Sem laterais de origem, técnico Léo Jardim terá que se reinventar em campo enquanto clube revela aumento de receitas e salto no passivo para R$ 1,3 bilhão.

Léo Jardim terá dor de cabeça para escalar o Cruzeiro diante do Palestino pela Sul-Americana, em meio a desfalques e contas bilionárias (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Da Redação da Rede Hoje

Sem laterais-direitos de origem e precisando vencer para seguir com chances de classificação, Léo Jardim terá que improvisar novamente no time para enfrentar o Palestino, nesta quinta-feira (25), às 21h30, no estádio Francisco Rumoroso, em Coquimbo, pela terceira rodada da fase de grupos da Copa Sul-Americana. William e Fagner seguem lesionados, e o técnico pode repetir a improvisação de Jonathan Jesus na lateral-direita — opção que não agradou parte da torcida na derrota para o RB Bragantino, no último fim de semana. Outras alternativas incluem Marquinhos, Rodriguinho ou até inverter Kaiki Bruno para a direita e dar a Kauã Prates, de apenas 16 anos, a primeira chance como titular na lateral-esquerda.

Além de Kauã, outros jovens também foram relacionados e viajaram com a delegação: o zagueiro Janderson, o meia Murilo Rhkman e o atacante Kaique Kenji, todos com 19 anos. A equipe celeste ainda não somou pontos no Grupo E e precisa vencer para seguir viva na competição, mirando ao menos a segunda posição da chave, que garante vaga nos playoffs das oitavas. Com a preparação encerrada na quarta-feira (24), o Cruzeiro embarcou para o Chile com a missão de voltar ao Brasil com os primeiros três pontos no torneio continental.

Balanço financeiro
No extracampo, o clube divulgou nesta semana o balanço financeiro referente ao ano de 2024. O documento aponta aumento de R$ 207,6 milhões na receita operacional líquida, que chegou a R$ 282,7 milhões. No entanto, o número que mais chamou a atenção foi o gasto com comissões a agentes de futebol: R$ 43,2 milhões — quase o triplo do valor pago em 2023. Somando esse valor com o de luvas, o Cruzeiro desembolsou R$ 89,7 milhões em contratações.

Apesar do crescimento na arrecadação, o passivo do clube também subiu de forma expressiva: saltou de R$ 903,3 milhões para R$ 1,31 bilhão. A SAF Celeste, liderada por Pedro Lourenço, também quitou R$ 37,5 milhões relativos ao plano de Recuperação Judicial da associação civil. O relatório financeiro cobre os dados até 31 de dezembro de 2024, e alguns valores já podem ter sido pagos nos primeiros meses de 2025.


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