Política. A boa sempre é benvinda. Como a política sem corrupção. Mas, essa palavra envolve também significados diferentes e amplos. Tais como: política de preços, política econômica e política agrícola. Nessa, Patrocínio é destaque. Embora seja o maior produtor de café do Brasil, não pratica a perigosa e arriscada monocultura. Prova disso é que Patrocínio também é destaque, que seja apenas em Minas, na safra de diversos produtos agrícolas. Tais como, por exemplo, algodão, batata-doce, cebola, soja, sorgo e trigo. Isso apenas tratando de produção agrícola denominada “lavouras temporárias”. Deixando assim, por ora, a produção de cereais/leguminosas e a produção do leite, que é espetacular, para serem apresentadas muito breve. Além de “lavoura permanente”. Com dados do IBGE para 2021, Patrocínio é show agrícola.

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PATROCÍNIO E COROMANDEL TÊM ALGODÃO DEMAIS – Em Minas, o Município é o 6º maior produtor de algodão (herbáceo), com 5.460 toneladas. Como o algodão é leve, mesmo considerando o caroço, a fácil imaginação conduz à magnitude da produção patrocinense. No Estado, as cinco cidades que estão à frente são Coromandel (1º lugar, com 17 mil toneladas), Unaí, São Romão, Presidente Olegário e Brasilândia de Minas.

AINDA O ALGODÃO: MUITO DINHEIRO – O valor da produção algodoeira de Patrocínio ultrapassou R$ 23 milhões em 2021. Mesmo esse valor sendo considerado expressivo, é bom salientar que o município campeão Coromandel, tem a sua produção com valor três vezes maior. Quanto à área plantada, Patrocínio (6º lugar) destinou 1.300 ha e Coromandel (1º lugar) 4.300 ha para o algodão.

ALHO PATROCINENSE – No ano de 2020 para 2021, a produção cresceu muito, chegando a 840 t. Isso proporciona o 10º lugar em Minas e o 30º lugar no Brasil. Rio Paranaíba, Campos Altos, São Gotardo e Sacramento são os maiores produtores de alho. A produção do Município gerou quase R$ 8 milhões, em 60 ha de plantações de alho.

TEM AMENDOIM TAMBÉM – Com 42 t. produzidas em 2021, Patrocínio assegurou o 9º lugar em Minas. Essa produção corresponde a R$ 180 mil, e, apenas 15 ha de área plantada.

HAJA BATATA! – Patrocínio mantém outro 6º lugar no Estado. É quanto à quantidade produzida de batata-doce (3.700 t). Em termos de área plantada (200 ha), o Município é o 4º maior de Minas. Apenas superado por Jaíba, Serra do Salitre e Guimarânia. Essa “batatada” traz para a cidade quase R$ 4,5 milhões. Mas o recorde da produção patrocinense ocorreu em 2010 (14.000 t.).

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BATATINHA NÃO FALTA – Com 19.200 t. produzidas em 2021, Patrocínio alcança o 13º lugar mineiro, quanto à quantidade produzida de batata inglesa. Perdizes (1º lugar em Minas Gerais e 2º lugar no Brasil), Sacramento e Santa Juliana são as campeãs. E Perdizes dá o exemplo: tem grande indústria de batatas instalada. Já quanto ao valor da produção, em Patrocínio há empate técnico do algodão (R$ 23 milhões) com a batatinha (R$ 24 milhões).

GOSTOSA CEBOLA... – Com a produção de 12 mil toneladas, Patrocínio é o 7º lugar no Estado. Novamente, a dobradinha vizinha Perdizes e Santa Juliana são as campeãs. A produção patrocinense gera mais de R$ 11 milhões/ano.

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HÁ TRIGO NESSE PEDAÇO... – Patrocínio produziu 6.180 t. em 2021, que correspondeu a mais de R$ 9 milhões, em 1.900 ha. Tudo isso proporcionou o 10º lugar em Minas, onde Três Corações é a campeã na produção de trigo.

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SOJA VEM AÍ... – Até 2016, Patrocínio produziu em torno de 30.000 t. por ano. Em 2021, quadruplicou. Ou seja, foram produzidas exatamente 107.360 t. Ainda assim, o Município posicionou-se apenas em 16º lugar em Minas. A dupla Unaí e Paracatu são as indiscutíveis campeãs. Em termos de valor, a Santa Terrinha, por meio de seus produtores, recebeu em 2021 quase R$ 280 milhões. É bom registrar, que nos últimos três anos, o valor da soja no mercado internacional aumentou substancialmente. Por isso, a área plantada, que era nos últimos dez anos, próxima a 10 mil ha, passou em 2020/2021, para mais de 30 mil ha.

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SORGO: ÓTIMA CLASSIFICAÇÃO – Com 43.200 t., Patrocínio é o 3º maior produtor mineiro e o 8º do Brasil. Tão somente Uberaba e Sacramento estão à frente em Minas. Embora a maior produção patrocinense tenha ocorrido em 2018, em 2020/2021 permaneceu no patamar próximo de 45 mil toneladas. Isso canalizou R$ 52 milhões/ano para Patrocínio, pois os preços do sorgo, como os da soja, se elevaram quase que verticalmente. A atual área plantada de grãos de sorgo corresponde a mais de 12 mil ha (nesse quesito também é o 3º lugar mineiro).

POR ISSO... – Patrocínio é potência rural. Merece aplauso. É orgulho não só para os produtores, mas para todos os cidadãos patrocinenses. Pena que esse gigante agrícola de Minas ainda não despertou plenamente para o aproveitamento desse rico contexto na industrialização (de seus produtos na amada Patrocínio).

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