrinho virou Companhia da Moda, a loja Agropecuária CAMIG, onde trabalhavam meus amigos Clésio e Carlinhos, virou Colchões Reon. A casa da Sra. Olga Whady virou JETSEG Seguros, a casa 

ruibarbosa-vista-antiga3do Sr. Abraão Gabriel virou Sacolão Folha Verde, o antigo Armazém dos operários transformou-se em várias lojas, o bar Café Mirim e a Barbearia Brasil (fui engraxate na porta) transformaram-se em Edifício Vila Rica. A casa do Sr. Antônio virou várias lojas junto a Drogaria União, a Boutique da Fia Marra em Drogaria Bessa, a casa da Dona Mariquita em Açougue Chicken-in, a Padaria Maracanã e a casa que eram dos meus pais em Shopping Ouro Verde, a engarrafadora da Caninha Douradinha em Lanchonete Mineira, o casarão do Sr. Kebinha Guarda, na esquina, em uma linda casa, o armazém Guimarães em Topa Tudo, a Padaria Cristal no Condomínio Monalisa, a casa do Sr. Ricardo e Dona Silveira em Pizzaria Carretão. Acima do viaduto a Pensão dos Viajantes transformou –se em Loja de Veículos, as casinhas do José Ribeiro (Vila Maçônica) na Veja Automóveis e Barbosão, o campo de Futebol do Ferroviário (joguei muitas vezes lá) em Oficina Brumado , Juninho Veículos e Máster Automóveis, a Loja de Máquinas e implementos em Posto Avenida, a Boate Jandaia em Transportadora e o parque de exposição em várias lojas de veículos.


Realmente muitas coisas mudaram, muitas pessoas já se foram, mas ficaram as histórias e saudades de um tempo que tínhamos mais tempo, que amigo era mais amigo, que visitar alguém ou receber uma visita era habitual e que ser vizinho de alguém era grande honra.

Sei que falar sobre a Avenida me deu uma grande saudade de tudo e de todos, mas de uma coisa tenho certeza, fiz parte com muito orgulho da avenida Rui Barbosa, afinal de contas passei quase toda minha vida ali, são 43 anos de lindas histórias.


radio-hoje-banner-686x113


 

COLUNA DO IVAN - Beirando 1964

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Segunda, 24 Setembro 2018 17:55

 POR IVAN BATISTA DA SILVA


 A História de um povo ou da própria humanidade é construída de marchas, de progresso, mas também de contramarchas, de momentos de impasses. Quando não se consegue vislumbrar o futuro, a tendência é agarrar-se ao passado ou trazê-lo para o presente.

 

No Brasil, vivemos esta situação. Um jornal francês, no dia oito deste mês, em uma reportagem sobre o nosso país, afirmou: ”Depois da destituição controversa do governo de esquerda de Dilma Roussef, o Brasil parece ter perdido o controle de seu destino”. Na profunda crise institucional em que vivemos, a população, perplexa, aturdida, sem destino, descrê do futuro e procura agarrar-se a uma tábua de salvação, buscando no passado uma solução para o impasse.

 

A tábua de salvação, hoje, parece ser a volta dos militares ao poder. Claro que a geração atual desconhece completamente o que foi a ditadura militar. Houve um progresso enorme da economia, do sistema de transporte. Mas houve também aspectos próprios das ditaduras que mancharam todo o governo: a supressão de direitos políticos, a cassação de políticos e professores universitários e secundários, a tortura institucionalizada e principalmente a coerção à liberdade de pensamento e de expressão com censura na mídia e no meio artístico. Houve perseguição em todos os meios sociais, do político ao meio artístico. Nas Universidades, para os que discordavam da linha de governo ou tivessem um pensamento mais à esquerda, havia sempre o temor de serem delatados à polícia pelo chamados dedos-duros..

 

Para grande surpresa dos que viveram o regime militar, viu-se, durante a greve dos caminhoneiros, o slogan “governo militar já” espalhados pelas rodovias. Vê-se o candidato militar a Presidente da República recebendo grande apoio no meio da juventude, no meio agrário e entre os conservadores. Diante de um governo inerte, ilegítimo, fraco, resultante de um golpe, a população quer novos rumos para o país, quer o fim desta frouxidão, o fim de um governo sem eira nem beira. O povo vê nos militares a possibilidade de um governo forte.

