Mulheres na linha de frente: nova era no CAP combina gestão moderna e tradição

Fotos: reprodução Rede Hoje


As mulheres serão outra força da reconstrução do Patrocinense

Da Redação da Rede Hoje


A nova gestão do Clube Atlético Patrocinense (CAP) marca um capítulo importante na história da instituição com o fortalecimento da participação feminina em cargos de liderança. Isabela Rezende Cunha, 2ª vice-presidente, destaca que a presença de mulheres na diretoria representa um avanço para uma administração inovadora e inclusiva. "Queremos trazer alegria não só com mulheres, mas também com crianças e famílias de volta ao estádio", afirmou.

Além de Isabela Rezende Cunha, a diretoria conta com outras mulheres em setores como promoções e projetos sociais. A aposta na diversidade reflete uma tendência nacional de maior representatividade feminina na gestão do futebol.

Fazendo história

Isabela: terceira mulher a ocupar um cargo de destaque no CAP

Isabela é a terceira mulher a ocupar um cargo de destaque no CAP, seguindo os passos de Maria Helena Silva, vice-presidente nos anos 1990, e Miriam Helena, presidente no início dos anos 2000. Ela enfatiza a responsabilidade de representar as torcedoras e a comunidade: "A camisa tem um peso diferente, mas tudo que fazemos com amor vai aos poucos se concretizando". A diretoria planeja ações dentro e fora de campo, contando com o apoio de empresários e torcedores.

Resgatando o espírito comunitário

Elenizia Delfino (Denga)

Elenizia Delfino (Denga), integrante do setor de promoções, reforça a importância da diversidade na gestão do clube: "Mulheres pensam diferente e podem ajudar a atrair mais famílias e crianças ao estádio". Ela convoca a mobilização feminina: "Traga a tia, a avó, a madrinha – o estádio é lugar de todos". A iniciativa busca resgatar o espírito comunitário que já foi marca registrada do CAP.

Maria Helena e Dona Bibi
Walterson José da Silva, ex-presidente 
Walterson José da Silva, ex-presidente do clube nas décadas de 1980 e 1990, recorda o período áureo em que mulheres tinham papel central na diretoria. Sua esposa, Maria Helena Silva, foi vice-presidente durante sua gestão. Ele lembra a atuação de Dona Bibi (esposa do Osmar Fernandes, que dirigia a Vila Olimpica) e outras mulheres: "O CAP teve até 30 mulheres na diretoria naquela época, organizando eventos como o Baile Grená e Branco, que reunia 400 mesas", lembra. Para ele, a participação feminina sempre trouxe resultados positivos.

A nova diretoria pretende resgatar esse modelo de gestão participativa, com foco no retorno à Primeira Divisão do Campeonato Mineiro. A inclusão de mulheres em cargos estratégicos é vista como um diferencial para reconectar o clube com sua base de torcedores e fortalecer o marketing esportivo.

O CAP também planeja campanhas para aumentar a presença de famílias nos jogos, com iniciativas que vão desde preços populares até atividades infantis no estádio. A meta é transformar o ambiente esportivo em um espaço acolhedor para todos os públicos.

Com a nova abordagem, o clube espera melhorar seu desempenho em campo e reforçar seu papel como patrimônio cultural de Patrocínio. "O time leva o nome da cidade para vários lugares, e queremos representar com orgulho", conclui Isabela.

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