Peroba na Seleção de Patrocínio no dia 1 de maio de 1962, quando foi inaugurado o Estádio Júlio Aguiar, num jogo de igual para igual com o América (BH). Na foto, o “meio de campo” Peroba - com um círculo amarelo -  está centralizado entre Dizinho e Romeuzinho Malagoli, agachado.

Documento.
Muitas vezes, é necessário produzi-lo. Principalmente, quando é importante registrar um pouco de expressivo personagem histórico. Na verdade, pertenceu à história esportiva de Patrocínio, onde foi destacado protagonista durante 15 anos. E tornou-se inesquecível. Newton Wolney Ferreira é o seu nome. Faleceu, vítima da Covid, dia 7 de junho, na cidade de Goiás Velho, aos 86 anos de idade. As gerações dos anos 50 e 60 conhecem-no apenas por Peroba. O fenomenal Peroba, craque do futebol patrocinense.

QUEM FOI PEROBA
– Aluno do Ginásio Dom Lustosa, dos padres holandeses, no final dos anos 40. Atuou em quatro equipes de Patrocínio: Dom Lustosa E.C. (1950/52), Ipiranga, CAP e Flamengo (1954-1965). Estudou em Belo Horizonte, onde juntamente com o seu amigo Rondes, atuou no clube amador Barreiro F.C. Era casado com Consuelo Brito Ferreira, com quem teve três filhos: Paulo Roberto (Batata), Rivany e Luiz Carlos. Paulo Roberto foi também atleta do Goiás, quando se tornou tricampeão goiano juvenil. Há alguns anos, Peroba residia em Goiás Velho, distante 140 Km de Goiânia.

PALAVRAS DE UM AMIGO
– “Tive o prazer de ser padrinho de seu casamento com a Consuelo... Peroba era um craque da geração dos anos 50/60 que empolgou os entusiastas pelo futebol patrocinense.”, diz Rondes Machado, ex-capitão do Flamengo (de Patrocínio), hoje residente no Rio de Janeiro.

CENA UM: 1950
– Peroba no Dom Lustosa. O time do Ginásio disputava o campeonato municipal. Além de estudantes, também tinha jogadores não estudantes como Camilo e Baltazar Grilo (na foto, Peroba é o primeiro agachado à esquerda, ao lado de Rondes).



CENA DOIS: 1952
– Peroba no Flamengo. Nessa época, o rubro-negro patrocinense exibia-se em diversas cidades. Tais como: Patos de Minas, Araguari, Monte Carmelo, Carmo do Paranaíba, Paracatu e Sacramento. Nessa última houve grande recepção ao mágico elenco. Teve até festa e baile. Por isso, o Flamengo viajou de terno e gravata (na foto, Peroba é o segundo à esquerda, em pé, de terno preto. E o Véio do Didino é o último à direita).



CENA TRÊS: 1954
– Peroba no Flamengo, campeão municipal. Uma equipe que tinha Blair, Calau, Carmo, Rondes, Pedrinho (Atlético Mineiro, depois) e Ratinho. (Peroba é o primeiro agachado à esquerda).



CENA QUATRO: 1962
– Peroba na Seleção de Patrocínio. No jogo, de igual para igual, com o América (BH), na inauguração do Estádio Júlio Aguiar (na foto, o “meio de campo” Peroba está centralizado entre Dizinho e Romeuzinho Malagoli, agachado).
   




CENA CINCO: 1965
– Peroba na despedida da Associação Atlética Flamengo e do veterano goleiro Blair (na foto, Peroba está em pé, no meio de Chapada e Blair. Entre os agachados, Setenta é o centro-avante e Nelson Soares o ponta-esquerda.)



CENA SEIS: 2021
– Peroba em Goiás. Dia 7 de junho, mais uma estrela integra à constelação patrocinense do futebol. Do lado de cá, nessa terra, ficam a saudade e os admiradores da arte com a bola (na foto, Peroba na atualidade, antes do seu falecimento).



FONTES DAS FOTOS
– Rondes Machado (RJ), Blair Augusto Damasceno (falecido), que presenteou este cronista com diversas fotos, e residia em Uberaba. De Patrocínio, Alberto Sanarelli e Luiz Antônio Costa.
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