 

Além disto, outras manifestações de forma velada lembram o período de 64. O tribunal de Curitiba, que mais parece um tribunal de exceção, viu corrupção apenas em dois partidos, como se esta não fosse uma coisa endêmica na política e na sociedade. No episódio recente da soltura de Lula pelo desembargador, quem a vetou foi o juiz Sérgio Moro que estava de férias e não podia estar despachando. Além disto, a soltura de um preso não cabe ao juiz que o condena e, sim, ao juiz do sistema presidiário. Passam por cima da lei como se isto não tivesse nenhuma consequência, como se os meios justificassem os fins.

 

Outro fato: um delegado federal abriu um inquérito contra o reitor da Universidade de Santa Catarina, porque houve críticas à atuação da polícia em um discurso do Reitor. Ora a Universidade é o campo do livre pensamento. Abrir um inquérito por discordar ou pensar diferente de quem está no poder é uma repetição clara dos métodos de 64 com os famosos IPM, inquérito político (ou policial) militar com os quais cassaram muitos e muitos professores universitários e políticos.

 

Estes três exemplos nos aproximam de uma fase nebulosa da história brasileira, o período de 64. O ministro do STF, Celso Melo, em um recente pronunciamento disse: “É preciso ressaltar que a experiência a que se submeteu o Brasil no regime de exceção constitui para esta e próximas gerações uma grande advertência que não pode ser ignorada”. Não se pode ignorar os erros do passado, nem repeti-los.

 

É possível alegar que agora os militares chegarão ao poder pela democracia, pelo voto. O risco é que temos uma chapa puro sangue: dois militares da linha conservadora, da ultradireita. Se eleitos, claro que não conseguirão resolver todos os problemas que afligem o pais e a população. Poderão, não entanto, resolver muito deles e estabelecer novos rumos para o país. Mas fica a pergunta: e se não tiverem apoio do Congresso para as reformas necessárias? Fecharão o Congresso por algum tempo para realizá-las? Instalarão um regime de exceção?

 

Isto atemoriza quem valoriza o estado de direito. O que ninguém quer é ver os vinte e cinco anos do regime de exceção serem repetidos quarenta anos depois.


daepa 450x108px 24072018


 

 

COLUNA DO IVAN. Lições de Civilidade

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Segunda, 10 Setembro 2018 07:25

 

Por Ivan Batista da Silva


Falar da Copa do Mundo na Rússia parece coisa distante, tal a rapidez com que os acontecimentos são relegados ao passado. A velocidade dos tempos atuais não permite ater-se senão ao presente e os fatos passados são rapidamente descartados, apagados da memória coletiva. O que importa é o momento presente, despido dos momentos vividos e sem projeção do amanhã.

Mas relembremos a grande celebração do esporte mundial. A Copa da Rússia teve a vantagem de projetar uma nova imagem de um país visto no Ocidente como o gênio do mal, dentro da propaganda norte-americana. Pôde mostrar ao mundo sua cultura riquíssima e tradições seculares. Sobressai na dança-o balé, no esporte- a ginástica, na literatura- Dostoyévski, Tolstoi e o Formalismo Russo que mudou a literatura mundial no início do século passado. Um país onde, até em cidades do interior, a população vai ao teatro para ouvir ópera. O país pela primeira vez levou o Homem fora do espaço terrestre.

A Copa do Mundo, além do grande momento esportivo, é interessante porque revela a diversidade das nações participantes em sua cultura, em seus costumes. Na Rússia, a seleção japonesa chamou a atenção do Brasil e do mundo inteiro pela grande lição de civilidade ao limpar os vestiários e deixar mensagem de agradecimento depois de perder o jogo e ser desclassificada na copa. O Brasil ficou surpreso com esta atitude. Não foi apena um gesto de boa educação. Revela não só a cultura, mas principalmente a civilização japonesa.

A palavra cultura origina-se do verbo latino “colere” verbo que significa trabalhar o campo, cultivar. Daí vem, também, a palavra colonização, colono o que cultiva a terra em lugar de seu dono. Cultus, particípio do verbo, significa o que já está cultivado, a terra já preparada, pronta para ser desfrutada. Cultura, particípio futuro, do verbo significa a terra preparada que vai ser cultivada. Por analogia, culto é o Homem que já está preparado socialmente, que reúne em si elementos que lhe possibilita e lhe permite a vida na “urbis”, na cidade, com urbanidade, sinônimo de civilidade.

