O documento, divulgado em Jerusalém, destaca que, apesar de uma leve redução no número de pessoas em situação extrema de fome, a ameaça persiste, mais de um ano após o início do conflito

Crédito fotos: © Unrwa

Fome catastrófica afeta cerca de 133 mil pessoas em Gaza

Da redação da Rede Hoje

Um novo relatório da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC) revela que 86% da população da Faixa de Gaza enfrenta níveis de fome em estágio de crise ou pior, afetando mais de 1,8 milhão de pessoas. O documento, divulgado em Jerusalém, destaca que, apesar de uma leve redução no número de pessoas em situação extrema de fome, a ameaça persiste, mais de um ano após o início do conflito entre Israel e o grupo Hamas.

O relatório do IPC, apoiado por várias agências da ONU e organizações internacionais, aponta que a guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023 com o ataque do Hamas ao sul de Israel, agravou a crise alimentar na região. Segundo o Programa Mundial de Alimentos, cerca de 133 mil pessoas, ou 6% da população, estão na Fase 5, a mais grave, caracterizada como fome catastrófica. Antes do agravamento da guerra, aproximadamente um terço da população estava nessa condição.

A ONU alerta que a situação pode piorar nos próximos meses, com possibilidade de aumento no número de pessoas enfrentando fome severa. A desaceleração na ajuda humanitária, aliada ao início de um inverno rigoroso e às condições precárias nos acampamentos, agrava ainda mais a vulnerabilidade da população, que enfrenta escassez de comida, água potável e saneamento básico.

A situação pode piorar nos próximos meses, com possibilidade de aumento no número de pessoas enfrentando fome severa

Além disso, o bloqueio ao norte da Faixa de Gaza, imposto por Israel durante uma nova ofensiva, interrompeu a entrada de ajuda, exacerbando a crise para cerca de 400 mil pessoas que permanecem na área. O relatório destaca que as ordens de evacuação e deslocamentos frequentes enfraqueceram a capacidade das comunidades de acessar alimentos e medicamentos, agravando a crise humanitária.


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