Ô, cara pálida, olha aqui bem na bolota dos meus olhos. Diga qual miseravi que disse que quem se aposenta, aposentam-se também os problemas. A torcida do CAP e do Cruzeiro já sabe que estou no banco de reserva da terceira divisão da vida. Aqui é pobrema puxando poema, (No nosso caso, uma despretensiosa crônica poética. Ou patética?) Não tem problema? Não tem problema. A gente inventa moda. É mermo. Não se pode escrever sério? Não se pode falar da real realidade? Vamos na esportividade…

Só um parêntese: Gosto muito de reprisar uma recomendação da Young President’s Organization segundo a qual "devemos distinguir o que é um contratempo, um revés e uma tragédia. A maioria das coisas ruins da vida são contratempos. Reveses são mais sérios, mas podem ser corrigidos. Tragédias, sim, são diferentes. Quando você passar por uma tragédia, compreenderá a diferença."(Do livro "Ah, se eu soubesse) Isto posto e bem dito:

Para não cansar a sereníssima beleza do leitor, vou elencar apenas três coisas que, digamos, me atormentam:

A primeira, simplesmente corro um sério risco de vida. Ou melhor. De morte.

A foto, não me deixa mentir. Minha parecência, com Fernando Haddad, quando me descuido e deixo o meu cabelo crescer. Esse descuido mais do que nunca, pode me complicar. Como nada a ver? Não é você, que corre o risco de fazer uma caminhada de boa, ali no Jardim Sul e de repente aparece um grupo atrás de você, gritando:

" Fora, Andrade, fora, Andrade!"

E tome butinada, chinelada, pedrada! Cadê tempo de explicar que você não é o tal home.

A segunda: Fila do SUS. Há três anos e 15 dia (3:15) De uma consulta na UBS Morada Nova, em 2019, fui encaminhado para um angiologista, (médico de vêia,) na policlínica, (provável diagnóstico, tromboflebite). De lá sairia um papel, me encaminhando para a Secretaria Municipal de Saúde, de onde me chamariam para uma triagem,/cirurgia. Se passaram, mais de 03 anos... sarei, voltei a sentir, sarei... Nada. ( Isso não desabona o trabalho de luiz Eduardo Salomão, o mais brilhando e primoroso secretário da pasta )

Bom. No último dia 17/01, resolvi bater um fio ( telefone fixo) para saber o andamento dessa consulta engastaiada. A atendente, não resolveu nada na hora. Vai procurar saber, depois aciona a enfermeira da UBS, que posteriormente, acionará a Agente de Saúde ( Renata) que vai me comunicar... E enquanto isto minha filha está no meu pé: "E ai pai, resolveu, ou quer que eu vá ai, ver isso?" É ruim, hein!

Bem... essa ligação, não resolveu o meu problema, mas me deu uma ducha água fria no coité, que vou te falar... Se minha autoestima não tivesse a altura da torre da Igreja Matriz, ( Ou Santa Luzia, qual a mais alta, mesmo?) estaria "no mato sem cachorro"

Ou...Logo eu que tinha altas pretensões vocálicas. Gostaria, de substituir as férias do José Maria Campos, no Comentário do Dia na Rádio Difusora; Logo eu que gostaria de ter um programa de MPB cult na Rádio Módulo, Cultura, ou Capital; Logo eu que pensava em montar uma banda de rock vintage, para tocar na fonte luminosa aos domingos...ó céus, ó vida...

"O que aconteceu, Milton?" Nada. Nada... A atendente da Secretaria da Saúde, só desmoronou meus sonhos supracitados com uma palavrinha: "QUAL O NOME DA SENHORA?" Isso, depois de ter conversado um bocado com este que vos fala kkkkk.

Claro, encarnei o melhor Cid Moreira que pude para lhe responder..

Já detestava enviar o tal zap/áudio... depois desta. Eu e minha voz de terror- digo de tenor. Meu mundo é da palavra escrita. Toma distraído! Quem nasceu para Milton Magalhães, nunca chegará a Carlinhos Bill, nem a Luiz Silva Cabral kkkkk

"Qual o nome da senhora". rárárá, "Cai fora, Andrade"

(Moral da história: é urgente, achar um jeito de RIR DE NÓS MESMOS. Neste cotidiano sombrio, nestes tempos bicudos, o que vai nos curar- além de amor: Humor. A ferro e fogo, não vai)