Cultus não significa somente preservar o que foi elaborado, ou cultivado sempre através dos séculos, mas também incorporar o resultado do que foi cultivado, estabelecer a cultura, ou seja, perpetuar a memória do trabalho realizado. E, através da memória, incorporar o passado ao presente, o realizado ao agora, em um processo cumulativo. Estabelece-se, assim, a possibilidade de enraizar no passado a vida e experiência atuais de um grupo, de uma sociedade e, ao mesmo tempo, permite incorporá-las ao futuro criando, assim, a cultura.

Esta experiências culturais de uma sociedade em seu momento presente é feita pela mediação de elementos que se tornam símbolos do grupo social: sua convivência, suas crenças, a arte, a dança, o canto, o ritmo, o teatro que embora vividas no presente, permite construir o futuro deste grupo social. Cultura é, portanto, conjunto de práticas, de técnicas, dos símbolos e valores que devem ser transmitida a gerações futuras, às novas gerações para garantir a unidade social. São os gestos, atividades e experiências individuais ou de um grupo que contribuem para a estratificação e coesão social de um povo. Enquanto o elemento cultural resulta de atos individuais, a civilidade pressupõe a cultura como base, se realiza a partir dela e se realiza como resultado de toda a população. Está, enfim, um grau acima da cultura. Não resulta de elementos individuais e sim de elementos coletivos. São aspectos e valores incorporados como experiências de um povo em sua totalidade, permitindo a perpetuação de sua memória por muito tempo, por séculos. Assim, podemos falar de civilização romana, civilização oriental.

Mas voltemos aos japoneses. É um povo que tem um profundo respeito às pessoas, valorizando sua individualidade e respeitando todos os seus atos, seu modo de ser. Conhecem realmente a importância do indivíduo em seu grupo, em seu meio e nos deixaram esta belíssima lição de civilidade. Fátima Yukari, nossa professora, conta-nos que em determinadas cidades do Japão as escolas são setorizadas e os pais são proibidos de levar as crianças desde os sete anos à escola por causa do trânsito e para não ocupá-los em tarefas diversas. Existe um líder que se destaca pelo uso de um gorro e de uma bandeirinha e vai arrebanhando a meninada no seu quarteirão, na sua região. Quando chegam nas esquinas, o líder levanta a bandeira, os carros param, as crianças atravessam. Atravessada a rua, as crianças viram para trás e se inclinam para agradecer os motoristas. Coisa fantástica!

Não tem como comparar a atitude de brasileiros na Rússia com os japoneses. Um postou fotos depreciativas e imorais sobre as mulheres russas; o outro, um engenheiro agrônomo, da mesma forma, postou fotos do mesmo teor criticando as mulheres daquele país. Vergonha nacional! Isto demonstra que ser culto e ter civilidade não é apenas ter conhecimento ou status social. Quem foi à Rússia são pessoas endinheiradas, de status social mais elevado e deram vexame. A cultura e civilidade pressupõe muitos outros valores sociais. Pressupõe, no mínimo, o conhecimento das características de seu povo, o polimento no trato social. Em relação a outros povos, conhecer a sua diversidade cultural, tratando-as com um profundo respeito.

Os jogadores nos deram uma grande lição de civilidade que eu seu país começa na mais tenra idade, no caminho da escola. Talvez, um dia, sejamos como eles. Haja tempo!


WhatsApp Image 2018-08-14 at 18.48.49


 

Coluna da Mônica. Mudanças são sempre bem vindas!

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Terça, 04 Setembro 2018 12:12

frente-patrocinense-de-reportagem

Programa "Frente Patrocinense de Reportagem", da Difusora: Luiz Antônio Costa(Difusora|Revista Presença), José Carlos Dias(Difusora|Revista Presença), Pedro Alves Nascimento(Difusora), Joaquim Correia Machado(Jornal de Patrocínio), Sebastião Eloi dos Santos(A Gazeta de Patrocínio)

 


Por Mônica Othero Nunes


A imprensa patrocinense pode dizer que teve e tem um diamante chamado Luiz Antônio Costa. A notícia dada de sua mudança para outra cidade nos mostra sua coragem e vontade de fazer novo trabalho. Mudanças são sempre bem vindas!

 

Comunicador, repórter esportista, entrevistador, escritor, contador de

causos, conhecedor de grande repertório musical, jornalista com um diferencial: "as notícias ruins deixem para os outros."

