Rinite, sinusite, gripe e asma são as principais doenças que aparecem durante a estação

Foto: Korede Adenola | Pixels


Da redação da Rede Hoje

Com a chegada do inverno, há um aumento significativo no número de doenças no trato respiratório. Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia indicam que cerca de 20% dos brasileiros sofrem com algum tipo de doença respiratória agravada pela queda das temperaturas e pelo clima seco e baixa umidade sazonal dessa estação. Entre as principais condições estão rinite, sinusite, gripe e asma. O pneumologista Ricardo Figueiredo, Coordenador do Centro de Excelência em Asma da Rede Mater Dei, explica que esses quadros clínicos são causados ​​​​por diferentes agentes infecciosos, principalmente vírus e bactérias.

"A diferenciação entre gripe e resfriado, por exemplo, é essencial: enquanto a gripe é uma doença mais grave pelo vírus Influenza, caracterizando-se por febre alta, dores musculares, falta de ar e tosse intensa, o resfriado, geralmente provocado por vírus menos agressivos como rinovírus e adenovírus, apresentam sintomas mais leves, como coriza, espirros e dor de garganta", esclarece Figueiredo. O especialista destaca que os meses de abril a setembro marcam um período sazonal com maior circulação de vírus respiratórios no país. Fatores como a tendência ao confinamento em ambientes fechados e a realização de eventos típicos, como os festivais juninos no Nordeste, favorecem a prevenção de infecções respiratórias.

A transmissão dessas doenças ocorre principalmente pelo contato com secreções ou gotículas expelidas ao tossir e espirrar. Espaços fechados facilitam a contaminação devido à alta infectividade desses vírus.

Sintomas Mais Comuns
Entre os sintomas mais comuns de resfriados e gripes estão coriza, tosse, dor de garganta, febre, dor de cabeça e mal-estar geral. No entanto, no início da infecção, é difícil para o paciente diferenciar um resfriado comum de uma gripe, COVID-19 ou pneumonia.

Ricardo Figueiredo ressalta a importância de estar atento aos sinais de perigo, como dificuldade para respirar, dor no peito, confusão mental e febre persistente, que podem indicar complicações mais graves, como pneumonia ou COVID-19. Na persistência dos sintomas ou na presença de sinais de perigo, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação mais completa.

Tratamentos e Prevenção
O tratamento dessas doenças envolve principalmente medidas de suporte e alívio dos sintomas. Em casos de gripe ou COVID-19, antivirais específicos podem ser prescritos por um médico, dependendo da gravidade e do tempo de evolução dos sintomas.

Durante o tratamento das doenças respiratórias, recomenda-se higiene frequente das mãos, evitar contato próximo com pessoas sintomáticas e manter uma boa saúde respiratória. Cuidados como hidratação adequada, alimentação saudável e nutrição são fundamentais.

Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2022, menos de 70% da população brasileira estava vacinada contra o vírus da influenza, o maior causador da gripe e de outras doenças respiratórias, o número mais baixo desde 2019. Dessa forma, o pneumologista alerta para a importância da vacinação contra gripe influenza, COVID-19 e vírus sincicial respiratório (VSR), doenças que são preveníveis por vacinas eficazes e seguras. Manter o calendário vacinal atualizado contribui positivamente para uma melhor saúde respiratória.

Dicas
O especialista também destaca comportamentos preventivos cruciais para evitar doenças respiratórias:

  1. Uso de máscaras em ambientes fechados de alto risco;
  2. Ventilação adequada dos espaços;
  3. Higienização frequente das mãos;
  4. Manter-se fisicamente ativo e adotar hábitos alimentares saudáveis, fortalecendo o sistema imunológico e estimulando a prevenir essas doenças .

 


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