"A pressão vem de minorias privilegiadas por isenções e desonerações injustas"

Crédito Foto: divulgação

O manifesto aponta que as pressões vêm de uma “minoria privilegiada por isenções de impostos e desonerações injustas e indecentes” 

Da redação da Rede Hoje

De acordo com informações do portal ICL Notícias, dezenas de entidades de movimentos sociais e sindicais lançaram um manifesto criticando a articulação de agentes do mercado financeiro com veículos de comunicação hegemônicos para pressionar o governo federal a cortar gastos, mesmo em áreas que impactam diretamente a população mais vulnerável do país. Além do manifesto, que expressa oposição à redução de recursos, uma plataforma de adesões individuais será lançada para ampliar o apoio à mobilização.

O manifesto aponta que as pressões vêm de uma “minoria privilegiada por isenções de impostos e desonerações injustas e indecentes” e que visam impactar o governo "eleito para reconstruir o país."

O documento denuncia que o “poder financeiro, os mercados e seus porta-vozes na mídia agitam o fantasma de uma inexistente crise fiscal”, enquanto o país está em uma fase de reconstrução dos fundamentos econômicos, deteriorados pelo governo anterior. O texto questiona onde estavam esses críticos quando, durante o governo passado, os orçamentos públicos foram comprometidos e a inflação subiu.

As pressões exigem cortes em conquistas como o reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação a benefícios sociais, como as aposentadorias e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de defenderem ajustes nos direitos dos trabalhadores. O manifesto também destaca o silêncio sobre a principal causa do crescimento da dívida pública: a taxa de juros elevada. Questiona ainda a falta de ação quanto à isenção de impostos sobre lucros e dividendos, e a resistência em tributar grandes fortunas.

"Chega de hipocrisia e de chantagem! Cortar recursos de quem precisa do Estado e dos investimentos públicos só levará o país de volta a um passado de exclusão e injustiça", afirma o documento.

Entre as entidades que assinam o manifesto estão:

- Frente Brasil Popular

- Frente Povo Sem Medo

- MST, MTST, CUT, INTERSINDICAL, CONTAG, CNTE, CONTEE, CMP, MTC, INESC, MBP, MPA, MNU, MAM, MMM

- Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Partido Comunista do Brasil (PCdoB)

- Instituto de Finanças Funcionais para o Desenvolvimento (IFFD)

- Rede MMT Brasil

- Transforma Unicamp

- Fogo no Pavio

- Associação Brasileira de Ensino de Ciências Sociais (Abecs), entre outras