O jornalista, apresentador e locutor de voz icônica, faleceu na manhã de hoje, aos 97 anos, em um hospital localizado em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro.

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Cid Moreira enfrentava sérias dificuldades de saúde nos últimos anos

Da redação da Rede Hoje

O Brasil perdeu, nesta quinta-feira, 3, uma de suas maiores figuras da comunicação. Cid Moreira, jornalista, apresentador e locutor de voz icônica, faleceu na manhã de hoje, aos 97 anos, em um hospital localizado em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. O veterano estava internado tratando de um quadro de pneumonia, mas, segundo a unidade hospitalar, a causa da morte foi falência múltipla de órgãos. Cid não resistiu às complicações e faleceu após uma longa luta pela saúde.

Ainda não há detalhes sobre o velório ou o sepultamento do apresentador. Dada a popularidade de Cid Moreira, é provável que uma cerimônia aberta ao público seja organizada para homenagear o ícone da televisão. O espaço segue aberto para novos posicionamentos da família.

Cid Moreira enfrentava sérias dificuldades de saúde nos últimos anos. De acordo com sua esposa, Fátima Sampaio, o jornalista já havia enfrentado problemas renais desde 2022 e, por isso, recorria com frequência a sessões de diálise. Para facilitar o tratamento, ele se mudou para perto do hospital e, em determinado momento, passou a realizar os procedimentos em sua própria casa, com o apoio de sua família e equipe médica.

Conhecido por sua voz inconfundível, Cid Moreira se destacou na história da televisão brasileira, especialmente por seu trabalho no Jornal Nacional, o principal telejornal do Brasil. Ele foi o primeiro jornalista a apresentar o noticiário, iniciando sua trajetória no programa em 1969, ao lado de Hilton Gomes. Durante cerca de 8 mil edições, Cid compartilhou a bancada com diversos colegas, sendo o mais lembrado deles o jornalista Sérgio Chapelin, com quem trabalhou por mais de uma década.

Cid deixou a Globo em 1996, após uma reestruturação da emissora, que optou por substituir o veterano por William Bonner e Lilian Witte Fibe. Sua carreira, no entanto, continuou marcada por sua passagem pelo programa Fantástico, onde narrou um dos quadros mais emblemáticos da revista eletrônica: o quadro protagonizado por Mister M, o famoso mágico mascarado.

Nascido em 27 de setembro de 1927, em Taubaté, no interior de São Paulo, Cid Moreira começou sua carreira no rádio e se tornou um dos maiores comunicadores do país. Antes de se tornar um ícone da televisão, ele trabalhou como locutor de rádio e, em 1951, entrou para a Rádio Mayrink Veiga. Em 1963, fez sua estreia na televisão como apresentador do Jornal de Vanguarda, e, em 1969, entrou para a Globo, onde consolidou seu nome como apresentador do Jornal Nacional, um marco em sua trajetória.

Cid Moreira será lembrado por sua imortal contribuição à mídia brasileira, por sua inconfundível voz e por ter sido uma referência para gerações de jornalistas e apresentadores. Sua partida representa o fim de uma era para o jornalismo televisivo no Brasil.


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