Empate sem gols com o Juventude na Arena MRV mantém o Atlético em situação incômoda na tabela do Brasileirão
Rony desperdiça chance clara de gol durante o jogo; atacante está há quatro meses sem marcar pelo Galo. (Pedro Souza)
Da Redação da Rede Hoje
A equipe alvinegra chegou aos 29 pontos, subindo momentaneamente para a 13ª colocação, porém sem conseguir a vitória que afastaria de vez o fantasma do rebaixamento. O Juventude, por outro lado, cumpriu uma partida defensivamente sólida e soube capitalizar o ponto conquistado fora de casa, fruto de uma estratégia eficaz de contenção e contra-ataques rápidos.
O técnico Jorge Sampaoli sentiu a falta de peças importantes devido a suspensões e lesões. O time esteve sem o zagueiro Junior Alonso, expulso na partida anterior, e sem o goleiro Everson, o lateral Arana e o atacante Hulk, todos suspensos por acumulo de cartões. O setor ofensivo foi ainda mais prejudicado com a ausência de Júnior Santos, fora do restante da temporada por lesão.
O primeiro tempo refletiu as carências do time, com domínio de posse de bola mas pouca objetividade. A principal chance veio aos 30 minutos, quando Rony finalizou após passe de Bernard, sem conseguir superar a defesa adversária. O Juventude se manteve compacto e não permitiu grandes espaços, administrando o ritmo da partida sem sustos maiores.
O segundo tempo começou com o Galo mostrando mais urgência. Aos três minutos, Rony acertou um chute no travessão após receber um passe preciso dentro da área. Pouco depois, Iván Román arriscou de fora da área, forçando um escanteio após desvio da defesa. A pressão alvinegra aumentava, mas o gol teimava em não sair.
CRISE OFENSIVA SE AGRAVA
Aos 18 minutos, Rony teve outra chance clara após receber passe de Caio, mas isolou a bola para fora. Aos 37, foi a vez de Caio perder uma oportunidade perigosa, bloqueado pelo goleiro Jandrei, que se mostrou seguro durante toda a partida. O Juventude se protegeu e aproveitou as falhas do ataque mineiro para respirar.
Nos acréscimos, o desespero do Atlético ficou evidente. Aos 43 minutos, Rony falhou mais uma vez após receber um cruzamento de Dudu, consolidando sua noite de azar. A partida terminou após dez minutos de acréscimos, com a torcida vaiando o resultado e a performance ineficiente do time de Sampaoli no ataque.
A crise individual de Rony se tornou um dos principais pontos de discussão. O atacante completa quatro meses sem marcar pelo clube, seu último gol tendo sido contra o Ceará. Na partida desta terça, ele acertou a trave e desperdiçou pelo menos três finalizações decisivas, mostrando clara falta de confiança na hora da conclusão.
O próximo compromisso do Atlético será contra o Fluminense, no Maracanã, no próximo sábado. A pressão por uma reação imediata aumenta, já que o time precisa acumular pontos para se afastar da zona de rebaixamento e buscar uma colocação mais tranquila na tabela. A eficiência ofensiva será o grande desafio de Sampaoli.
