Patrocínio e o senso do IBGE. Foto: Rede Hoje
Censo. O último ainda tem muitos indicadores a serem revelados. Na semana passada, o esgoto, a água, o banheiro exclusivo, a coleta de lixo, e, o tipo de moradia (casa ou apartamento, por exemplo) foram apresentados pelo IBGE. A situação de Patrocínio e de algumas cidades merecem destaque. Em geral, para as grandes cidades do Triângulo-Alto Paranaíba, Patrocínio perde. E ganha, das cidades menores, nesses quesitos citados.
PATOS DE MINAS CRESCE MAIS – Foram identificados em Patrocínio 38.570 domicílios, sendo mais de 30 mil casas (exatamente 93%), 1.936 apartamentos (6%) e 319 casas em condomínio (ou vila), o que corresponde a 1%. Assim, em PTC “casa” tem plena preferência como domicílio. Se comparar os censos de 2010 e 2022, houve crescimento de domicílios patrocinenses em 33%. Mas... mas se comparar com o crescimento patense, no mesmo período, PTC fica para trás. Lá o crescimento foi de 48% e chegou ao dobro de domicílios de Patrocínio: 77.170 casas, apartamentos e condomínios. Portanto, o crescimento de construção de domicílios em Patos de Minas tem maior velocidade.
ÁGUA E ESGOTO: PATAMAR BOM – Todavia, os números de Patos de Minas ainda são melhores. A conexão do domicílio à rede de esgoto de Patrocínio alcança 90% das moradias contra 93% de todas as moradias patenses. Os domicílios patrocinenses, beirando os 89% (deles), têm abastecimento de água pela rede geral (do DAEPA). Patos de Minas tem quase 93% dos domicílios ligados à rede geral da água potável. Daí, Patos de Minas está em situação melhor.
BANHEIRO E LIXO: EMPATE – O indicador “Banheiro de Uso Exclusivo” de Patrocínio é quase 100% (precisamente, 99,9%). Em Patos de Minas 99,91% dos domicílios têm banheiro de uso exclusivo. Já a coleta de lixo na Capital do Milho atinge 95,92% dos domicílios. Na Capital do Café é praticamente a mesma coisa: 95,91%.
PATROCÍNIO TEM TRÊS MORADORES EM MÉDIA... – Os domicílios particulares permanentes ocupados (residências) de Patrocínio alcançam a média de 2,80 moradores
por moradia. Maior do que a média de Araxá, que é 2,75 e de Patos de Minas, onde a média por residência é 2,6 moradores. Nessas cidades há menos pessoas em cada casa.
ALGUNS MUNICÍPIOS PTC DEIXA PARA TRÁS – Quanto à conexão de esgoto, em Serra do Salitre, mesmo com a sua forte mineração, é de apenas 78% dos domicílios. Mesmo índice de Coromandel. A Capital do Progresso, Uberlândia, tem mais de 96% das residências com esgoto (PTC é 90%). Tratando-se de água, Uberlândia tem 98% dos domicílios atendidos. No outro extremo, a cidade que cresce populacionalmente demais, Serra do Salitre, possui tão somente 76% das residências) abastecidas com água potável (em PTC é 88%). O desenvolvimento, por obrigação, passa por aqui.
FELIZMENTE EM PATROCÍNIO NÃO TEM – Segundo o IBGE, não há maloca (casa muito simples, rancho) para morar. Nem cortiço (casa coletiva pobre), praticamente. Na verdade, há somente 21, pequenos cortiços, dentre os 38.570 domicílios. E casas inacabadas, há 3 (três), como moradia.
QUASE 3.700 CASAS FECHADAS! – Os domicílios particulares permanentes são formados por 31.800 ocupados, 3.638 não ocupados (imóveis vazios) e 3.000 (uso ocasional, ou seja, utilizados de vez em quando). Dentre os domicílios ocupados, ou seja, com moradores, 96,5% deles foram entrevistados pelo IBGE. E 3,4% não foram entrevistados, por algum motivo (exatamente, 1.086 domicílios). Está aí a razão de algumas reclamações de patrocinenses nas redes sociais.
UM RESUMO DO CENSO – A população de Patrocínio é 89.826 habitantes. Monte Carmelo pouco mais da metade: 47.692 hab. A população patrocinense cresce o dobro da carmelitana (0,71% x 0,34% ao ano). Lá (Monte Carmelo) tem mais mulheres; cá (PTC) há mais homens do que mulheres. Monte Carmelo tem 14 pessoas quilombolas. Já Patrocínio, com quilombolas apenas na sua rica história, hoje não possui nenhum cidadão quilombola.
As duas cidades juntas têm 70 índios (pessoas indígenas).
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