Em nota divulgada nesta terça-feira, 17/9, o governo anunciou que a venda de bebidas alcoólicas será permitida normalmente no domingo de votação

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É mais um fator de tensão o Governo de Minas Gerais de não adotar a "Lei Seca" durante as eleições deste ano.

Da redação | Rede Hoje


A campanha eleitoral de 2024 tem sido marcada por discursos acalorados, acusações severas, até mesmo agressões físicas
num crescente de polarização. Um exemplo chocante desse cenário turbulento ocorreu em São Paulo, onde José Luiz Datena, candidato à prefeitura da cidade, protagonizou um episódio de violência ao dar uma cadeirada em Pablo Marçal, o outsider que tem surpreendido nas pesquisas eleitorais. Marçal, conhecido por suas declarações controversas, incitou agressões verbais que acabaram gerando a reação física de Datena. O incidente foi transmitido em plena programação da TV Cultura, um canal tradicionalmente associado à programação pedagógica, que se viu imersa em um verdadeiro "mundo cão" no horário nobre de um domingo.

Enquanto isso, um fator adicional de tensão se destaca: a decisão do Governo de Minas Gerais de não adotar a "Lei Seca" durante as eleições deste ano. Em nota divulgada n
esta terça-feira, 17/9, o governo anunciou que a venda de bebidas alcoólicas será permitida normalmente no domingo de votação.

A decisão foi tomada após deliberações entre o Governo de Minas, as forças de segurança do estado e o Gabinete Institucional de Segurança (GIS) do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG). Assim, Minas Gerais opta por não impor restrições à comercialização de álcool durante o pleito eleitoral, uma prática que, em anos anteriores, visava minimizar desordens públicas e garantir um ambiente tranquilo para o exercício do voto.

A medida revela um rompimento com a tradição de adoção da "Lei Seca" em outros anos eleitorais, quando a restrição do consumo de álcool buscava assegurar um ambiente mais sereno e menos propenso a conflitos. Em contraste, a decisão de 2024 reflete uma confiança na responsabilidade dos eleitores e na capacidade das forças de segurança para manter a ordem.

A flexibilização da venda de bebidas alcoólicas segue uma tendência observada em outras regiões do Brasil, onde a "Lei Seca" tem sido progressivamente abandonada. Para o setor de comércio, especialmente bares e restaurantes, a medida é recebida com entusiasmo, pois permite a continuidade das atividades econômicas sem interrupções durante um dia de grande movimento, como é o domingo das eleições.

Apesar da liberação
e de o Governo de Minas reforçar a necessidade de responsabilidade por parte da população, isso deixa uma tensão no ar. Mesmo com a recomendação do governo do Estado deEDITORIA que todos compareçam às urnas antes de consumir bebidas alcoólicas, para garantir que o exercício do voto seja feito com consciência e que o pleito eleitoral transcorra de maneira pacífica.

Neste cenário de elevada polarização e controvérsias, o equilíbrio entre a liberdade individual e a manutenção da ordem pública torna-se mais crucial do que nunca. A decisão de Minas Gerais e os episódios de violência na campanha eleitoral são um reflexo de um ambiente político carregado, que demanda cautela e responsabilidade tanto dos eleitores quanto dos candidatos.


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