A torcida organizada “Mancha Grená” está completando 32 anos nesta sexta-feira. Em 30 de junho de 1991, alguns amigos jovens e adolescente decidiram fundar uma nova torcida para apoiar o Clube Atlético Patrocinense. A partir de então, aqueles torcedores resolveram acompanhar o CAP em sua jornada histórica.

A torcida Grená sempre foi uma apaixonada e nunca se registrou um caso de violência tão comum nas organizadas. Sempre ocorreu uma ou outra rixa, mas coisas que nunca afetaram a “Mancha Grená” que sempre teve alguém no comando com o foco em apenas torcer pelo CAP.

Dela, surgiram outras e a mais famosa foi a das jovens mulheres “Glamour Águia”. Posteriormente veio a “Dá-lhe Águia” e mais recentemente a “Camarote Grená”. Todas com o mesmo objetivo: apoiar o CAP.

Nesta história toda teve alguns problemas com as diretorias do clube, mas nunca prejudicaram o time, o futebol.

Na década 1990, já o Patrocinense na elite do futebol mineiro, a “Mancha Grená” foi responsável pelo maior número de torcedores em dois jogos como visitante. Um em Uberlândia, no Parque do Sabiá, onde a torcida do CAP chegou a equiparar a torcida local e fazendo mais barulho que os Uberlandenses. O outro jogo com presença enorme da “Mancha” foi contra o Cruzeiro, quando o número de patrocinenses chegou a ser registrado pela imprensa de Belo Horizonte (jornais, rádios e TVs).

Em 2017, a diretoria fez sua parte montando um grande time, comandado pelo Rogério Henrique — que hoje é o treinador de novo —, para alegria da nação grená, a “Mancha” cantou a cada jogo, empurrou, criou gritos de guerra e ajudou o time a ser campeão do Módulo II, consequentemente acessando a elite mineira para não sair mais de lá.

Os jogos com bom número e com mais vibração no entanto, foram contra os maiores rivais do CAP: URT e Araxá. Sempre foi gostosa ver o espetáculo, as disputas de gritos de guerra — ora puxados pela “Mancha”, ora pelas torcidas rivais.

A “Mancha Grená” vaiou o CAP poucas vezes em sua história. Porém, num jogo, numa quarta-feira à noite — ainda sem o nome de “Mancha”, mas já era o embrião, em 1988 — chegou a queimar bandeiras do time, numa derrota trágica para a URT, quando o time vencia em casa por 1 a 0, gol de Marcelo Fernandes e tomou a virada no segundo tempo, com o adversário jogando com dois jogadores a menos. Aquilo foi o suprassumo da humilhação.

No meu livro “CAP: A História de uma Paixão Grená”, página 111, conto em detalhes o que aconteceu finalizado com este parágrafo. “Era a maior ducha fria que o grupo pessoas poderia ter recebido. Diretores chorando, torcedores queimando bandeira, jogadores sem entender o que tinha acontecido. Era como se tivessem assistindo um filme dramático”.

Todo mundo saiu do estádio Júlio Aguiar jurando nunca mais voltar. Contudo, 15 dias depois estava todo mundo lá, gritando, incentivando o time. O amor pelo pavilhão grená, pela Águia, pelo time conta mais.



Torcida Mancha Grená do Patrocinense, e ao fundo a Torcida Poeira Azul do URT, em janeiro de 2019: Patrocinense 2x1 URT, Primeira rodada. Foto: Divugação | Mancha Grená


A torcida soltou esta semana uma nota oficial de comemoração, ei-la:

Mancha Grená 32 anos - Desde 1991 apoiando o CAP, balançando e sacudindo a arquibancada. 32 anos se passaram e esta torcida segue viva, resistindo às dificuldades e sendo resistência em meio aos inúmeros desafios ao longo da caminhada. A Torcida Organizada Mancha Grená completa 32 anos de existência.
Num dia como este, em 30 de junho de 1991, alguns amigos reunidos decidiram fundar uma nova torcida para apoiar o Clube Atlético Patrocinense.
32 anos se passaram e esta torcida segue viva, resistindo às
dificuldades e sendo resistência em meio aos inúmeros desafios ao longo da caminhada.
Nossa eterna gratidão aos fundadores,aos velhas guarda,a nova geração que mantém nossa história de pé, à vocês nosso
máximo Respeito e Admiração!

Nas vitórias sempre junto, nas derrotas sempre apoiando e cobrando: todo time precisa de uma torcida assim. Parabéns Mancha Grená, que venham outras décadas desta verdadeira “Paixão Grená