Prof. Luiz Orione, disse que “abraço as pessoas com as palavras”…Fiquei pensando muito sobre isto. Cora-linda, disse que “NADA do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas” A sabedoria Indu afirma que "a distância mais longa de ser percorrida é a que vai do cérebro ao coração". 

Não gosto que me chamem de jornalista, nem poeta; já fui compositor, tento ser cronista, colunista e minha escrita, pelo visto, acabou sendo visceral, bocozinha, mas afetuosa.

Estava de cá relembrando…Comecei a escrever a carvão no fogão à lenha de minha vó. Parecia um sumériozinho quando conheci a escrita. Fascinado escrevi em tábua de curral; parede de casa de queijo; paiol de milho, tronco de árvore; poeira de estrada…fui escrevendo na roça e na cidade..fui parar na Academia Patrocinense de Letras ( indicado e eleito sem pedir nenhum voto)…

No Jornal de Patrocínio, escrevia minha coluna à mão. Quim Machado, Profª Darci Guimarães e Wagneriana, penavam para decifrarem os meus hieróglifos semanais.

Já deveria ter parado de escrever há muito tempo. Tipo missão comprida e cumprida. Já abracei gente fabulosa demais com palavras; já toquei corações de muita gente- e gente “ sistemática” e discreta. 

Vamos lá no “ corrente calamo” - no correr da pena:
Já recebi uma visita do saudoso Dr Ocacyr Siqueira, numa tarde de céu de chumbo prometendo tempestade, todos procurando se abrigar, trovões ribombando no céu, ele me procura no trabalho para agradecer por algo que havia escrito.

Já recebi telefonema do Dr Walter Pereira Nunes, emocionado; Sr Nenê Constantino, muito agradecido. Ex-deputado Dr Paulo Pereira, sistemático, como só. Guardou um exemplar do JP, por três anos, quando viu que quem escrevia sobre ele não ia buscar jabá. Só reconhecimento do seu valor. Revirou a cidade me procurando para me conhecer. Desde então, toda vez que vinha de BH, tinha de me encontrar, nunca sem um queijo em mãos. 

A pedido do Major Moisés Vasconcelos e Ilda Peliz, escrevi uma nota de agradecimento, publicada no Correio Brasiliense, homenageando o ex- vice-presidente, José Alencar, grande patrono e benfeitor do Hospital da Criança de Brasília e ABRACE (fundados pela patrocinense Ilda) Logo que o jornal circulou, dizem que o “ homem que tinha o coração maior do que as montanhas de Minas” ficou muito sensibilizado. 

Sr. Antônio Elisiário, motorista do Expresso União, pediu para que lessem minha crônica sobre ele, em seu leito de dor e depois no silêncio do seu túmulo… 

Sr Diolando Rabelo, Zé Amorim, Dona Tuniquinha e Rondes Machado eram meus leitores e incentivadores. 

Abraça as pessoas com as palavras”...

Estive no Pronto Socorro, para abraçar o Lucinho, em virtude de seu aniversário. 
Lá chegando fiquei tocado com a sua recepção e emoção. 

(Importante a Nação a Nação Patrocinense, em peso saber, no dia do seu aniversário, que ocorre na data de 09/05, celebra-se O DIA E SEMANA DA GENTILEZA URBANA EM PATROCÍNIO. Lei de autoria da, então, Vereadora, hoje Secretária Municipal de Cultura, Eliane Nunes, surgiu de uma solicitação nossa, abraçada por ela. A data, pioneira na região, espelhada na vida do exemplar Lucinho, visa incentivar atitudes que geram gentilezas, promove cidadania, acessibilidade, valores e a saudável convivência humana. Este ano a data, passou chuézinha de tudo. Não pode) 

Portanto, fui abraça-lo... Sua filha havia lido nosso post pra ele na hora do almoço, me confessou que pai e filha, foram às lágrimas. Tiro pela culatra. Fui homenagear, acabei homenageado. Lucinho ( estamos falando de Lucinho) ainda me acompanhou até a rua. Pensei: “ Abracei um anjo com minhas palavras. Ganhei meu dia”

Já saí do Pronto Socorro “com a poeira da lua no sapato” Já ia pra casa em êxtase.

