O biólogo do Daepa, Peter Munhoz, explica o percurso técnico da água até chegar ao consumidor | Fotos: Daepa/Divulgação
Prefeitura de Patrocínio detalha aplicações e explica ocorrência de turbidez em pontos da cidade após chuvas e oscilação no fornecimento elétrico afetarem a captação de água nesta semana.
Da Redação da Rede Hoje
As chuvas intensas e uma queda de energia na captação do Daepa provocaram, nesta semana, a distribuição de água barrenta e, em alguns casos, com odor em boa parte do sistema de abastecimento de Patrocínio. O episódio gerou reação imediata de moradores, que relataram a alteração na coloração e no cheiro da água em pontos como Centro, Nossa Senhora de Fátima, Matinha, Morada Nova e São Cristóvão. Segundo o Daepa, o problema ocorreu após a instabilidade elétrica afetar a estação elevatória do Córrego Feio, reduzindo pela metade o bombeamento por mais de dez horas. A baixa pressão causada pelo esvaziamento da rede arrastou sedimentos que estavam nas tubulações, provocando a turbidez registrada.
As chuvas intensas e uma queda de energia na captação do Daepa provocaram, nesta semana, a distribuição de água barrenta e, em alguns casos, com odor forte em bairros de Patrocínio. O episódio gerou reação de moradores, que relataram alterações na coloração e no cheiro da água em pontos como Centro, Nossa Senhora de Fátima, Matinha e São Cristóvão. Segundo o Daepa, a instabilidade elétrica afetou a estação elevatória do Córrego Feio, reduzindo pela metade o bombeamento por mais de dez horas. A baixa pressão esvaziou a rede e arrastou sedimentos das tubulações, provocando a turbidez registrada.
O Governo Municipal afirmou que, mesmo diante do problema, toda a água distribuída é tratada e segue padrões de potabilidade. A administração ressaltou que os efeitos percebidos pelos consumidores não tiveram relação com falhas no tratamento, mas com o arraste de partículas após a interrupção prolongada no bombeamento. A prefeitura informou que já enviou um ofício à CEMIG cobrando providências sobre as oscilações de energia, enquanto as equipes do Daepa trabalham para restabelecer totalmente o sistema e atender às reclamações.
Investimentos
Captação é feita do Córrego Feio
Os investimentos em 2025 superaram R$ 4 milhões, destinados ao reforço da captação, tratamento e distribuição. Aproximadamente R$ 1,6 milhão foi usado para quitar dívidas herdadas da gestão anterior, segundo o município. Novas bombas foram adquiridas para a ETA e a ETE, além de insumos como o sulfato utilizado no tratamento da água. A prefeitura afirma que essas ações contribuíram para manter a regularidade do abastecimento ao longo do ano, com poucos episódios de falta de água.
A estrutura operacional também foi ampliada com a compra de um gerador de R$ 540 mil, que garante mais autonomia em caso de falhas elétricas. A frota do Daepa passou por renovação, incluindo a aquisição de uma retroescavadeira para reforçar o trabalho das equipes. Paralelamente, seguem as obras da nova Estação de Tratamento de Água e da nova barragem, consideradas essenciais para ampliar a capacidade e a segurança hídrica do município.
Explicação técnica
O biólogo do Daepa, Peter Munhoz, explica o percurso técnico da água até chegar às casas e comércios. O processo começa nos floculadores, onde impurezas se unem formando flocos, que depois seguem aos decantadores e se depositam no fundo. Em seguida, a água passa pelos filtros, que removem partículas menores, e pela etapa de desinfecção, garantindo a eliminação de microrganismos. Segundo ele, essas fases asseguram que a água distribuída esteja dentro dos padrões de qualidade exigidos.
O Daepa orienta moradores que ainda enfrentam água turva ou baixa pressão a procurarem os canais oficiais de atendimento. Segundo a autarquia, o contato é necessário para que equipes identifiquem pontos específicos com ar na rede ou instabilidades remanescentes. As equipes permanecem percorrendo áreas afetadas para acelerar o retorno da normalidade no sistema de distribuição.
O Daepa informa que “segue monitorando o sistema elétrico e o abastecimento para evitar novas instabilidades”
A prefeitura reafirma que não há distribuição de água bruta em Patrocínio e que o tratamento é realizado em todas as circunstâncias. O município segue monitorando o sistema elétrico e o abastecimento para evitar novas instabilidades. As medidas, de acordo com a administração, buscam garantir segurança, regularidade e qualidade na água oferecida à população, reforçando o compromisso de modernização da infraestrutura hídrica.
