Usuária da via, a população quer a que foi mais resistente, dê mais sombra e que seja esteticamente bonita
Ipê ou palmeira?. Foto: Flores e Folhagem (Ipê) | Rede Hoje (Palmeira)
Da Redação da Rede Hoje
Há muita polêmica em torno de qual a espécie de árvore será plantada na Avenida Dom José André Coimbra (Catiguá). O que se ouviu primeiro do Governo Municipal é que os Flamboiãs sairam e serão substituídos por Ipês. Agora há um burburinho de que serão plantadas Palmeiras. Nós, da redação da Rede hoje, enviamos o questionamento para Wellington Mamazão, secretário de Obras. Enquanto aguardamos a reposta, já nos posicionamos.
Como queremos uma avenida — além de funcional, que atenda às necessidades da população — bonita, deveremos optar pelo Ipê. “Os ipês são caducifólias, ou seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores intensas. São árvores de grande porte que gostam de calor e sol pleno. Atualmente, o pau-brasil é a árvore nacional e o Ipê é considerado a flor nacional”, essa é uma definição dada pelo IBF (Instituto Brasileiro de Florestas).
(Foto: Rede Hoje)
Ipê
O site oficial do IBF define a planta: "A típica árvore de Ipê é a denominação de uma grande variedade de espécies do gênero Tabebuia e Handroanthus, sinônimos e ambos da família Bignoniaceae. É muito conhecido por sua beleza, exuberância das flores e ampla distribuição em todas as regiões do Brasil. Os ipês são caducifólias, ou seja, perdem todas as folhas que são substituídas por cachos de flores de cores intensas. São árvores de grande porte que gostam de calor e sol pleno.
Atualmente, o pau-brasil é a árvore nacional e o Ipê é considerado a flor nacional. Suas flores possuem forma de funil, como se fossem uma cornetinha, podem ser elas amarelas, roxas, rosas, brancas e até verdes. Floresce entre junho e novembro, começando pela cor roxa e rosa, depois o amarelo e por último o branco. Elas caem no decorrer de uma semana, cobrindo o chão com a sua cor.
O nome ipê origina-se da língua indígena tupi e significa casca dura. O mesmo também é conhecido como pau d’arco, porque antigamente os índios utilizavam a madeira dessas árvores para fazerem os seus arcos de caça e defesa. Ou seja, há muito tempo o ipê é utilizado como matéria-prima em razão da boa qualidade da madeira, tendo como características principais:
Muito densa e forte;
Pesada e dura, difícil de serrar;
Grande durabilidade mesmo quando em condições favoráveis ao podrecimento;
Alta resistência aos parasitas e à umidade;
Considerado uma madeira nobre, o Ipê possui um material excelente para estrutura de obras, em ambientes externos e até mesmo em detalhes decorativos. Pode ser usado também em construções de pontes, vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, na fabricação de instrumentos musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades."
(Foto: Ascom|PMP)
Palmeira
Segundo o Wikipédia, “Arecáceas é uma família de plantas com flor monocotiledôneas da ordem Arecales, também conhecida pelo nome obsoleto de Palmae, que inclui as espécies conhecidas pelo nome comum de palmeiras”.
Já no site InfoEscola, Monik da Silveira Suçuarana, Mestre em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais, define assim a Palmeira:
“Típicas das florestas tropicais, as palmeiras pertencem à família Arecaceae. São monocotiledôneas, lenhosas e possuem características marcantes, fazendo com que até mesmo os mais leigos possam identificá-las sem maiores dificuldades. Estão entre as plantas mais antigas do mundo, presentes em praticamente todos os biomas e formações vegetais, sendo que a maioria habita as zonas úmidas. Quanto ao número de espécies ainda existem algumas controversas, mas é possível afirmar que existem mais de 2.000 espécies e que cerca de 300 espécies ocorrem no Brasil.
Assim como na maioria das plantas, as palmeiras possuem raízes, caule, folhas, frutos e sementes. Mas essas estruturas podem apresentar características próprias e bem definidas. Os caules ou troncos das palmeiras são chamados de estipes e podem apresentar formas e tamanhos variados. O estipe termina em um meristema apical, parte conhecida popularmente por palmito, que é onde ocorre o ponto de crescimento da planta. O palmito é visível em algumas espécies de palmeiras e em outras não. Geralmente o caule das palmeiras não engrossa com o passar do tempo, visto que a maioria das espécies alcança o diâmetro máximo antes que o estipe comece a crescer em altura.
As folhas das palmeiras apresentam tamanhos, formas e texturas variadas. Geralmente são constituídas por bainha (parte que liga a folha ao estipe), pecíolo (liga a bainha ao limbo), raque (eixo principal do limbo, onde se inserem os folíolos) e limbo (parte da folha responsável pela fotossíntese, é a lamina foliar). As folhas podem ser pinadas ou palmadas. As folhas pinadas lembram o desenho de uma pena. As pinas partem da raque ou nervura central. A Butia capitata (coquinho azedo), palmeira nativa do Cerrado, apresenta folhas pinadas. As folhas palmadas possuem forma expandida com desenho circular ou semicircular. Bismarckia nobilis (palmeira-azul), originária da África, possui folhas palmadas e rígidas.
As palmeiras florescem ao atingirem a idade adulta, mas existe uma grande variação entre as espécies quanto à maturidade. Algumas florescem desde os três anos de vida e outras após os trinta anos. As flores geralmente são pequenas e pouco coloridas, apresentando as tonalidades branca, creme ou amarelada. Mas algumas, como as espécies Corypha umbraculifera (nativa do sul da Índia e do Sri Lanka) e Brahea armata (palmeira azul mexicana) apresentam floradas inusitadas e sensacionais.
Os frutos das palmeiras apresentam diferentes formas, tamanhos e cores. O fruto do coqueiro-da-bahia (Cocos nucífera) é um dos maiores. Essa espécie possui grande importância econômica. A polpa do fruto, por exemplo, é usada como alimento e matéria-prima para vários produtos e a água de coco é rica em sais minerais e traz vários benefícios ao corpo humano. Algumas palmeiras apresentam frutos de valor ornamental, como Mauritia flexuosa (buriti), espécie amplamente distribuída no Brasil que possui frutos recobertos por escamas desenhadas regularmente de coloração vermelho acastanhada”.
Opinião da Rede Hoje
Portanto, para uma cidade, numa via em longa extensão como é o caso da avenida em questão, sem dúvida, o Ipê é a melhor opção, porque além de beleza estética, vai dar sobra, frescor e melhores condições para os usuários da avenida. Além do que, as folhas da Palmeira são pesadas e vão caindo ao logo do tempo, o que pode ser perigoso.