Da redação da Rede Hoje


A Secretara Municipal de Educação divulgou o Protocolo Sanitário de Retorno às Atividades Escolares Presenciais, confirmando as aulas para próximo dia 10. A forma híbrida de retorno às aulas prevê um sistema misto, havendo aulas presenciais sem obrigatoriedade de envio dos alunos pelos pais. Caso os pais queiram enviar os filhos terão que assinar um termo de responsabilidade. Os professores da rede municipal, dizem que as escolas públicas não têm a mínima condição de voltar às atividades presenciais.

A forma híbrida de retorno às aulas prevê um sistema misto, havendo aulas presenciais sem obrigatoriedade de envio dos alunos pelos pais, com controle de número de alunos por sala, mantendo-se o sistema EAD de ensino aos demais alunos cujos pais optarem por manter em casa assistindo aulas via remoto.

Os pais que optarem por encaminhar os alunos para o retorno presencial das aulas deverão preencher formulário online no caso das escolas públicas municipais, e, comunicar por escrito pelo método adotado pela direção, no caso das escolas particulares, para que seja feito o controle de frequência. Para os professores, esta é uma forma de transferência de responsabilidade.


CONTRA.
Em debate na Rede Hoje professores da rede municipal de ensino consideram a decisão do Governo Municipal irresponsável. De acordo com um dos professores, o que mais tem chateado a categoria é que não houve diálogo e a categoria não pode apontar as situações. Segundo eles não há mínima condição de retorno das aulas presenciais no momento atual da pandemia da Covid-19.

Gilberto José de Melo é do Sind-UTE. reprodução| Rede Hoje TV


RISCO DE MORTE.
Gilberto José de Melo, do Sind-UTE diz que deveria ter no protocolo a testagem rápida de todos os envolvidos, todos os dias. De acordo com ele, medidas previstas são insuficientes e não garantem tranquilidade para o retorno seguro das aulas presenciais nas escolas públicas. “Estamos vivendo o caos e o caos vai piorar. O secretário de Saúde foi à imprensa dizer que as UTIs estão preparadas para crianças. Então ele está assumindo o crime, que está enviado as crianças para serem contaminadas e correndo o risco, inclusive, de morrerem, porque já tivemos inúmeras mortes de crianças por Covid-19 no Brasil todo.”, conclui

Os professores dizem que desta forma serão colocados em risco todos os envolvidos — alunos, professores, funcionários — pois não existe uma forma de controle. Eles sugerem que a Secretaria Municipal de Educação aguarde pelo menos mais três meses. Eles também dizem que a grande maioria dos pais não querem a volta às aulas em todas as enquetes feitas até aqui.

COMORBIDADE. Outro problema levantado pelos professores é o fotado de o Governo Municipal de Patrocínio não estar aceitando os laudos com comorbidade. De acordo com um dos professores, “o próprio secretário de Educação(Rodrigo Oliveira) tinha dito que iria afastar os professores que tem comorbidade para continuar trabalhando de forma remota, mas hoje(3/5) ficamos sabendo que o prefeito não colocou a questão num decreto e já está definido que não haverá. O advogado da Prefeitura falou que tem a lei federal, mas cabe ao município acatar ou não, e que o prefeito não quis acatar”, explicou este professor.

A SECRETARIA. O Protocolo Sanitário de Retorno às Atividades Escolares Presenciais traz orientações sobre a Covid-19, medidas para o caso de suspeita e confirmação de algum caso, normas de sistematização do ambiente escolar, espaçamento e organização das atividades, limpeza e desinfecção, funcionamento das salas e demais ambientes internos como secretaria, pátios e sanitários, responsabilidades dos gestores, manipulação de alimentos, transporte escolar, entre outros.

QUEM PROPÕE. O documento foi formulado em conjunto pela Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde e Comissão de Análise e Avaliação para Retorno às Aulas Presenciais no Município de Patrocínio. Esse protocolo obedece às normas de distanciamento social, uso obrigatório de máscara e álcool em gel e todas as demais medidas de segurança voltadas para a proteção de professores, alunos e funcionários das escolas públicas e privadas do Município de Patrocínio.