De novembro a dezembro, a programação extensa de atividades inclui ciclo de fóruns e apresentações artísticas


                                                                                
Verão Vogue Bailão - Festival de Verão UFMG no CRJ - Foto Carina Castro


Da Redação da Rede Hoje | Fonte: Comunicação UFMG



Começa hoje, 17 de novembro, o ciclo Cultura, Juventudes e Direitos, promovido pela Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG, por meio do projeto Circuito Cultural UFMG. Até o início de dezembro, acontecerão lives, palestras, rodas de conversa, espetáculos e intervenções artísticas sobre políticas culturais e juventude. Em pauta, temas como protagonismo negro, diversidade, ações afirmativas, cidadania, desigualdade social, vivência trans, entre outros. As atividades serão exibidas pelo canal da DAC no YouTube (youtube.com/culturaufmg) e estão vinculadas ao projeto Políticas de Cultura para a Juventude e Coletivos da Zona Cultural da Praça da Estação da DAC.

A abertura da programação está inserida no Fórum Juventudes, Corpo e Racismo, que tem curadoria de Marcos Antônio Alexandre, professor e pesquisador da Faculdade de Letras (Fale) da UFMG. O evento tem início às 17h de hoje, com a palestra Corpos de Pretos: Imaginário, Cisma e Cotidiano Ancestral, do editor, educador e escritor Allan da Rosa. Com seu trabalho literário-educativo e sua militância afrocultural, Allan já esteve em universidades de Cuba, Moçambique, Estados Unidos, Colômbia, Bolívia e Argentina. A mediação da live será de Harion Custódio, doutorando em estudos literários da Fale. 

Mais tarde, às 19h, estreia o espetáculo Eras, com o Coletivo Negras Autoras, dirigido por Grace Passô, uma das maiores expoentes do teatro e do audiovisual de Minas Gerais. A apresentação traz as multiartistas Elisa de Sena, Júlia Dias, Manu Ranilla, Nath Rodrigues e Vi Coelho se revezando em cena e usando poesia, música e estética para contar sobre mulheres negras em histórias que atravessam o tempo. 

O Fórum Juventudes, Corpo e Racismo segue durante os dias 18, 24 e 25 de novembro, sempre a partir das 17h. Entre as atividades, haverá a palestra O Racismo Religioso na Base do Racismo Estrutural, no dia 24, com Padre Mauro Silva, diretor e curador do MUQUIFU - Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos; e no dia 25, o trio Afrolíricas se apresenta após a roda de conversa Corpos Negros em Movência.

A partir do dia 30 de novembro tem início o Fórum Superando o Racismo e a Transfobia: ações afirmativas, acesso e permanência na Universidade, com curadoria de Daniely Roberta dos Reis Fleury, diretora de Ações Afirmativas da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis da UFMG. Este fórum segue até 1º de dezembro, destacando a luta contra o racismo e a transfobia. No dia 30, a apresentação é da estudante trans do curso de Química da UFMG, Lavinny Morais Lima, e no dia 1º, a apresentação é do estudante do curso de Direito da UFMG e membro da Rede Afro LGBT, Gustavo Ribeiro. Entre as atividades, tem vídeo-performance, relatos de experiências, debate sobre saúde da população trans preta e, no encerramento, apresentação da artista Bixarte (Bianca Manicongo) que traz como referências a religiosidade no Candomblé e sua identidade sexual. 

O Fórum Juventudes, Corpo e Racismo e o Fórum Superando o Racismo e a Transfobia: ações afirmativas, acesso e permanência na Universidade integram o Novembro Negro UFMG 2021, que este ano reflete sobre a importância de consolidar e ampliar ações afirmativas de acesso e permanência, visibilizando a presença de pessoas negras na Universidade e a importância das vozes, corpos e identidades plurais. 

Além dos fóruns, o ciclo Cultura, Juventudes e Direitos do Circuito Cultural UFMG promove também uma programação em parceria com a Jornada dos Direitos Humanos (UDH/Proex), entre os dias 6 a 10 de dezembro. As atrações incluem: um vídeo-documentário sobre as danças urbanas em Belo Horizonte com a participação de 14 artistas da Grande BH; o espetáculo CarolinaS, do Grupo de Teatro Mulheres de Luta, fundado em 2017 com as moradoras da Ocupação Carolina Maria de Jesus; e apresentação do Sarau de Quebrada, que reúne poetas e slammers de toda a região metropolitana de BH. 

Haverá ainda três atividades que são desdobramentos da Exposição Movências (www.movencias2021.com), inaugurada durante o 15º Festival de Verão UFMG: Projeções Bárbaras, que traz cinco dias de projeções verbovisuais e sonoras em edifícios da região da Praça da Estação; Carta em Fluxo, que faz intervenção em espaços públicos diversos; e Transfluências, que realiza uma roda de conversa entre curador e artistas da exposição. 

Por fim, o Circuito Cultural UFMG realiza duas lives com o projeto Furo: Escutas em Psicanálise, para refletir sobre dois tópicos: as ações do projeto, que propõe a ampliação da escuta clínica psicanalítica no território da cidade, e as insurgências de diversos coletivos brasileiros de atendimento gratuito em espaços públicos.