Ele é um dos alvos de uma operação da PF que investiga "uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e na subversão do Estado Democrático de Direito"
Da Redação da Rede Hoje
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do Partido Liberal (PL), foi detido em flagrante pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8) por posse ilegal de arma. Ele é um dos alvos de uma operação da PF que investiga "uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e na subversão do Estado Democrático de Direito" visando manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pela autorização das ações da PF nesse dia, havia concedido mandados de busca e apreensão para a residência de Valdemar, em Brasília, e para a sede do partido na mesma cidade. Durante as buscas, os agentes encontraram uma arma sem registro legal, o que resultou na prisão em flagrante do presidente do PL.
Informações preliminares sugerem que a arma não pertencia a Valdemar. No entanto, ele já está na sede da PF em Brasília para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Em relação à operação denominada "Tempus Veritatis", que significa "hora da verdade" em latim, Valdemar é identificado como um dos responsáveis por usar os recursos do PL, incluindo aspectos financeiros, para elaborar estudos que desacreditassem o sistema eleitoral brasileiro.
O ministro Alexandre de Moraes expediu 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, incluindo proibição de contato com outros investigados, restrição de viagens internacionais com entrega dos passaportes em 24 horas e suspensão de funções públicas.
Os mandados estão sendo cumpridos em vários estados brasileiros, com o Exército Brasileiro dando suporte à PF durante a operação, que recebeu o nome de Tempus Veritatis, que significa "hora da verdade" em latim.
A investigação da PF aponta que o grupo investigado se dividiu em núcleos para disseminar a ideia de fraude nas eleições presidenciais de 2022 antes mesmo do pleito, com o objetivo de legitimar uma intervenção militar. O Exército Brasileiro está auxiliando a PF durante a operação, que recebeu o nome de Tempus Veritatis, significando "hora da verdade" em latim.
Quatro ex-assessores de Jair Bolsonaro são alvos de mandados de prisão na operação. Até o momento, Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o coronel Marcelo Câmara, que trabalhou no governo anterior e atuou como ajudante de ordens de Bolsonaro, foram detidos. Bolsonaro recebeu um prazo de 24 horas para entregar seu passaporte e está proibido de sair do país, conforme determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. Seu assessor e advogado, Fabio Wajngarten, afirmou que Bolsonaro cumprirá as determinações.