Quando de repente...ela se põe em minha frente: Prof Tania Eloi- a “ Jabuticabinha do JK” que falo. Foi um dedinho de prosa no meio da tarde, mas daqueles que geram “ecos na eternidade”. Quem a conhece sabe se tratar de uma pessoa cativante e com uma áurea linda. Uma filha, mãe, esposa, avó e amiga, que honra todos seus papéis e segue sorrindo na doce valentia que a vida tem lhe exigido.

Mas, se estava nas cordas com o Lucinho, fui a lona com a Tania. 

Ela me revelou que, creio cerca de vinte anos, seu coração passou por um período em que não batia sol, algumas palavras ditas por mim nas páginas do JP, levou até a ela um fiozinho de cura. “A César o que é de César”. Aí foi Deus que lhe abraçou com as palavras Dele.. Ela jamais esqueceu e eu nem imaginava o ocorrido. Por estas e outras, digo que escrever é um ato de muita responsabilidade… 

Tocar corações e abraçar com palavras” imagino, deve ser isto. Só posso dizer: Ganhei a vida… 

Bem disse o General Máximus, no filme O Gladiador: O que fazemos ( escrevemos) em vida, ecoa na eternidade” 

ALGUMAS REAÇÕES NAS REDES SOCIAIS: 

- LUIZ ORIONE: “Já devia ter terminado? Senhor nem se atreva a pensar nisso! Você é semelhante a outro tão amado patrocinense, Dr. Walter Pereira Nunes: vai cumprir seu sacerdócio até quando ainda estiver por aqui. Nem pense em guardar só para si essa gentileza, esse olhar tão carinhoso ao se referir a nós; essa capacidade maravilhosa de, ao escrever, colocar uma coroa na cabeça dos simples. Quem mais poderia escrever sobre os "comuns" com tanta admiração? Você exalta os "da rua", aquele sujeito que é chamado só de 'caboco', aquela mulher que é só uma simples 'dona' Fulana. Isso é seu e ninguém nem esbarra nessa capacidade. Continue! 

Que Deus te abençoe com muita saúde e longos anos de vida para continuar dando abraços apertados com suas palavras. 
Sou um admirador seu!”

- TANIA ELOI: “Meu chamado Anjo Amigo,

Reconhecimento. 

Certos gestos são tão grandes, imensos, em sua silenciosa aparição, que as palavras e gestos esboçados não conseguem traduzir a gratidão. 
Cada gesto permanece mesmo quando passa, mas nunca passará o imenso bem que ele gerou...
Cada gesto não se apaga, mesmo quando se apaga a chama que por ele incendiou. 
Milton Magalhães , minha Gratidão a você, vai além do que possa imaginar. Tania”

- JOÃO BATISTA QUEIROZ: “Tudo o que se escreve ou que se fala sobre o Lúcio anda não traduz quase nada do seu valor humano. Lúcio é a expressão mais eloquente da bondade! Sua sensibilidade ultrapassa os parâmetros humanos, pode servir para alcançar o dos anjos. Parabéns, Milton, por ter captado e ter talento para proclamar isso.

Sua história pessoal também é inspirativa. Estou começando a familiar-me com o seu estilo talentoso de cronista e já me permito o direito de proclamar a minha admiração. Quando for a Patrocínio quero ter a alegria de encontrá-lo. Um abraço, Batista”

- DÉBORA GERTRUDES: “Bem aventurados os que cumprem sua missão, só acho que não deveria parar de escrever não.
Sendo essa sua missão estás cumprindo com maestria, eu gostei muito da frase abraçar com as palavras. 
Um abraço é tão gostoso, nos revigora e vc aborda assuntos grandiosos e pequenos também.
Fala sobre pessoas importantes e pessoas simples (que não deixam de ser importantes.)
Abraçada por suas palavras foi realmente isso o que senti quando você escreveu sobre mim.
Não pare continue, sua missão é muito importante. Grande abraço!” 

- LEILA MARIA DOS REIS: “Realmente... sua escrita é curadora, muito terapêutica! Jamais enquanto viver, me esquecerei de suas palavras escritas, em minha homenagem , quando do meu aniversário de 50 anos ! Depois que as li, muito chorei e tenha certeza, minha vida , com toda certeza recomeçou ali... tamanha a conscientização, que suas palavras provocou em mim !Gratidão pra sempre, querido amigo Milton ! Deus o abençoe eternamente !”