A repercussão dentro do Cruzeiro foi imediata, e fora dele, as críticas também não tardaram a aparecer.
Foto crédito:Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Vaias ecoaram pelo Mineirão após o jogo, e Diniz mostrou entender a frustração da torcida.
Da redação da Rede Hoje
O empate em 1 a 1 entre Cruzeiro e Lanús, pela ida das semifinais da Copa Sul-Americana, no Mineirão, deixou um sabor amargo para o time e para a torcida. Com mais de 57 mil torcedores presentes no estádio, a expectativa era de uma vitória, mas o time celeste acabou cedendo o empate após sofrer um gol em uma jogada de bola parada. A repercussão dentro do clube foi imediata, e fora dele, as críticas também não tardaram a aparecer.
O técnico Fernando Diniz, que comanda o Cruzeiro desde o início do ano, não hesitou em admitir as falhas de sua equipe. “O roteiro foi esse porque a gente jogou mal, não tem desculpa. Ficamos devendo ao nosso torcedor. Precisamos corrigir e melhorar para ter nossas chances de vencer lá na Argentina”, declarou Diniz após o apito final. Para o treinador, o desempenho apresentado ficou muito abaixo do esperado, especialmente em uma partida de tamanha importância.
A torcida, por sua vez, manifestou sua insatisfação com o time. Vaias ecoaram pelo Mineirão após o jogo, e Diniz mostrou entender a frustração da torcida. “A China Azul fez sua parte. Eles sempre apoiam, e hoje não foi diferente. Resta a nós absorver isso e entregar uma coisa melhor para eles”, afirmou o treinador, demonstrando seu comprometimento em reverter a situação.
Um dos momentos mais criticados da partida foi o gol sofrido em uma bola parada, situação que já havia sido trabalhada exaustivamente durante os treinamentos na Toca da Raposa II. Mesmo com a preparação, a equipe não conseguiu neutralizar o lance do Lanús, o que resultou no gol que garantiu o empate aos argentinos. “A gente trabalhou bastante esse tipo de jogada, mas infelizmente não conseguimos aplicar em campo”, disse Diniz, frustrado com a falha defensiva.
A sequência sem vitórias é outro fator que tem incomodado tanto os torcedores quanto a comissão técnica. O Cruzeiro não vence desde o dia 1º de setembro, e as cobranças por um desempenho mais consistente, aliado a resultados positivos, aumentam a cada jogo. “Estou aqui para ser cobrado. Cada vez mais me sinto entrosado com o projeto que o clube tem, mas a gente precisa começar a entregar vitórias. Produzir é importante, mas vencer é essencial”, reconheceu o técnico.
Apesar das críticas, Fernando Diniz ainda acredita no potencial de sua equipe. O treinador destacou que é necessário muito trabalho para que os resultados comecem a aparecer. “A gente produziu em algumas partidas, mas não conseguiu vencer. Precisamos continuar trabalhando duro, ajustar os detalhes e, principalmente, focar em entregar vitórias para o torcedor”, completou.
O foco do time agora se volta para o jogo de volta, que será realizado na próxima quarta-feira (30), no estádio La Fortaleza, casa do Lanús. O Cruzeiro terá que se reinventar para superar os argentinos e conquistar uma vaga na final da competição continental. Antes disso, o time celeste ainda enfrenta o Athletico-PR, no sábado (26), pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, na Ligga Arena. A partida será crucial para recuperar a confiança e ajustar a equipe para o decisivo confronto na Argentina.
Com pouco tempo para preparar a equipe, Diniz terá que encontrar soluções rápidas para os problemas apresentados nas últimas partidas. A esperança é que o Cruzeiro consiga corrigir as falhas e apresentar um futebol mais competitivo, principalmente nas jogadas de bola parada, que têm sido o calcanhar de Aquiles do time.
A pressão sobre o treinador e sobre os jogadores aumenta a cada jogo. No entanto, o time tem uma oportunidade valiosa de virar a página e avançar para a final da Sul-Americana, caso consiga um bom resultado na Argentina. “Nós ainda acreditamos. Sabemos que podemos reverter isso, mas precisamos jogar melhor do que fizemos hoje”, finalizou Diniz, em tom de esperança.
Torcida também foi mal
O atacante Kaio Jorge comentou sobre o impacto causado pela fumaça de sinalizadores no Mineirão.
O atacante Kaio Jorge, autor do único gol do Cruzeiro no empate por 1 a 1 com o Lanús, pelas semifinais da Sul-Americana, comentou sobre o impacto causado pela fumaça de sinalizadores no Mineirão. A torcida cruzeirense protagonizou algumas paralisações na partida, antes e depois do gol celeste, devido ao uso dos artefatos. O jogador admitiu que a interferência atrapalhou o bom momento do time em campo.
“Com certeza atrapalhou, a gente teve um bom momento ali na partida. Mas não adianta lamentar. Foi uma desatenção nossa e acabamos tomando o gol. Agora é levantar a cabeça e buscar o resultado lá”, disse Kaio Jorge, em entrevista ao Paramount+, reconhecendo que o time precisará se concentrar para o jogo de volta na Argentina.
Além da questão dos sinalizadores, Kaio Jorge também ressaltou o baixo rendimento do Cruzeiro no Mineirão. Apesar do apoio de mais de 57 mil torcedores, o time não conseguiu impor seu jogo, e o desempenho abaixo do esperado frustrou a torcida. “Viemos com a ideia de propor o jogo, mas a equipe deles marcou muito bem. Fisicamente são fortes. Temos que nos preparar para o jogo lá, temos condições de vencer e ir para a final”, completou o atacante.
Matheus Pereira se também mostrou insatisfeito com a atuaçã
Outro jogador que se mostrou insatisfeito com a atuação foi Matheus Pereira. O camisa 10 reconheceu que poderia ter jogado melhor para ajudar a equipe a conquistar uma vantagem maior. “Acho que posso jogar melhor, mas faz parte do futebol. Às vezes fico muito marcado, às vezes cometo erros técnicos. Uma hora jogamos bem, outra nem tanto”, disse Pereira, em tom de autocrítica.