Praça Abrão Abdallah Daura no Bairro Morada Nova | Secon | PMP
Eustáquio Amaral | Primeira Coluna
Nomes. O de patrocinenses continuam repercutindo a apuração do último Censo, promovido pelo IBGE. Na edição anterior, foram apresentados os mais populares (nomes e sobrenomes). Quando foi destacado, que entre os dez nomes mais populares em Patrocínio (Maria, José, João, Ana, Pedro, Gabriel, Lucas, Paulo, Luiz, Marcos), apenas um não tem origem bíblica. Agora, outras curiosidades sobre os nomes em Patrocínio. Tais como vinculações históricas e derivados de imigrações. Por exemplo, Rangel, Elvis, Hooper, Daura e Bougleux.
SERÃO DESCENDENTES DO RANGEL? – No começo do século XIX, existiu em Patrocínio a Pousada (Rancho) do Rangel, ponto de abastecimento, descanso e hospedagem, de quem trafegava pela estrada “Picada de Goiás” (tropa e animais). O “dono” era o paulista Antônio Rangel. Daí, depois, o Córrego do Rangel e o termo “Rangeliano” (uma alcunha de patrocinense). Por volta de 1850, existiu também Antônio Corrêa Rangel (prefeito, presidente da Câmara Municipal e Delegado de Polícia, ao mesmo tempo). Hoje, são 465 pessoas com o nome Rangel, em Patrocínio, indica o IBGE.
“ELVIS” MAS NÃO “PRESLEY” – O Censo identificou, em 2022, 25 “Elvis” no Município. O “rei do Rock” encantou o mundo nos anos 50 até 1977 (quando faleceu).
OS INTERNACIONAIS EM PTC – Vindas do Líbano, diversas famílias adotaram Patrocínio como a sua nova terra. Dentre as quais, no século passado, “Facury” (Casa Facury), “Isaac”, “Elias”, “Chucre” (Casa São Paulo), “Wadhy” (Dr. Michel e revendedores Ford), “Moisés”, “Daura” (José Daura da Casa Daura de Tecidos, e, familiares dos engenheiros Ibrahim e Alberto Daura), e, “Mansur” (Casa Mansur, e comerciantes Antônio, Zico e José Mansur). Na atualidade, como destaque, o IBGE contabilizou 30 pessoas “Mansur”, 14 “Daura” e 105 “Elias”.
E MAIS… – “Guarda” (origem: Itália) teve em Gildo Guarda (o célebre da mecânica nos anos 50/60/70), e, em Vanderley Guarda (grande empresário em BH, anos 80, 90 e século XXI) os destaques. Vanderley também foi músico e líder dos conjuntos de Rock, que Patrocínio viu e curtiu nos anos 60 e 70. Patrocínio tem, no momento, 31 pessoas “Guarda”, diz o Censo. Curiosamente, também 12 pessoas “Kuniwake” e 11 “Yahagui” (japonês).
FAMOSOS QUE DEIXARAM SAUDADE… – José Maria Alkmim (sem o “i”), deputado de Patrocínio por vários mandatos, amigo ministro de JK, possui 11 pessoas com o nome Alkimim (com “i”), agora em PTC. Serão parentes? Bougleux (Buglê), maior craque que passou por Patrocínio, sobrinho do antigo fazendeiro Hélio Bougleux (Rua Gov. Valadares), 1º gol do Mineirão, jogou no Santos de Pelé, tem 10 pessoas com o nome Bouglex na cidade. Provavelmente, seus parentes.
MEMORÁVEL ÍNDIO AFONSO PODE SER A ORIGEM… – Talvez. O Censo de agora indicou 223 pessoas com esse emblemático nome, Afonso, em Patrocínio. Em 1832, havia 17 pessoas no “Fogo” nº 207 (casa) no Levantamento Populacional de MG: Família Afonso. Dessa casa, tudo indica, que saiu o fenômeno Índio Afonso, amigo da família Rabelo, e, ídolo do escritor Bernardo Guimarães.
PATROCÍNIO AMA “JESUS”… – Com esse sobrenome (Jesus), o IBGE registrou, no Censo, 1.048 pessoas, distribuídas na cidade e zona rural.
INGLÊS POR ESSA BANDA!?.. – A indústria vinícola patrocinense iniciou-se com Guilherme Hooper, oriundo da Inglaterra, por volta de 1900. D. Sêlva, origem italiana, casou–se com Guilherme. Ângela Pieruccetti Hooper, a ícone Dona Anjinha da Biblioteca Municipal, anos 50 e 60, era uma das filhas. Fausto Queiroz é sobrinho-neto de Anjinha. O Censo atual identificou 17 pessoas “Hooper” em Patrocínio. Certamente, todos oriundos do ancestral Guilherme Hooper.
“FIGUEIREDO” E “BRANDÃO” – Dois médicos históricos de Patrocínio, nos anos 50, 60 e 70. Dr. José Figueiredo e Dr. José Garcia Brandão. E Olímpio Brandão, prefeito do Município, onde a competência era aliada da probidade. Totonho Figueiredo, o maior craque do futebol, nascido em PTC, anos dourados. O Censo anotou 77 pessoas com o sobrenome “Figueiredo” (inclusive, quiçá, Totonho). E 143 pessoas com o sobrenome “Brandão” (inclusive, dois filhos do Dr. José Brandão).
“MATIAS”, “FARIA”, “AGUIAR”… – Oriundos de Carmo do Paranaíba, por volta dos anos 30, vieram para o Município CustódioMatias (Matias Alfaiate) e seu irmão Geraldo Matias (Picun). O primeiro, o melhor alfaiate de PTC, naquele tempo, e criador da Corrida da Fogueira. Picun, o secretário particular do vice-presidente da República, Alkmim, e provedor/pai da família morta no maior acidente rodoviário de PTC (Água Suja, 1973). Juiz pernambucano João Nepomuceno de Faria Pereira que atuou em PTC no começo do século XX, por 20 anos. João Cãndido de Aguiar, genro de Honorato Borges e pai do ex-prefeito Enéas Aguiar. Muito provavelmente, ligados a eles, o Censo identificou 223 pessoas “Aguiar”, 143 pessoas “Matias” e 762 pessoas “Faria”.
POR FIM – Há 34 pessoas “Dourado” (serão de Dourados?) e 16 pessoas com o pré-nome “Eustáquio” (origem: Padre Eustáquio, que residiu na cidade em 1941/1942).
