Inscrições vão até este domingo (12) e integram o programa federal que busca reduzir filas e qualificar profissionais da rede pública


Em Minas Gerais, as oportunidades incluem três vagas imediatas e 996 para cadastro reserva em hospitais e ambulatórios especializados do Sistema Único de Saúde (SUS). 

Da Redação da Rede Hoje

Médicos de diversas especialidades têm até este domingo (12) para se inscrever na segunda chamada do programa Mais Médicos Especialistas, parte da iniciativa Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde. O objetivo é ampliar o acesso a atendimentos especializados e reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias na rede pública.

Em Minas Gerais, estão disponíveis 999 vagas — sendo três de preenchimento imediato e 996 para cadastro reserva. Os selecionados irão atuar em unidades hospitalares e ambulatórios especializados vinculados ao SUS, conforme a necessidade de cada município.

De acordo com o Ministério da Saúde, o programa busca preencher lacunas históricas no atendimento especializado e fortalecer a estrutura hospitalar. Os médicos participantes podem escolher os locais onde desejam atuar entre quase três mil serviços disponíveis em todo o país.

O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, explica que a segunda chamada é uma oportunidade de expandir o número de profissionais no programa. “Foram abertas novas vagas e, conforme a escolha do local de interesse, o médico poderá contar com cursos de aprimoramento e suporte técnico de hospitais de excelência”, afirmou.

Expansão e formação continuada

Segundo o Ministério, 320 médicos já iniciaram as atividades da primeira etapa do programa, atuando em 156 municípios de todas as regiões do Brasil. A expectativa é que a nova fase amplie significativamente a cobertura dos serviços especializados no SUS.

Além de atender pacientes, os médicos selecionados terão acesso a cursos de atualização profissional em suas áreas de especialização. Esses treinamentos serão oferecidos por hospitais que integram o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS) e pela Rede Ebserh, que reúne hospitais universitários federais.

O modelo combina atendimento assistencial e formação continuada. Cada médico deverá cumprir 16 horas semanais de prática assistencial em unidades do SUS e quatro horas de atividades educacionais, com mentoria remota e imersões presenciais em hospitais de referência.

As formações terão duração de 12 meses e contemplam áreas estratégicas como cirurgia oncológica, ginecologia, oncologia clínica, radiologia e cardiologia, entre outras. A meta é garantir que o SUS conte com profissionais cada vez mais preparados para lidar com os desafios da medicina moderna.

Oportunidade e impacto regional

As inscrições devem ser feitas na plataforma da UNA-SUS, mediante o preenchimento de formulário eletrônico. Os candidatos precisam ter especialização comprovada em uma das áreas contempladas — entre elas, anestesiologia, cirurgia geral, coloproctologia, gastroenterologia, obstetrícia e otorrinolaringologia.

Os aprovados formarão um banco de profissionais que poderão ser convocados conforme a disponibilidade de vagas nas instituições formadoras. O programa também prevê acompanhamento contínuo e avaliação de desempenho durante todo o período de atuação.

A expectativa do Ministério da Saúde é que a iniciativa reduza o tempo de espera por atendimento especializado e melhore a resolutividade do SUS nos estados, especialmente em regiões com carência de profissionais. Em Minas, o foco será reforçar hospitais regionais e policlínicas de médio porte.

O secretário Felipe Proenço reforça que o programa tem papel estratégico. “Com o apoio técnico e científico de hospitais de excelência, o profissional aprimora sua prática e o SUS ganha em eficiência e qualidade. É uma via de mão dupla, que valoriza o médico e beneficia diretamente o cidadão”, destacou.

Modernização do atendimento e metas do SUS

Os cursos de capacitação abordarão temas específicos da rotina hospitalar, como cirurgia coloproctológica voltada a tumores colorretais, radioterapia no SUS e ultrassonografia mamária diagnóstica e intervencionista. O formato foi desenhado para combinar formação prática, atualização científica e impacto direto no atendimento ao paciente.

O Mais Médicos Especialistas faz parte de um conjunto de ações do governo federal para modernizar o atendimento do SUS, aumentar a fixação de profissionais nas redes regionais e reduzir desigualdades no acesso à saúde pública.

Em Minas Gerais, o programa é visto como uma oportunidade de equilibrar a distribuição de especialistas entre as regiões e diminuir as filas de espera em especialidades críticas, como oncologia e cardiologia.


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