Meio ambiente. É importante em qualquer lugar do planeta. Em Patrocínio não pode ser diferente. Mas, fatos e números demonstram que ele (meio ambiente) tem pouca importância em PTC. Ou seja, é devaneio de gente que não tem outra coisa para fazer, diria a inepta inteligência patrocinense. Apenas no item “Arborização de Vias Urbanas”, o IBGE relaciona, à frente do Município, 225 cidades mineiras que tem mais verde em suas ruas, praças e avenidas. E no Brasil, tão somente algo em torno da metade das cidades brasileiras. Mais precisamente 2.473 cidades na dianteira verde de PTC, dentro os 5.570 municípios brasileiros. Além disso, há mais de 100 cidades mineiras que superam Patrocínio em outros indicadores do meio ambiente. Isso segundo o IBGE e algumas organizações técnicas, tais como a paulista Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), que utiliza metodologia da ONU.
BH TEM MAIS ÁRVORES DO QUE PATROCÍNIO! – A famosa frase de que “capital tem asfalto e cimento demais” deixa de ser verdadeira quando se adota critério técnico e relativo de análise. Por exemplo, BH está em 183º lugar em MG e 2.201º no Brasil. Portanto, à frente de PTC. Como amostras dessa superioridade de BH, basta visitar alguns locais da capital mineira. BH tem 82,7% de árvores nas vias urbanas. Patrocínio tem 79% (226º lugar).
“VERDE QUE TE QUERO VERDE” – Adotando o que disse o poeta espanhol Garcia Lorca, é saudável visitar em BH a Rua Antônio Aleixo (entre Assembleia Legislativa e Minas Tênis) e ver o que é uma rua bem arborizada. No bairro Luxemburgo é pedagógico também conferir a Rua Alves do Vale, o histórico Parque Municipal no centro da capital, as ruas na região da Pampulha, o bairro-parque Mangabeiras e diversas ruas, praças, avenidas e parques de BH.
UBERLÂNDIA, MONTE CARMELO E OUTRAS TAMBÉM À FRENTE – Não é somente por causa do Parque do Sabiá e Horto Florestal, a capital do Triângulo encontra-se em 30º lugar em MG, pelas árvores em suas vias urbanas, com o índice 95,2%. Monte Carmelo, com 88,6%, posiciona em 104º lugar em MG. Já Coromandel, em 165º lugar, alcança 83,8%. Todas deixando Patrocínio na poeira.
E AS MAIORES DO ALTO PARANAÍBA? – Da mesma maneira, continuam deixando PTC para trás. Patos de Minas, em 214º lugar, com índice de 80,2%. E Araxá, em 201º lugar em MG, obtendo 81%. Por outro lado, se comparar com as pequenas cidades, tipo Guimarânia, Serra do Salitre, Romaria e Cruzeiro da Fortaleza, PTC dá show em arborização.
ATÉ URBANIZAÇÃO... – No tópico “Meio Ambiente” dos municípios, o IBGE situa Patrocínio em 42º lugar em MG, no indicador “Área Urbanizada”. Ou seja, classificação regular, já que em população PTC é o 39º lugar. No indicador “Esgotamento Sanitário Adequado”, com 87,4%, há 110 cidades mineiras em melhores condições. Em outro indicador do “Meio Ambiente”, denominado “Urbanização de Vias Públicas” (urbanização adequada com bueiros, calçada, pavimentação e meio-fio), PTC está em 262º lugar em Minas. Entretanto, quando o IBGE atualizar os dados, PTC certamente melhorará o seu status urbanístico. Em resumo, Patrocínio, na questão do meio ambiente, precisa dar um real passo à frente. Não só plantar árvores. Existem outros componentes do meio ambiente capengas.
HAJA ÁRVORE PARA CORTAR – Segundo o MapBiomas, o valor máximo para desflorestar é de 0,05. Em Patrocínio, em 2017 foi de 0,44, em 2018 de 0,40 e em 2019 dobrou o corte, atingindo o índice de 0,79. Todos esses anos, bem distantes do ideal. Por isso, de acordo com o ICS, a situação do Município é vermelha, ou seja, “há grandes desafios” a serem vencidos.
POUCO SE PLANTA... – Desde 2015, a taxa de áreas florestadas e naturais (formação de florestas naturais por habitante) é algo próximo de dez vezes menor do que à taxa ideal, em PTC. Deveria ser mais de 25%, porém é 3%. Palavras do MapBiomas e o ICS.
HAJA CALOR... – A emissão de dióxido de carbono equivalente, o conhecido CO2e, no Município é quatro vezes maior (8,66) do que o mínimo ideal, que é igual a 2. Isso ajuda o aquecimento global. Daí, a participação das queimadas do Município no total de queimadas do Brasil tem crescido. Na atualidade, representa três vezes mais do que o mínimo tolerável. Exemplificando, em 2017 o índice foi de 0,46. Deveria sê-lo de até 0,18 (Fonte: Atlas Brasil).
MAS NÃO É SÓ ISSO... – A prática já diz tudo. Basta andar pelas ruas de Patrocínio nos dias ardentes (sol de verão, temperatura do Nordeste) e ver o valor de uma árvore. E a necessidade de respirar um ar mais ameno. Além da “sombrinha” de uma árvore ser um tesouro disputado, por pessoas e carros.
VERDADE FINAL – Respeitando a natureza, ela proporcionará saúde, prosperidade e felicidade para cada habitante. Por isso, é necessário mudar a mentalidade reinante na (nossa) cidade.
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