Como braço operacional da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o Conselho Nacional do Café (CNC) realizou nesta quinta-feira (02), a primeira Assembleia Geral Ordinária do ano, momento em que promoveu a eleição dos membros do Conselho Diretor, do Coordenador Geral e do Presidente Executivo para o biênio 2023/2024.

A reunião contou com a presença do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, que fez a abertura oficial da Assembleia e com sua capacidade, conhecimento e altruísmo, por ser um líder de uma estatura que busca resultados, trouxe reflexões importantes para os próximos anos no cooperativismo e, especialmente, na cadeia cafeeira.

Márcio Lopes mostrou o trabalho que está sendo desenvolvido pelas entidades cooperativas do que ele chamou de "construção de pontes com o novo governo e com a nova esplanada dos Ministérios". O presidente da OCB reforçou que 53 por cento da agricultura brasileira tem origem nas cooperativas e que 34 por cento do crédito rural brasileiro passa pelo sistema de cooperativismo de crédito. "Esse é um momento para usarmos essa capacidade de estarmos unidos, organizados no sentido de contribuir com uma linha estratégica de ação com o governo e ter, no Congresso Nacional, uma defesa que reconhece a importância do sistema cooperativista".

Da composição anterior houve apenas a mudança da titularidade do representante da OCB/ES, antes representada pelo presidente da Cooabriel, Luiz Carlos Bastianello – que agora será suplente, e passa a ter como titular o conselheiro Bento Venturim.

A composição do Conselho Diretor do CNC para o biênio 2023/2024 ficou assim disposta:

CARLOS AUGUSTO RODRIGUES DE MELO – COOXUPÉ

CARLOS SATO – COCAPEC

FRANCISCO SÉRGIO DE ASSIS – FEDERAÇÃO CAFEICULTORES DO CERRADO MINEIRO

HENRIQUE DIAS CAMBRAIA – BSCA (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CAFÉS ESPECIAIS)

JOSÉ MARCOS RAFAEL MAGALHÃES – MINASUL

LUCIANO RIBEIRO MACHADO – SICOOB

BENTO VENTURIM – OCB/ES

MARCO VALÉRIO ARAÚJO BRITO – COCATREL e COCCAMIG

Por unanimidade foram eleitos também o Coordenador Geral e o Presidente Executivo, que estarão à frente da organização nos próximos dois anos. Maurício Miarelli e Silas Brasileiro, respectivamente, foram reconduzidos. As contas do exercício 2022 foram aprovadas sem ressalvas, tendo sido auditadas pela auditora independente Amanda Firmino de Souza.

Recondução

Reconduzido ao cargo de Presidente Executivo, Silas Brasileiro, destacou que o trabalho do CNC segue pautado na representação institucional, na defesa constante do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) – que é um fundo social, na efetiva participação do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) nas discussões sobre a importância das cooperativas de produção e de crédito, na defesa permanente da cadeia café e, muito diretamente, da produção de uma maneira geral com fomento de programas que garantam ao produtor renda próspera.

"O CNC continuará atuando orientado pela OCB, pelas cooperativas e associações que são vinculadas à entidade, sempre em busca de promover a sustentabilidade do café, em todos os seus pilares: social, ambiental e econômico. Estaremos por mais dois anos na condição de facilitador dos trabalhos, mas o papel do colegiado – ‘conselheiros’ – continua sendo fundamental para o avanço da produção cafeeira do Brasil", relatou o presidente. Para finalizar a assembleia, a Diretora Executiva da Organização Internacional do Café (OIC), Vanúsia Nogueira, trouxe um panorama do atual momento no cenário mundial.

Segundo ela, o Brasil tem que avançar na melhoria da comunicação com o mercado internacional. Para Vanúsia, a produção de café do Brasil atende os requisitos de sustentabilidade, mas terá que passar por modificações na gestão para se adaptar às exigências que estão por vir em breve.

*Alexandre Costa é assessor de Comunicação do CNC