 

Do gravador, caneta, microfone à era digital lá, estava Luiz. A mídia radiofônica em Patrocínio tem também seu trabalho. E o que dizer do seu amor pelo CAP?

 

Eu, que ao longo desses anos, ainda nem escrevi o que ele já escreveu, o admiro e muito. Não teve um texto da minha autoria ou sugestão de matéria que ele negou publicar. Pelo contrário me incentivou várias vezes!

 

Seu trabalho em vídeos(Rede Hoje) tem relatos significativos cito como exemplos do sr Inácio "Verdureiro ", Humberto Cortes e com meus tios Luiz e Vera Nunes.

 

Conhecedor do trato dado por alguns no pedestal do poder, escreveu há pouco tempo um texto sobre gentileza. Devia ser exposto em todos gabinetes.

 

Como também deixou registrado através do livro “O Som da Memória”,

cronicas focalizando o cotidiano da adolescência e vida adulta jovem do autor e de pessoas comuns com muito humor e emoção.

 

Luiz conseguiu, como ninguém, que seus filhos também tivessem o gosto pela imprensa e o exercício do dom.

 

Da minha parte quero dizer que feliz vai ser a cidade que o acolherá nessa próxima etapa de vida. De cá, todos os dias, estaremos torcendo pela sua realização pessoal. Ao lado dos seus entes queridos e da companheira Márcia a vida vai lhe retribuir tudo que voces merecem.

 

Vai com fé.

academia

Evento da Academia Patrocinense de Letras:  Natanael Diniz, Angela Arvelos, Milton Magalhães, Mônica Othero e Luiz Antônio Costa


tv-hoje-banner-686x113

 

NOSSO MUSEU. Ponderações de um profissional e artista

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sexta, 17 Agosto 2018 19:57

museu

 

Casarão do Museu Hugo Machado da Silveira e sede da Casa da Cultura de Patrocínio

 


Por Marcelo Pereira Guimarães


O conceito de que museu é apenas uma exposição do passado já se tornou um conceito ultrapassado. Museu é hoje a interação entre passado é o presente e a comunidade, visando preparar-nos para maior consciência para o futuro.

As duas intervenções que no monumento Museu Hugo Machado em Patrocínio foram realizadas sobre a minha orientação uma em 2000.

E a outra em 2016. Inclusive existem duas publicações a respeito, além de toda uma documentação fotográfica, além de relatórios diários destas intervenções.

Em 2016 contratamos uma empresa especializada em restauração de edificações do século XVIII onde foi realizado um diagnostico comprovando o péssimo estado estrutural desta edificação. Todos os esteios externos foram consolidados apos a perfuração de dois metros e meio de profundidade verificando que os mesmos encontravam-se deteriorados, apodrecidos é com ataques de insetos xilófagos.

Na ocasião não foram diagnosticados a situação dos esteios internos, pois não tínhamos verbas suficientes, pois teríamos que remover todo piso de madeira do primeiro andar.

Deixamos registrados várias propostas que iriam valorizar o rico acervo da educação, imprensa, tropeiros,personalidades,formação da nossa região através dos indígenas e quilombolas,memória fotográfica,projeto história linguagem oral. Este último projeto inclusive foi premiado.

O Museu possui acervo de 8.350 peças. A rua em frente a edificação foi fechada visando maior segurança para o monumento. Criando uma área para a realização de eventos externos e entretenimentos.

A reserva técnica foi transferida, buscando reduzir o peso instalado no piso superior.

Em relação a todo este assunto descrito acho inadmissível transformar o salão do segundo piso em uma sala de espetáculos tendo em vista não suportar o peso pela participação de 50 ou mais pessoas em cada evento.

Além disso, temos apenas uma porta de acesso após uma enorme escada não tendo saídas de emergência caso haja pânico ou qualquer acidente.

Relembrando com pesar o incêndio na boate Região Sul do Brasil onde vários jovens perderam suas vidas.

Mas, não imaginávamos(outubro de 2017) ver essa área externa invadida por TRUCKs de Alimentação como aconteceu lançando no espaço uma fumaça que atingiu o prédio histórico.

A casa não possui ALVARÁ completo que lhe dê permissão para atividades internas.

Foi feito denúncia no Ministério Público. O elevador de acesso ao segundo piso não estava em funcionamento devido a falta de assistência técnica. Não sei se já foi feito manutenção.

