Operação Choque de Ordem. Fotos: Polícia Militar
Da Redação da Rede Hoje
Na abordagem, principalmente a pessoas em situação de rua, que vem ocorrendo na chamada “Operação Choque de Ordem” e realizada no entorno do Terminal Rodoviário e outros pontos da cidade é preciso que às lideranças estarem atentas para não ocorrerem abusos.
Essa operação é feita pela Polícia Militar em conjunto com o poder público Municipal, com participação de agentes da Sestran, dos fiscais de postura e urbanismo, e ate funcionários de empresas privadas, com o caso dos funcionários da VLI (concessionária da ferrovia).
Nesta quinta-feira (17) foi realizada mais uma etapa da operação que foi visitou um barraco irregular às margens da linha férrea, fiscalizou vendedor ambulante, realizou diversas abordagens a pessoas suspeitas e indivíduos em situação de rua, inclusive no abrigo municipal.
No levantamento da Polícia Militar foram abordadas 28 pessoas nas imediações do terminal rodoviário. Destas, oito pessoas retornaram ao local de origem. Também a equipe fiscalizou um vendedor ambulante e uma pessoa foi localizada — segundo nota da PM, constava no sistema como desaparecido. A equipe realizou, também, a fiscalização no Abrigo Municipal.
A PM informa que a “Operação Choque de Ordem” é realizada pelo menos uma vez por semana com apoio dos fiscais da Prefeitura.
O Direito de Ir e Vir
De que forma estas pessoas são abordadas? Elas vão para outras cidades por livre e espontânea vontade? Se a Secretaria de Assistência Social de Patrocínio já emitiu até 745 passagens até o momento, como mostra o relatório, há de se perguntar: estas pessoas recebem tipo de assistência?
Como vemos, a situação de carência e pobreza extrema não deve servir, por exemplo, a xenofobia (conceito que define as manifestações de aversão, hostilidade ou ódio contra pessoas que são estrangeiras ou são vistas como forasteiras). Em geral as migrações costumam acontecer quando há algum tipo de insatisfação desencadeada na região de origem, seja ela pessoal, como o desejo de uma viagem, seja algo ocasionado por fatores externos, como a falta de oportunidades e pobreza extrema.
Geralmente essas pessoas, pelo fator de estar vulneráveis, são humildes e poucas provocam problemas. A empatia neste momento deve falar mais alto. Quando alguém está agindo nessas situações, deve colocar-se no lugar do outro. A situação é difícil, sabemos, mas os dirigentes do município, da polícia e da sociedade, devem ter muita calma para contornar a situação. Gestos de humanidade mostram a grandeza de quem está em situação superior.