Da redação da Rede Hoje

Um Workshop de Atualização das Estratégias de Agricultura Climaticamente Inteligente reuniu as comunidades acadêmica, de pesquisa e produtiva, no campus da UFV de Rio Paranaíba para discutirem sobre as práticas agrícolas que garantam a conservação dos recursos naturais e tornem a agricultura resiliente à mudança climática. O encontro aconteceu entre os dias 16 e 17 de setembro.

O evento é resultado de uma parceria do Consórcio Cerrado das Águas com o Programa Café Plus e contou com o apoio da UFV – Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba e Sebrae; e também contou com patrocinadores da cadeia agrícola.

Estratégias

Neste encontro foram apresentadas estratégias e técnicas para a implantação da agricultura inteligente com foco na resiliência às mudanças climáticas e na conexão de paisagens produtivas sustentáveis.

Marcelo Urtado, cafeicultor e presidente do Consórcio Cerrado das Águas, disse que pode sentir o envolvimento de todos os participantes com o objetivo do evento, “pelo sentido de estar contribuindo com o propósito da agricultura climaticamente inteligente, que é o propósito do Consórcio Cerrado das Águas”, explicou.

A consulta pública para que a comunidade de pesquisadores, consultores e produtores pudessem opinar sobre as estratégias ficou aberta de maio a agosto e foram recebidas 22 contribuições. Essas informações serviram de base para a discussão do segundo dia do evento que reuniu produtores rurais e pesquisadores em um esforço conjunto para olhar para o mapa de risco e estratégias do CCA e propor mudanças e atualizações.

Como resultado, pesquisadores e produtores apresentaram 22 contribuições para o mapa de riscos e 70 para o menu de estratégias. Ao final do evento os presentes indicaram quatro estratégias prioritárias para serem aplicadas pelos produtores que compõem o PIPC (Programa de Investimento no Produtor Consciente), conduzido pelo Consórcio Cerrado das Águas, para que alcancem, de forma mais rápida e eficiente, a resiliência climática.

A pesquisadora da EPAMIG, Madelaine Venzon, comenta que “no fechamento do evento ficou mais evidente a importância da união entre instituições de pesquisa, de ensino, produtores e iniciativa privada, para se alcançar uma agricultura climaticamente inteligente e que produtores se colocaram à disposição para auxiliarem as instituições públicas no desenvolvimento das pesquisas”.

Até dezembro o Menu das Estratégias de Agricultura Climaticamente Inteligente do CCA será apresentado a todos através de um documento que ficará disponível no site do Consórcio Cerrado das Águas.

O produtor Marcelo Castro dos Santos, proprietário de fazenda em Rio Paranaíba, considera um grande apoio e um instrumento de orientação para aplicação das técnicas apresentadas durante os dois dias de Workshop. Segundo ele, “o objetivo foi alcançado. Pudemos compartilhar conhecimentos com os pesquisadores e com os demais produtores. É isso que temos que fazer dentro das possibilidades de cada um, buscando apoio e colaborando com a difusão das experiências, favorecendo o elo da pesquisa e da produção”, avalia.

Parcerias

O esforço do Consórcio Cerrado das Águas e do Programa Café Plus em unir elos da cadeia produtiva para promover análises e debates foi, de acordo com Pedro Ivo, “o objetivo comum de debater a agricultura conservativa e inteligente para o clima. Todos os convidados se sentiram responsáveis e solidários com essa tarefa”, disse.

As duas entidades já vislumbram a continuidade da parceria em desdobramento de outras iniciativas, bem como na promoção de outras edições do Workshop, contando com a participação efetiva de pesquisadores e produtores rurais para os objetivos propostos.

O Consórcio é um exemplo de que a união é um fator importante para crescermos juntos: união entre produtores, pesquisadores, empresas privadas e instituições para um propósito - que é o propósito do Consórcio Cerrado das Águas, a agricultura climaticamente inteligente.

Alcançar uma base técnica muito forte, tendo em vista as necessidades do produtor, do que é preciso para continuarmos implantando essa agricultura climaticamente inteligente e o que a ciência tem de base para fornecer para essas estratégias. O produtor precisa da ciência e a academia precisa conhecer as demandas dos produtores”, finaliza Marcelo Urtado.


Fonte: Polliana Dias | Assessoria de Imprensa CCA