Flameguista, ganhou o apelido de Apolinho devido ao uso de um microfone sem fio, semelhante ao utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11 em 1969, enquanto ele trabalhava na Rádio Globo.

Da redação da Rede Hoje

O jornalista esportivo Washington Rodrigues, conhecido como Apolinho, morreu ontem (15) aos 87 anos, no Rio de Janeiro. Ele enfrentava um câncer agressivo há alguns anos.

Apolinho era uma figura importante na Rádio Tupi, onde comandava o programa “Show do Apolinho” desde fevereiro de 1999. O programa manteve-se líder de audiência no segmento por mais de duas décadas. Além disso, ele era comentarista esportivo na rádio e mantinha a coluna “Geraldinos e Arquibaldos” no Jornal Meia Hora.

Em 1995, Apolinho teve uma passagem marcante pelo Flamengo como treinador, liderando a equipe no centenário do clube. Ele retornou em 1998 como diretor de futebol. Apaixonado pelo Flamengo, sempre esteve disposto a servir o clube de diversas formas.

Nascido no bairro do Engenho Novo, na zona norte do Rio, em 1º de setembro de 1936, Apolinho iniciou sua carreira na Rádio Guanabara, atual Rádio Bandeirantes, em 1962. Seu programa “Beque Parado” abordava futebol de salão. Ao longo de sua carreira, trabalhou em várias emissoras de rádio e televisão da cidade, sendo um dos poucos comentaristas aceitos por todas as torcidas cariocas.


O apelido Apolinho surgiu devido ao uso de um microfone sem fio, semelhante ao utilizado pelos astronautas da Missão Apollo 11 em 1969, enquanto ele trabalhava na Rádio Globo. Washington Rodrigues deixa três filhos, sete netos e muitos fãs e colegas de trabalho.

Antes de falecer, Apolinho assistiu ao Flamengo vencer o Bolívar por uma goleada na Copa Libertadores da América, um momento que ele teria descrito como um "chocolate". A notícia de sua morte foi anunciada emocionadamente por seu amigo e colega Luiz Penido durante a transmissão do jogo do Flamengo, aos 25 minutos do segundo tempo.

Washington Rodrigues era conhecido por sua habilidade em cobrir clubes de futebol com imparcialidade, apesar de sua paixão pelo Flamengo. Ele se destacou especialmente como setorista do Vasco da Gama, onde mantinha uma relação profissional respeitosa com o dirigente Eurico Miranda, que preferia conceder entrevistas a ele em vez de outros jornalistas.


A Rádio Tupi, onde ele trabalhou por muitos anos, publicou uma homenagem nas redes sociais, destacando a importância de Apolinho para o jornalismo esportivo e para a emissora. Colegas de profissão, fãs e ouvintes compartilharam lembranças e homenagens ao jornalista, lembrando de sua voz marcante e de seu jeito único de narrar e comentar os jogos.

O legado de Washington Rodrigues vai além de suas contribuições como jornalista esportivo. Sua carreira deixou uma marca indelével no rádio e na televisão esportiva brasileira, influenciando novas gerações de jornalistas e radialistas. Sua paixão pelo esporte e pelo Flamengo continuará sendo lembrada por todos que acompanharam seu trabalho ao longo dos anos.

Luiz Penido, locutor esportivo da Tupi, anuncia, emocionado, a morte de Apolinho:


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