As novas restrições impostas pelo banco afetam o crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza recursos da caderneta de poupança para concessão.

Foto crédito: Bruno Peres | Agência Brasil

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Da redação da Rede Hoje

A partir desta sexta-feira (1º), quem financiar imóveis pela Caixa Econômica Federal precisará dar uma entrada maior e terá acesso a um percentual de financiamento mais baixo. As novas restrições impostas pelo banco afetam o crédito para imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que utiliza recursos da caderneta de poupança para concessão.

No sistema de amortização constante (SAC), onde as prestações diminuem ao longo do tempo, a entrada necessária subiu de 20% para 30% do valor do imóvel. Já pelo sistema Price, com parcelas fixas, o valor da entrada subirá de 30% para 50%. O crédito só será liberado a mutuários que não possuam outro financiamento habitacional ativo junto ao banco.

Além disso, o SBPE agora limita o valor máximo de avaliação dos imóveis a R$ 1,5 milhão em todas as suas modalidades. No Sistema Financeiro da Habitação (SFH), esse teto já existia e é acompanhado por juros menores. No entanto, o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), anteriormente sem limite de valor do imóvel, também será afetado.

A Caixa esclareceu que as mudanças valem apenas para financiamentos futuros e não impactarão imóveis em empreendimentos que já contam com financiamento direto do banco. A Caixa, que lidera o mercado de crédito imobiliário no Brasil, responde por 70% desse segmento e 48,3% das contratações do SBPE.

Em nota recente, a instituição afirmou que o ajuste nas condições de crédito se deve à previsão de que sua carteira de financiamento habitacional ultrapasse o orçamento aprovado para 2024. Até setembro, o banco concedeu R$ 175 bilhões em crédito imobiliário, um crescimento de 28,6% em comparação ao ano anterior, com 627 mil imóveis financiados, sendo R$ 63,5 bilhões pelo SBPE.

O banco reforçou que avalia continuamente medidas para atender à alta demanda por crédito habitacional, incluindo discussões com o governo e o mercado para expandir o acesso ao financiamento imobiliário. As alterações, segundo a Caixa, visam sustentar essa expansão de forma equilibrada.

A escassez de recursos disponíveis para crédito habitacional na Caixa está relacionada ao aumento dos saques na caderneta de poupança e às restrições para Letras de Crédito Imobiliário (LCI) estabelecidas no início do ano. Sem essas limitações, o banco teria que elevar as taxas de juros.

Segundo dados do Banco Central, em setembro, a caderneta de poupança registrou o maior volume de saques líquidos do ano, com retiradas superiores a R$ 7,1 bilhões. Esse também foi o terceiro mês consecutivo de saques. Ainda não está claro se as novas regras serão revertidas em 2025, com a renovação do orçamento para crédito habitacional, ou se permanecerão como medida permanente.


Fonte: Agência Brasil


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