A cerimônia de premiação aconteceu nesta quinta, dia 21 de novembro de 2024, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte.

Crédito foto: Sebrae MG

Foram mulheres agricultoras associadas às cooperativas Carmocer (Carmo do Paranaíba), Expocacer (Patrocínio), monteCCer (Monte Carmelo) e Coocacer Araguari.

Da redação da Rede Hoje

A 3ª edição do Festival ‘Elas no Cerrado Mineiro’ premiou os melhores cafés produzidos por mulheres na Região do Cerrado Mineiro. A cerimônia de premiação aconteceu no dia 21 de novembro de 2024, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte. O evento foi organizado pela Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer), com o apoio do Sebrae Minas, e contou com a participação de mulheres agricultoras associadas às cooperativas Carmocer (Carmo do Paranaíba), Expocacer (Patrocínio), monteCCer (Monte Carmelo) e Coocacer Araguari.

Nesta edição, 93 amostras de café foram apresentadas ao concurso, sendo que 40 dessas amostras foram classificadas para a fase final, com dez cafés escolhidos de cada cooperativa. Ao final, três produtoras se destacaram, recebendo prêmios em forma de venda de cafés com preços diferenciados, o que representa uma valorização significativa para os produtores. O prêmio se tornou uma tradição na Semana Internacional do Café e serve como reconhecimento para o trabalho realizado pelas cooperativas em colaboração com as mulheres da região, como destacou Sandra Moraes, gerente de café especiais da Expocacer.

A grande vencedora da edição de 2024 foi a produtora Carla Poliana da Silva Oliveira, de Campos Altos, cooperada da Carmocer, que obteve 90,83 pontos em seu café. Em segundo lugar, ficou Elesandra Machado Beloni, de Patrocínio, associada à Expocacer, com 89,83 pontos. O terceiro lugar foi para Ana Silva Cunha, da monteCCer, que obteve 89,5 pontos. A premiação destaca o empenho das mulheres produtoras e fortalece o reconhecimento de sua contribuição na cadeia produtiva do café.

Carla Poliana, ao receber o prêmio, destacou a importância da valorização do trabalho feminino em sua propriedade. Ela ressaltou que 50% do time responsável pela pós-colheita é composto por mulheres, e que o prêmio reforça o compromisso da sua empresa com a qualidade do café e a promoção do papel das mulheres. Essa abordagem é vista como um reflexo de um trabalho feito com seriedade e dedicação, que impacta diretamente na qualidade do produto final.

Por sua vez, Elesandra Machado Beloni comentou que o prêmio de segundo lugar reflete o trabalho de sua família na fazenda. Como uma empresa familiar, ela enfatizou que o reconhecimento é uma confirmação de que estão seguindo o caminho certo, com foco na qualidade do café e na sustentabilidade. Essa premiação também tem um valor simbólico, pois destaca a união e o esforço de toda a família no processo de produção.

A analista do Sebrae Minas, Naiara Marra, afirmou que é gratificante ver as cooperativas se unindo para alcançar um objetivo comum. O Sebrae, ao longo dos últimos anos, tem se dedicado ao fortalecimento do empreendedorismo feminino, especialmente no setor cafeeiro. Para Naiara, o prêmio é uma forma de conferir os resultados do trabalho realizado, mostrando o impacto positivo da atuação do Sebrae na jornada das mulheres do Cerrado Mineiro.

Além da premiação dos melhores cafés, o Festival ‘Elas no Cerrado Mineiro’ também homenageou mulheres que se destacaram por seus projetos de sustentabilidade nas propriedades. A grande vencedora nessa categoria foi Karina Santos Gontijo Seibit, uma produtora multifacetada de café, soja, milho, gado de corte e leite. Karina, que também é embaixadora do Programa Essências by Expocacer e integra a Comissão de Mulheres da Faemg, foi reconhecida por seu trabalho integrado à sustentabilidade e pelo impacto que suas ações têm na sua região.

Para Eliane Cristina Barbosa Cardoso, diretora-executiva da Coocacer Araguari, o Festival ‘Elas no Cerrado Mineiro’ representa a culminância de um trabalho contínuo com as mulheres da região. Segundo ela, o projeto se desenvolve ao longo do ano por meio de diversas etapas de capacitação e orientações, visando sempre melhorar a qualidade dos cafés produzidos. Com isso, a cada edição, o festival se fortalece, evidenciando o papel cada vez mais importante das mulheres na cafeicultura da região. O festival, portanto, é um marco do empoderamento feminino no setor agrícola.

Essa premiação, além de evidenciar a qualidade dos cafés produzidos por mulheres, tem um impacto importante na sustentabilidade da cafeicultura e no fortalecimento das comunidades rurais do Cerrado Mineiro. Ao reconhecer e valorizar o trabalho das mulheres, o festival contribui para uma maior visibilidade do papel feminino na agricultura, ao mesmo tempo que promove práticas sustentáveis e de alta qualidade na produção de café.


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