Nossa Patrocínio é uma cidade cheia de musicalidade. ( Mas na bucha já vou dizendo - Com uma nota desafinada: Meio Ambiente)
Já falei sobre o Trem de Ferro, que passa dentro do coração da cidade. Seu apito em Si Bemol Maior, ouvi-se nos bairros ao longe “Miiiiiiiiilton.” Tento ser humilde, mas, gente, quem pode com um trem desse!
A música, a vida e a cidade são feitas de Melodia, Harmonia, Ritmo e Silêncio...
Na praça da matriz, um emblemático sino quase centenário, silenciou para que o novo e eloquente, sino da Igreja de Santa Luzia, pudesse hoje bimbalhar festivamente. O relógio da Matriz também parou… há uma orquestra de silêncio na Monsenhor Thiago…
Na praça Honorato Borges, a Scandalli do Sr. Sesostres, silenciou, entrou uma sinfonia de pardais no lugar…O silêncio ali, seria absoluto, por isto o chilrear nostálgico absurdo se fez música naquela praça…
A revoada de pombos que se aglomeram nas costas da igreja de Santa Luzia, já roubam a cena. Um (…) amigo meu, disse que “ pombos são ratos que voam” passei pela praça, ouvi a canção deles: “ corrupto, corrupto, corrupto” Olhei para a torre da igreja onde Pe. Eustáquio foi Capelão e pensei: Que bom , que pelo menos, por enquanto, eles podem cantar o que pensam…”
Tem o "Oscar do Som", passando com o hino do seu Palmeiras em alto e bom som. “ defesa que ninguém passa” Até nosostros, corintianos achamos que, contudo, é melhor do que a tal “nota de falecimento”.
Mas tem uma música que tem chamado muito a atenção de toda cidade: O sonzão das obras da prefeitura.
O ronco tonitruante das brutas, enchem as manhãs e tardes. Do bairro Morada Nova, na fileira da frente do espetáculo acompanho tudo.
Sob a regência do maestro Deiró, sob a batuta do Secretário de Obras, Wellington Rodrigo, Nosso “ Barão de Mauá Rangeliano” Com ele as obras saem do papel e entram na história. Como a música sai da partitura..


Se e a revitalização da Av do Catiguá é obra necessária? SIM, três milhões de vezes, SIM!
Ninguém me contou, ou me convenceu de sua importância. Por anos e anos, eu passei por lá e registrei os transtornos da avenida com minha Rolleiflex. Testemunhei muitos cenários apocalípticos, após tempestade. Passava muito mais água da chuva por cima do asfalto do que por baixo.



Quase ia dizendo que é um trabalho de excelência. MAS, TEM UMA NOTA FORA DO TOM, POR LÁ. E não precisa de ouvido absoluto para notar: Umarboricídio sem precedentes- e necessário- acontece no local da obra.
490 árvores estão sendo dizimadas com requintes de crueldade.
Pior: Com zero transparência.
Não tem um fi da mãe natureza, que zela pelo nosso patrimônio ambiental, para dizer sobre a compensação ambiental- se é que haverá. Não tem lei que obriga a prestação de contas dessa gente.



Que prazer mórbido meu povo tem de cortar árvores. Em todo canto é machado de mais e enxadão de menos. Até quando plantarão árvores debaixo de fiação elétrica; espécie que arrebentam passeios..
Quando estudava no Grupo Cel. João Cândido, fiz uma redação, pedindo que criassem um lei obrigando, "quem cortasse uma árvore, fosse plantada três em outro lugar".
Cresci, me vi, pensando do mesmo jeito. Sonhando o mesmo sonho.
Passei a ideia para o vereador Thiago Malagoli,( O vereador que mais pensa verdemente, no município ao lado do vereador Odirlei Magalhães) Malagoli, fez um projeto, porreta. Mire e veja isto: “ SE CORTAR UMA ÁRVORE NO PERÍMETRO URBANO DE PATROCÍNIO, DEVE-SE PLANTAR 10 EM OUTRO LOCAL”
O que aconteceu com a lei? Isto mesmo. Ela não passou no plenário. Ou, seja 4.900, deixarão de serem plantadas.
Na semana que se comemora a “SEMANA DO MEIO AMBIENTE” exalto a musicalidade reinante em nossa cidade. Melodia, harmonia, ritmo e silêncio, que torna uma ambiência agradável.
Mas clamo por atenção para uma nota toda desafinada. Seria uma linda sinfonia, mas tem algo fora do tom. Desafinando tudo.
Gostaria de comemorar uma nova Avenida com uma nova floresta. Falta clara de sensibilidade musical- digo- ambiental.
São como notas musicais: Desenvolvimento Social, Econômico, Cultural e Ambiental. Tanto quanto: Melodia, Harmonia, Ritmo e Silêncio. Não deve destonar.
Passei por lá, vi lágrimas( resignadas resinas) minando nos tocos de flamboyants abatidos… Só pude dedicar a eles o meu reverente minuto de silêncio…



No peito dos desafinados
Também bate um coração”
Será, João Gilberto?

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