Outra justificativa é o desvirtuamento deste espaço museográfico para a realização de eventos. Sabemos hoje que museu é um espaço para realização de exposições temporárias, atividades culturais, excursões. Mas, tudo deve ser muito bem programado e desde que a instituição tenha condições técnicas para exercer tais atividades.

Outro fato é a verificações dos extintores de incêndio se eles estão atualizados pois devem ser trocados a cada 12 meses. Não sei como estão fazendo em relação circulação de ar.

Prédios históricos precisam receber circulação de ar para evitar surgimentos de pragas.

Conheço mais de 800 Museus inclusive no exterior. Nunca vi sala de concerto em Museu; Resido fora de minha cidade natal,mas nunca me afastei ou tive intenção de ignorar o que acontece e da forma que acontece.

CULTURA é um direito a ser preservado. Carece de discussão e diálogo. Não de decisões prontas e comunicadas. Sabemos sim da quantidade de eventos realizados. Mas, realizar evento não é implantar política pública é repetir os mesmos erros do passado.

Não temos informações em relação ao quadro de funcionários que estão hoje diretamente trabalhando no Museu Hugo Machado da Silveira.

Quem tem capacitação técnica em pesquisa histórica?

Qual trabalho está sendo desenvolvido para democratizar o acesso à cultura em todas as suas dimensões, sem preconceitos?

Quantos funcionários existem? A  cultura precisa ter espaço para se manifestar em suas diferentes formas. Existem dois conselhos municipais ligados diretamente a Cultura: patrimônio histórico e de política cultural. Mas,não temos informação das datas das reuniões,nem atas e nem participação de sociedade civil que não seja já membro do Conselho.

Na página online da FUNDAÇÃO CASA DA CULTURA, por sinal muito bem feita, em relação a fotografia não existe prestação de contas. No item relatórios direcionando para abril de 2018 e já estamos em agosto e até agora não temos acesso à questão relatório.

Qual a condição hoje da Fundação Casa da Cultura na questão jurídica?

As decisões são repassadas para o MP e o mesmo faz manifestação?

O Estatuto sofreu alguma alteração?

O repasse financeiro onde tem publicação de sua utilização? Foi feito alguma modificação?

Tendo em vista todas estas considerações aproveito para analisar outra situação.

Não acho plausível que se faça esta homenagem neste local criando uma sala de concerto.

O patrocinense Paulinho Machado é sim uma pessoa merecedora desta homenagem. Ou algo além de um espaço definido.

Principalmente pelo professor que foi é pela capacidade técnica, as belíssimas composições que ele criou. Composições que jamais serão esquecidas.

Não entendo o por que se colocar um piano de cauda no salão principal do museu tendo em vista o alto custo de sua colocação pois teve que desmontá-lo e afiná-lo.

Apresentou a indicação nome

Além de que, o Paulinho não era um pianista é sim um violonista.

A família Machado ao longo dos anos contribuiu consideravelmente para a história de nossa cidade. Poucas famílias têm entre seus membros pessoas tão inteligentes e de respeito.

Existe no acervo do Museu várias doações dessa família tão querida.

Outro aspecto que gostaria de questionar como se transfere um piano de cauda de um conservatório municipal de música – onde o mesmo era utilizado para dar aulas – para o Museu?

Lá, o piano vai ser usado só em apresentações esporádicas?

Por que não desenvolver no Conservatório aulas de piano?

Estão criando um espaço para apresentação musical em um prédio histórico que pode ao longo dos anos sofrer consequências com o fluxo de pessoas.

Por que não criaram esse espaço no Conservatório uma vez que Paulinho era músico por excelência?

Enfim, faço estas ponderações visando a segurança da edificação e todo trabalho que precisa ser desenvolvido na questão histórica.

É preciso “ressaltar que é a sociedade que produz cultura. O Estado possui outro papel: o de estabelecer mecanismos de preservação e incentivo cultural, o que significa dispor de recursos e instrumentos criados com a participação da sociedade como um todo.”

Nada difícil caso tenha interesse no dialogo,transparência e construção de ações com participação.

Devido situação de saúde não pude me deslocar e entregar pessoalmente, mas confio que medidas serão tomadas.

Att.:

Marcelo Pereira Guimarães

Especialista em Restauração de Obras de Arte é Arte cultura Barroca além de Artista Plástico



 

FALANDO SÉRIO. Idoso: institucionalizar ou acolher em casa?

