Servidores do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) revindicaram nesta quarta-feira (3/5/23) aumento de salário e melhores condições de trabalho. Eles participaram de audiência pública promovida pela Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A reunião foi solicitada pelo deputado Coronel Henrique (PL), vice-presidente da comissão.

A categoria reclama que não vem sendo valorizada pelo Governo do Estado e cobra o cumprimento de um acordo que pôs fim a uma greve em 2015. Naquele ano, os servidores do IMA paralisaram suas atividades para exigir a estruturação de um novo plano de carreira e a alteração da fórmula de cálculo da Gedima, gratificação que representa um importante complemento nos vencimentos da categoria.

O salário-base inicial de um servidor de nível superior do IMA é de R$ 3.283,00, enquanto um servidor de nível médio recebe inicialmente R$ 1.453,00. As informações foram apresentadas pela presidente do Sindicato dos Fiscais Agropecuários e Fiscais Assistentes Agropecuários de Minas Gerais (Sindafa-MG), Priscila Gonçalves Dias Presotti.

O IMA é responsável pela defesa sanitária animal e vegetal no Estado. Além de inspecionar e certificar os produtos agropecuários, os fiscais atuam na educação sanitária e no apoio à agroindústria familiar. São ao todo 678 escritórios municipais e 186 seccionais, distribuídos em 21 coordenadorias regionais.

Segundo o diretor técnico do IMA, Guilherme Costa Negro Dias, a Lei de Responsabilidade Fiscal impede o Estado de cumprir acordos firmados em governos anteriores. Ele lembrou que o concurso público com inscrições abertas atualmente vai permitir a contratação de 132 novos fiscais e assistentes. Mas os servidores reclamam que esse número é insuficiente para repor a mão de obra necessária no IMA.

Deputados apoiam reivindicações da categoria

Os deputados da Comissão de Agropecuária se comprometeram a intermediar as negociações entre os servidores do IMA e o Governo do Estado.

Eles aprovaram requerimentos para cobrar a revisão do plano de carreira e a regulamentação da revisão do redutor aplicado à Gedima. Os requerimentos são assinados pelos deputados Coronel Henrique e Raul Belém (Cidadania), presidente da comissão.

O deputado Coronel Henrique lembrou que o trabalho dos servidores do IMA foi fundamental para que o rebanho bovino de Minas Gerais conquistasse o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação, o que abre novos mercados no exterior para a carne produzida no Brasil.

Ele defendeu ainda que o IMA seja reconhecido como uma instituição de saúde única, conceito que abrange a saúde de pessoas, animais e ecossistemas.

Já o deputado Raul Belém fez um apelo à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão para que leve em consideração as reivindicações dos servidores do IMA apresentadas durante a audiência pública. “Sabemos que o impacto financeiro é mínimo”, disse, referindo-se à revisão do plano de carreira e da base de cálculo da Gedima.

Fonte: Comunicação ALMG