Prêmio, que incentiva a leitura homenageando autores do Distrito Federal, concedeu também menção honrosa a um ilustrador. A cerimônia de premiação será em 16 de novembro
Os escritores premiados: Fabiano Salim, na categoria literatura em geral, e Alexandre Parente, na infanto-juvenil. Foto: MPDF
Da Redação da Rede Hoje
Os homenageados de 2022, do prêmio “Ler é Legal” do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) são os escritores Fabiano Salim, na categoria literatura em geral, e Alexandre Parente, na infanto-juvenil. Os nomes foram escolhidos pela Comissão Examinadora, que decidiu ainda conferir menção honrosa ao ilustrador Gustavo Ramos, que trabalha em parceria com Alexandre. A cerimônia de premiação será no dia 16 de novembro, na Promotoria de Brasília II. Na ocasião, também será lançada uma exposição sobre a vida e obra dos três artistas escolhidos.
Com o objetivo de homenagear escritores nascidos ou residentes no Distrito Federal e no entorno, o prêmio “Ler é legal” valoriza a produção literária local, além de montar um banco de escritores para divulgação de suas obras e incentivar a leitura. Podem participar da premiação textos literários em formato de conto, romance, fábula, poesia, cordel, crônica, novela, peça teatral, ensaio, lenda ou letra de música. A premiação contempla as categorias literatura infanto-juvenil e literatura em geral.
Um dos idealizadores do “Ler é legal”, o promotor de Justiça Fausto Rodrigues de Lima, parabenizou os vencedores e salientou as qualidades de cada um: “Os livros de Alexandre Parente são ótimos para leitura familiar, pois tratam com leveza questões sensíveis como a amizade de uma menina com seu avô que virou estrela (‘Cheiro de Domingo’), da inclusão de pessoas com deficiência (‘A cadeira maluca de Samuca’), da vergonha que filhos sentem dos pais (‘Os cabelos brancos de papai’). É de se emocionar. Já Fabiano Salim é mestre na arte de contar histórias simples, regionais, como no conto ‘A lavadeira’, em que tece palavras que fluem fáceis, hábeis, econômicas e concisas, como o rio que emoldura o conto. Tocante a empatia em criar personagens como a idosa que elogia um chapéu bonito, ‘ou será que bonito era seu dono?’, no conto ‘O Homem e o Chapéu’”.
Para Gustavo Dias, servidor que integra a Comissão Examinadora, “Alexandre Parente escreve com alegria e emoção, encantando crianças e adultos de todas as idades. ‘Brasília e o sonho encantado’ é uma linda homenagem a Brasília, fruto da união perfeita de uma história belíssima e fascinante com a ilustração potente de Gustavo Ramos, resultando em uma verdadeira obra-prima. Fabiano Salim escreve histórias comoventes e fantásticas, carregadas de sensibilidade e afeto, e desenvolve uma escrita regional importantíssima, que deve ser valorizada e resgatada, nesse imenso país formado pela junção de várias regionalidades que se complementam na formação da cultura nacional”.
Reconhecimento
O vencedor da categoria literatura em geral, Fabiano Salim, agradeceu e parabenizou a iniciativa da instituição. “Ser reconhecido, através de um prêmio como o Ler é Legal, é um sentimento que parece não caber dentro da gente. É um incentivo enorme para continuarmos na senda literária e ver que valeu a pena caminharmos até aqui. A iniciativa do MPDFT é brilhante, gera estímulos para quem gosta de escrever e, o mais importante, desperta para a leitura, oferece oportunidades para vários segmentos, facilitando o acesso aos livros”.
Alexandre Parente, vencedor da categoria infanto-juvenil, dedicou o prêmio aos homenageados da semana, as crianças e os professores, que fazem parte do mundo literário do qual ele participa: “Estou com o coração saltitando de alegria. Este é um prêmio que estimula e incentiva a leitura por parte dos servidores e de todas as pessoas que passam pelo MP. É um prêmio muito importante, que tem um valor forte e simbólico, e de mudança para aqueles que se permitem ler, se permitem aprofundar seus conhecimentos, viajar em vários momentos, ter uma vida mais alegre, mais repleta de informações para suas tomadas de decisões. Então ler é muito instrutivo, muito bom, muito legal. Estou muito feliz”.
Para Gustavo Ramos, artista que ilustrou uma das obras de Alexandre, “o incentivo à leitura, em projetos como o “Ler é Legal” ajuda a comunidade a conviver com diferenças, amplia a capacidade de compreensão e a sensibilidade a injustiças. Apoio iniciativas que aproximam a população da arte literária, porque reconheço em minha própria formação e na formação dos jovens e crianças que pude acompanhar através do tempo o imenso benefício que o hábito da leitura traz a quem faz dele um companheiro”. Clique aqui para ver sua carta de agradecimento ilustrada.
Sobre a obra ‘Brasília e o sonho encantado’, pela qual Gustavo recebeu a menção honrosa, ele explica: “Nesta Brasília-sonho desenhada com Alexandre Parente, tentamos sobretudo aproximar o leitor afetivamente da cidade, entremeando a realidade com nossas próprias memórias e sentimentos em relação à cidade. A premiação do MPDFT reconhece essa voz poética que fez parte da fundação da cidade, e persiste hoje em nosso trabalho diário para manter esta mesma voz viva”.
A Premiação
O prêmio é uma iniciativa do projeto "Ler é Legal", criado no MPDFT em 2016, com o objetivo de estimular a prática da leitura dentro da instituição, com a doação e sugestão de livros, e também por meio da aplicação da leitura como pena alternativa. O objetivo da premiação é valorizar a produção literária do Distrito Federal e estimular a formação de leitores. Criatividade, originalidade, relevância do tema, clareza e a objetividade textual da obra literária foram os critérios utilizados pela comissão examinadora para a escolha da vencedora. Comunidade e escritores podem fazer indicações para o banco de escritores do DF permanentemente. A partir dos autores inscritos no banco é que é feita a seleção do homenageado.
Fonte: Secretaria de Comunicação | MPDF