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sexta, 13 Julho 2018 11:43

idosos-600x330-omossoroense

 

Idosos.(Foto: O Mossoroense)


José Carlos Lassi Caldeira*


jclassiEm Évora, Portugal, na seiscentista Capela dos Ossos, construída com ossos dos freis franciscanos, há a célebre frase que remete à transitoriedade da vida : “ Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”.  

A maior idade ou “a melhor idade” são apenas retóricas para tentar minorar o sofrimento daqueles que após os 60 anos sabem que a hora de seu encantamento se aproxima. Afinal, idosos.

Esta é uma fase da vida que, salvo exceções, os problemas de saúde se tornam mais presentes, há uma piora do vigor e tônus vitais e há, sobretudo, as questões de ordem cognitiva que afetam cada vez mais um maior número de pessoas, dado o envelhecimento da população brasileira.

Estas questões se apresentam desde transtornos biopsicossociais leves com a preservação da capacidade de cuidar sozinho de si próprio até perdas funcionais graves nas áreas de cognição(da habilidade de compreender e resolver os problemas cotidianos), de mobilidade ( dificuldades de locomoção e da manutençao do uso de mãos e membros), da comunicação (da compreensão e expressão das linguagens,  do pensamento e expressão de idéias/ sentimentos/ afetos).

Muitas destas habilidades se perdem tanto por  doenças cérebro-vasculares  como AVCs (derrames ) ou arteriosclerose quanto por degenerações  neurológicas como Alzheimer ou E.L.A. ou Parkinson. Muitas das perdas ocorrem quando o indivíduo se encontra mais vulnerável afetivamente (vivendo sozinhos em casa, com dificuldades de audição e visão, sem o necessáriuo suporte familiar já  que os filhos muitas vezes têm seus trabalhos,seus filhos e seus próprio problemas,etc) ,aumentando sua dependência.

Na minha infância, em Patrocínio, os velhos com problemas cognitivos eram chamados caducos – uma expressão até carinhosa e eram mantidos na casa de algum dos filhos ou parente. Hoje com o imprescindível trabalho da mulher, restou pouco tempo à família para cuidar de seus idosos, em especial nos cuidados sociais e afetivos. As disfunções vão desde a incapacidade para banhar-se, usar sanitário e manter higiene pessoal, alimentar-se, vestir-se, entre outras tantas coisas comesinhas. A perda da memória é dentre todos, o fator determinante da deterioração da qualidade de vida e a maior causa dos problemas elencados.

Trabalhando no SUS- BH, nós médicos nos deparamos com frequência com situações desta natureza. Porém , apesar das dificuldades, temos tido um substantivo apoio do Centro Mais Vida da UFMG – Departamento de Geriatria. Este Centro oferece, além de cadeiras estofadas para todos os pacientes do SUS, uma medicina de qualidade que minora os sofrimentos desta parcela da população: pobre, velha e desamparada. Os recursos financeiros ali alocados pelo empresário Aloysio Faria deveriam servir de exemplo à parcela rica de BH (“ Nós ossos que aqui estamos…..”).

A partir daí, resta a questão: acolher em casa ou institucionalizar ( asilar)?. Apenas você sabe a sua resposta.


*José Carlos Lassi Caldeira é médico patrocinense radicado em Belo Horizonte, assina a coluna"FALANDO SÉRIO" no portal da Rede Hoje



 

FALANDO SÉRIO. O significado do Não para os nossos filhos.

  • Imprimir
  • E-mail
Detalhes
Criado em Sexta, 29 Junho 2018 19:56

 

jclassi


José Carlos Lassi Caldeira *


 

O medo de dizer não aos filhos, aos irmãos, aos amigos, nos dias hedonistas atuais, onde a regra é mostrar-se sempre “bem” e demonstrar ao respeitável público do facebook que se está sempre no gozo dos prazeres da vida, tem contribuído para a deturpação dos valores, para a não aceitação de limites, para o desrespeito dos direitos dos próximos e para a desorganização do tecido social. Hedonismo, aqui usado, não no sentido filosófico-epicurista, da busca necessária e genuína do prazer como recompensa de um esforço, mas no sentido do prazer pelo prazer, do demonstrar-se sempre feliz independente das circunstâncias.

 

Meu ilustre colega, psiquiatra, José Sebastião certa feita disse-me: “O caráter molda-se no Não. Ele dá a dimensão dos direitos e deveres.” Na verdade, a compreensão do “não” constitui a primeira introjeção do conceito de Lei, da noção do espaço pessoal – inviolável sem a permissão do outro e dos nossos deveres com relação aos direitos da coletividade.

