O vereador Roberto Margari teve que pedir desculpas por afirmações sobre drogas na Escola Estadual Joaquim Dias
Um grupo de professores, aluno e o diretor da escola foram exigir do vereador Roberto Margari pedido formal de desculpas por afirmação sobre drogas na escola. Fotos Divulgação/Alex Guimarães
Da Redação da Rede Hoje
Mais uma vez a Câmara Municipal de Patrocínio teve uma sessão bastante movimentada. Na manhã desta terça-feira (28) alunos, professores e o diretor da Escola Estadual Joaquim Dias, professor Renato Silva, foram solicitar ao vereador Roberto Margari (PODEMOS) um pedido formal de desculpas por afirmação sobre drogas na escola. O vereador negou que tivesse dito “na escola”, disse ter falado “no bairro”, mas acabou pedindo desculpas.
O problema aconteceu durante discussão na reunião da semana passada (do dia 21) do processo de Lei do vereador Natanael Diniz, PL, para reflexão na última semana do mês de março, sobre a ditadura militar. E teve discussão acalorada. O vereador Margari disse que a Escola Joaquim Dias, por causa das drogas, não podia ter aulas noturnas e que essa era uma das causas de pedido de um processo para transformá-la em escola militar.
Vereador Roberto Margari
Na reunião desta terça-feira, 28, compareceu um grupo de representantes da escola formado por alunos, professores e o diretor da Escola Estadual Joaquim Dias. Os representes da escola foram buscar formalmente “uma retratação” sobre o envolvimento da instituição de ensino com drogas. O professor Renato Silva, diretor da escola, exigiu o pedido de desculpas, usando a tribuna da Câmara.
Sobre a declaração de Margari a respeito da transformação do Joaquim Dias em escola militar, por causa de drogas e violência, o diretor da instituição, Renato Silva, disse que não era esse o problema, que a real situação era falta de demanda de alunos para o curso noturno. E exigiu, da tribuna, a retratação do vereador.
Roberto Margari negou que tivesse falado algo nesse sentido. De acordo com o vereador “a informação chegou até vocês de forma deturpada”, disse, e logo em seguida pediu desculpas pelo mal entendido.
Outros vereadores entraram no debate em apoio a Escola Joaquim Dias.
O Projeto de lei de Lei nº 425/2022, que causou todo o debate e que definiria a última semana do mês de março como a “Semana Municipal de Reflexão Sobre o Significado do Golpe Militar de 1964”, de autoria do vereador Natanael Diniz (PL), voltou a ser debatido. Estava em segunda discussão e votação. Diante do intenso debate sobre a matéria, o autor pediu “vistas” retirando o projeto de pauta.
Contra a aprovação deste projeto de lei, estiveve presente na reunião um grupo de pessoas autodenominado de “direita”, usando camisetas em verde e amarelo, além de uma Bandeira do Brasil.
OUTROS. Outros 16 projetos de lei foram encaminhados às Comissões Permanentes para emissão de parecer. Em Discussão Única foram aprovados dois projetos de lei. Quatro projetos de lei foram devolvidos aos respectivos autores, por rejeição da matéria pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação.
Em Segunda Votação foi aprovado o Processo de Lei nº 441/2022, que institui o mês da cidade criativa no município de autoria do vereador Eliane Nunes (UB).
Fonte: Luiz Cabral/Ascom Câmara