O clube pernambucano, fundado em 2016, alcançou a maior glória de sua curta história no futebol profissional enquanto o CAP colecionou os maiores fracassos e decepções dos seus 70 anos.
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O clube pernambucano reverteu a derrota de 2 a 1 sofrida no jogo de ida, no estádio Jonas Duarte, em Goiás
Da redação da Rede Hoje
O Retrô garantiu seu primeiro título nacional neste domingo (29), ao vencer o Anápolis por 3 a 1 no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e se consagrar campeão inédito da Série D do Campeonato Brasileiro. O clube pernambucano, fundado em 2016, alcançou a maior glória de sua curta história no futebol profissional, revertendo a derrota de 2 a 1 sofrida no jogo de ida, no estádio Jonas Duarte, em Goiás.
No primeiro tempo, o duelo foi equilibrado, com ambas as equipes mostrando nervosismo e cautela. Aos 12 minutos, o Retrô abriu o placar com Fialho, que aproveitou uma boa jogada de João Pedro para balançar as redes. No entanto, o Anápolis reagiu rapidamente e, aos 21 minutos, empatou o jogo com Magno, que finalizou de cabeça após um cruzamento preciso de Ariel.
Após o intervalo, o Retrô voltou ainda mais determinado. Logo aos 4 minutos do segundo tempo, Mascote colocou o time pernambucano na frente novamente, de cabeça, após mais uma assistência de João Pedro. O gol animou a equipe, que passou a controlar as ações da partida e a se impor diante de um Anápolis que parecia sentir a pressão.
Aos 22 minutos, João Pedro, que já havia sido destaque com duas assistências, marcou um golaço de fora da área, selando o placar em 3 a 1 e garantindo o título para o Retrô. O meia foi o grande nome da partida, sendo decisivo nas jogadas ofensivas que deram à equipe o troféu inédito.
Patrocinense: tristeza e vexames
Policia Federal na sede do CAP este ano: tristeza para o torcedor grená
Enquanto o Retrô comemora seu primeiro título, a realidade foi bem diferente para o torcedor do Patrocinense. O time – que comemorou 70 anos em 2024 - viveu uma temporada extremamente decepcionante. Após um rebaixamento doloroso no Módulo I do Campeonato Mineiro, o CAP foi desclassificado de maneira vergonhosa, perdendo a classificação por W/O em um episódio que ficou marcado como um dos momentos mais tristes da história do clube.
Com o rebaixamento para o Módulo II, o Patrocinense só voltará a disputar a competição em 2025, mas o caminho até lá parece incerto. Além da queda, a equipe foi eliminada de forma precoce e humilhante na Série D do Brasileirão, saindo da competição já na primeira fase, sem conseguir mostrar reação e ainda levando a maior goleada de sua história (6 a 0) para o São José-SP. A frustração foi ainda maior por ser o ano em que o clube completou 70 anos de história.
Para piorar, o clube se viu envolvido em um escândalo de manipulação de resultados, com investigações conduzidas pela Polícia Federal. Esse episódio abalou ainda mais a credibilidade da equipe e aumentou as dúvidas sobre o futuro do time, deixando os torcedores inseguros quanto à possibilidade de uma reestruturação eficiente.
Enquanto o Retrô faz história com sua conquista, o torcedor do Patrocinense vive o contraste de uma temporada desastrosa e cheia de incertezas. A esperança é que, após esse período difícil, o clube consiga voltar com força ao Módulo II e, eventualmente, reconquistar seu espaço na elite do futebol mineiro.