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Economia. A patrocinense é sustentada pelo café e leite. Não é a política do “café com leite” existente no Brasil no começo do século XX. Mas sim onde é gerada a riqueza do Município, englobando renda e emprego, no bom “economês”. Nesse contexto, hoje, o leite é o destaque. Patrocínio é o segundo maior produtor de leite de Minas. Embora, se não houver algum tipo de incentivo ao produtor municipal, a cidade poderá perder posições no ranking leiteiro para municípios vizinhos e outro da região central.

ATUAL SITUAÇÃO DA PRODUÇÃO – Com 164 milhões de litros produzidos, Patrocínio é apenas superado no Estado por Patos de Minas, que produziu 206 milhões de litros de leite. Entretanto, Pompéu, Lagoa Formosa e Coromandel se aproximam de Patrocínio, de maneira rápida.

COMPORTAMENTO DO LEITE PATROCINENSE – Nos últimos anos, a quantidade de leite produzida oscilou um pouco. Em 2004, foram produzidos 77 milhões de litros. Ano a ano, flutuou no mesmo patamar. Até que nos anos de 2019 e 2020, a produção de leite em Patrocínio bateu o recorde. Por exemplo, em 2020 superou 175 milhões de litros. Porém, em 2021 caiu para quase 164 milhões. Ou seja, deixou de produzir mais de 11 milhões de litros de leite. Entrou em curva decrescente (tomara que recupere em 2022 e 2023).

ENQUANTO ISSO, A VIZINHANÇA MELHORA – No mesmo período, 2004-2021, Patos de Minas está em curva crescente (em 2021, produziu 206 milhões). Pompéu (3º lugar em MG), em curva crescente também já produz 141 milhões. Lagoa Formosa, já pulou espetacularmente de 31 milhões de litros em 2004 para 129 milhões em 2021. E Coromandel, da mesma maneira tem curva crescente, passou de 50 milhões de litros de leite em 2004 para 128 milhões em 2021. Todos considerando a quantidade produzida de leite.

DINDIN DO LEITE – Agora, se levar em conta apenas o dinheiro gerado pela produção, Patrocínio também permanece em 2º lugar em MG e 4º lugar do Brasil. Todavia, Coromandel reduz a distância um pouco do vice-campeão (PTC). Ou seja, Patos de Minas teve a sua produção avaliada em R$ 443 milhões, Patrocínio pouco mais de R$ 349 milhões e Coromandel (3º lugar em MG) R$ 289 milhões. Trocando em miúdos, o leite coromandelense é melhor precificado do que o leite de Pompéu e Lagoa Formosa, por exemplo.

EM OUTRAS PALAVRAS – O leite patrocinense teve o preço de sua produção muito bem avaliado de 2019 para 2020. Como também Patos de Minas e Coromandel. Entretanto, de 2020 para 2021, esses dois municípios mantiveram o mesmo ritmo de valoração. E Patrocínio estabilizou-se no mesmo nível, isto é, teve apenas crescimento vegetativo (pequeno crescimento).

UMA PEQUENA EXPLICAÇÃO NADA ALVISSAREIRA – Patrocínio, no ano de 2014, tinha mais de 45.000 vacas ordenhadas. Já em 2021 teve apenas 27.000 cabeças ordenhadas. Portanto, uma queda de 18.000 cabeças. Ou seja, menos 18.000 vacas ordenhadas. Já Coromandel, no mesmo período, teve apenas pequena queda. Passou de 30.000 cabeças para quase 27.000 cabeças de vacas ordenhadas. Praticamente, assim, empatando com Patrocínio.

OUTRA EXPLICAÇÃO – O efetivo do rebanho bovino, visto sob o aspecto geral, colabora, do mesmo modo, para mostrar o arrefecimento da produção leiteira em Patrocínio. É bom repetir que o Município permanece no 2º lugar em Minas, quanto à quantidade produzida de leite de vaca. Bem como, quanto ao valor dessa produção. Porém, o desempenho dos três municípios mais próximos (Pompéu, Lagoa Formosa e Coromandel), no que diz respeito à quantidade produzida e de seu valor, é melhor do que o desempenho de Patrocínio. Utilizando-se do “economês” outra vez: em médio prazo, Patrocínio poderá, eventualmente, ser ultrapassado por um desses três municípios, “se tudo permanecer constante”.

CONCLUSÃO – Palmas para os produtores de leite do Município. Mas somente palmas não é o bastante. Os produtores precisam de mais incentivo. A meta é de que Patrocínio retome o seu entusiasmo pelo leite ocorrido no período 2017-2020. E caminhe rumo ao 1º lugar. Pois, em 2019 e 2020, aproximou-se do líder Patos de Minas. Pensar em 3º, 4º ou 5º lugar no futuro é derrota emocional. Então, incentive quem tem que ser incentivado: o produtor. (Fonte dos dados: IBGE, que nas próximas semanas publicará o resultado parcial e preliminar do senso 2022).

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