Passagem de nível, MG 230, Avenida Dom Almir Marques e ferrovia. Fotos: Luiz Antônio Costa | Rede Hoje.
Chegando lá, notei algo estranho. Não havia ninguém. O lugar estava parado, sem sinal de vida ou movimento. Esperei um pouco, conferi o horário e o local, e, por fim, decidi entrar em contato com o cliente. Foi aí que a ficha caiu. A data correta era no próximo sábado, dia 24, não hoje. Um erro simples, mas que me deixou com uma manhã livre, inesperada.
No caminho de volta para casa, ainda ruminando o engano, resolvi não me apressar. Decidi prestar atenção nas pequenas coisas que muitas vezes ignoramos na correria do dia a dia. Ao passar pelo Enxó Clube, perto da passagem de nível e do minitrevo com a MG-230, fiz algumas fotos. Observava as pessoas que seguiam suas rotinas: famílias indo para suas fazendas, trabalhadores em seus carros, caminhões pesados rumando pelas estradas. Vi também um grupo de ciclistas, aproveitando o frescor da manhã para se exercitar, e outros caminhando pela avenida Dom Almir Marques, imersos em suas próprias jornadas.
Ciclista na Dom Almir Marques
A MG-230, com seu tráfego constante, trazia consigo um cenário que, naquele dia, parecia ganhar uma nova cor. Ipês amarelos florescendo à beira da estrada, um lembrete da beleza resiliente da natureza, mesmo em meio ao cenário seco e marcado pelas queimadas de agosto. Uma árvore me chamou atenção pelos seus frutos enormes, parecidos com abacates. Era uma paineira, conhecida por seu papel na recuperação de áreas degradadas. Estava no fim da época de frutificação, e, ao seu redor, um tapete branco se formava ao pé da árvore. As sementes, envoltas em algodão, espalhavam-se pelo chão, criando uma cena serena e curiosamente bela.
Num cenário mais sóbrio, à beira da estrada, uma árvore solitária se erguia à esquerda, enquanto outra, ao fundo, jazia caída, vítima das recentes queimadas. Próxima a ela, uma cruz marcava o local onde, tragicamente, alguém havia perdido a vida no trânsito.
Continuando minha volta à cidade, me deparei com um acidente na Avenida Faria Pereira. Um caminhão baú bloqueava parte da via, e um motociclista estava caído no canteiro central, cercado por bombeiros e agentes da Setran. Felizmente, parecia que ele estava bem, sendo atendido com cuidado, mas a visão me lembrou da fragilidade dos nossos dias.A MG-230, com seu tráfego constante, trazia consigo um cenário que, naquele dia, parecia ganhar uma nova cor. Ipês amarelos florescendo à beira da estrada, um lembrete da beleza resiliente da natureza, mesmo em meio ao cenário seco e marcado pelas queimadas de agosto. Uma árvore me chamou atenção pelos seus frutos enormes, parecidos com abacates. Era uma paineira, conhecida por seu papel na recuperação de áreas degradadas. Estava no fim da época de frutificação, e, ao seu redor, um tapete branco se formava ao pé da árvore. As sementes, envoltas em algodão, espalhavam-se pelo chão, criando uma cena serena e curiosamente bela.
Num cenário mais sóbrio, à beira da estrada, uma árvore solitária se erguia à esquerda, enquanto outra, ao fundo, jazia caída, vítima das recentes queimadas. Próxima a ela, uma cruz marcava o local onde, tragicamente, alguém havia perdido a vida no trânsito.
Ipê amarelo - Foto: Luiz Antônio Costa | Rede Hoje
Chegando à produtora, percebi que, mesmo sem querer, havia ganhado uma manhã para observar a cidade com outros olhos. A Avenida Rui Barbosa estava mais tranquila do que o normal, talvez reflexo do feriado na quinta-feira. Muitas pessoas tinham viajado para Romaria, em agradecimento à Nossa Senhora da Abadia, e a cidade, por um breve momento, parecia respirar mais devagar.
Foi assim que o meu sábado começou, de uma maneira inesperada, mas não menos valiosa. Ao invés de correr de um compromisso para outro, tive a chance de desacelerar e ver o mundo ao meu redor. E que todos nós possamos encontrar esses momentos de pausa em nossas vidas corridas. Tenham um ótimo final de semana.