 

Se à criança não é ensinado o valor do não, teremos, com muita probabilidade, adolescentes e adultos com desvios de condutas e, como conseqüência, a violência que hoje é, no Brasil, a maior causa de mortes entre jovens. Homicídios, acidentes de trânsito, suicídios, principalmente entre homens jovens em idade produtiva, são responsáveis por quase 10 por cento do total de mortes anualmente no país:muito mais que uma guerra.

 

A violência é gerada por conflitos onde uma ou mais partes não cedem: não foram educados para aceitar as frustrações e os impedimentos. Não contemporizam, não compreendem e nem aceitam princípios, o que leva a comportamentos sugestivos de psicopatologias das mais variadas magnitudes.

 

Na adolescência, com o inevitável contato com o mundo fora de casa e com o complexo de super-homem, surgem pesadamente as conseqüências da ausência das negativas e, em muitos casos, o uso de drogas lícitas e ilícitas na tentativa de aplacar as dores e os desequilíbrios afetivo-emocionais. Não apenas o álcool, a maconha, a cocaína e o crack, mas também o uso indiscriminado e cada vez mais irrestrito dos antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos etc.

 

A conseqüência do uso abusivo dos entorpecentes é o advento freqüente de condutas anti-sociais, as agressões às famílias, os comportamentos esquizóides. Os extremos destas condutas perversas são o que mais se vê na maior do tempo dos nossos telejornais na forma de matricídios, homicídios, latrocínios e agressões de toda ordem ( isso tem viciado muito a audiência, aproximando-a ou do pânico ou da indiferença ou do sadismo).

 

As outras drogas citadas, vendidas geralmente com prescrição médica, vêm sendo usadas em uma escala impressionante, mesmo em depressões reativas como nas perdas, para desfavorecer a tristeza, o pesar, a tolerância. O hedonismo não permite mais a dor, o luto, o arrependimento. Como contraponto, provoca o riso sem a graça, o achar-se iluminado quando tudo está escuro.

 

Vivemos uma época de trevas onde impera o sim. E caminhamos celeremente para uma época onde teremos muitas saudades de um Não, bem dito: ene-a-o-til. Dever-se-ia buscar entre tese e antítese uma hipótese que permitisse o sim e o não viverem em harmonia, principalmente na educação das novas gerações.

 


*José Carlos Lassi Caldeira é médico patrocinense radicado em Belo Horizonte, assina a coluna"FALANDO SÉRIO" no portal da Rede Hoje


paneladebarro rh 600x100 12122015


 

Mais artigos...

  1. FALANDO SÉRIO. Princípios e Saúde
  2. OPINIÃO. Racismo no Brasil, o veneno que corrói um país que não consegue virar nação
  3. COLUNA DO IVAN. O Livro de Alberto Araújo
  4. EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA APL
  5. OPINIÃO. Mais impostos, para quê?
  6. COLUNA DA MÔNICA. O frei Ederson consegue...
  7. CRUZEIRO! Por Hebert Carlos Revetria
  8. COLUNA DO IVAN. Uma placa para Juscelino Kubitschek
  9. MÍDIA. Assassinato de Marielle na mídia: a descontextualização de uma luta
  10. MÚSICA. Há 55 anos os Beatles lançavam o seu primeiro álbum

Pagina 1 de 4

  • Iniciar
  • Ant
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • Próx
  • Fim

Colunas recentes na REDE HOJE

  • COLUNA DO IVAN. PASSA BOI PASSA BOIADA. +

    Há três anos , em um artigo neste jornal, falávamos sobre  as evidências de que caminhávamos para um governo militar como na ditadura de 64. E chegou a república dos generais. A diferença é que, no governo atual,  a democracia permanece, as instituições funcionam emocraticamente, mas temos, sim, um governo militar… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. ALÔ, ALÔ, PATRÔ,... AQUELE ABRAÇO... E PARABÉNS +

    Lembrança. Sempre é bom tê-la ou promovê-la. Como é o caso de segunda mais importante data cívica de Patrocínio. A primeira, a mais relevante, é 7 de abril. É a data que se comemora a criação, a emancipação, do Município. A segunda é a da criação da cidade: 12 de… Leia mais
  • COLUNA DO IVAN. BRINQUEDOS DE NATAL. +

    Neste Natal, levantei-me cedo como não o fazia há anos. Fiquei  imaginando o que fazer na manhã que se percebia ia ser comprida. Resolvi dar uma volta no bairro para ver as crianças alegres e felizes com seus brinquedos.  Fiquei desapontado.  Não havia crianças nas ruas curtindo os  tão esperados… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. NO ÚLTIMO LUGAR AMBIENTAL, PATROCÍNIO DESPERTA: TERÁ ÁRVORES +

    Foto: Nathalia Cristina G Ribeiro Nathy por Pixabay  Verde. O Município é desprovido dele. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE aponta que só em Minas há 225 cidades à frente. E o pior, Patrocínio é superada por quase 200 municípios ou menores ou mais pobres. Mas… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. É NATAL! TOMARA QUE SEJA SEMPRE ASSIM +

    É Natal. É momento de confraternização. É momento de louvação dos amigos. É momento de perdão aos adversários. É momento de revisão de nossas injustiças. É momento de agradecimento a Deus pelo tanto que recebemos e o pouco que oferecemos nesse ano que se passa.   É Natal. É hora… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. ÍCONE DA MEDICINA PATROCINENSE FOI GRANDE PREFEITO SEM SER POLÍTICO +

    Lendas. Patrocínio tem várias. Na política, esporte, comércio, educação, cultura e saúde há pessoas que se tornaram lendárias. A medicina oferece uma lenda na cidade. Dr. Brandão. Mais precisamente, médico José Garcia Brandão. Um pouco de sua vida, de sua atividade pública e de seu exercício profissional, mostram quem foi… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. PATROCÍNIO TEM BOI, PORCO, GALINHA, TILÁPIA E LEITE PARA DAR E VENDER +

        Fotos:  Pixabay Pecuária. A do Município é próspera. É destaque em Minas. E em algumas espécies, destaque no Brasil. Recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE publicou o documento “Pesquisa da Pecuária Municipal”, uma rica fonte de informações referentes a 2019. A produção de leite e o rebanho… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. REI NEGRO, DE EXPRESSÃO NACIONAL, FOI MORTO EM PATROCÍNIO +

      Pérolas. Assim, podem ser intituladas diversas histórias sobre o nosso querido Município. Algumas ainda pouco conhecidas. Tais como as que antecedem a fundação de Patrocínio e narrativas da própria fundação ou criação (não confundir com emancipação).   O PRIMEIRO MARCO – Em 1729, a Coroa Portuguesa criou a estrada real… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. “AFONSOS”: O FINAL DOS INCRÍVEIS BANDOLEIROS +

    Fama. Os Índios Afonsos teve a sua no Brasil. Meio século de terror, mortes, justiça e perseguições. De pai para filhos. De irmão para irmão. De tios para sobrinhos. A família Afonso, de origem patrocinense, transformou-se na mais violenta do Triângulo e Brasil Central, em todas as épocas. Com a… Leia mais
  • PRIMEIRA COLUNA. HISTÓRIA: AFONSO, O “RAMBO” DE PATROCÍNIO +

    Jean Baptiste Debret (1768-1848): Índio Foto: Iba Mendes Pesquisa  Sensacional. É a história do Índio Afonso. Herói ou Criminoso? Bandido ou artista? Um patrocinense oriundo do fogo (casa) 206, conforme Mapa Populacional, de 1832 e complementado em 1835, arquivado no Arquivo Público Mineiro. Nesse caso, ajustamos o que o célebre pesquisador… Leia mais
  • 1

OUTROS COLUNISTAS: + textos

  • COLUNA DO IVAN. PASSA BOI PASSA BOIADA.
  • COLUNA DO IVAN. BRINQUEDOS DE NATAL.
  • COLUNA DO IVAN. O Brasil Invisível Agora Escancarado.
  • COLUNA DO IVAN. NUNCA ANTES NA HISTÓRIA DESTE PAIS.
  • COLUNA DO IVAN. ESTE MUSEU NOS FAZ FALTA
  • REFLEXÃO. Vida após a morte e o enfrentamento do luto
  • REFLEXÃO. Segurança infantojuvenil
  • A PALAVRA DA MÔNICA. CENÁRIO DE INTRANQUILIDADE.
  • COLUNA DA MÔNICA. Conferência do idoso foi uma boa surpresa.
  • NOSSA HISTÓRIA. Eu , nós , o AZT e o tempo
001 RH-INST lateral-250