O trágico acidente ocorreu durante uma apresentação da equipe em Lages, Santa Catarina, em 2 de abril de 2010, resultando na morte do piloto Capitão Anderson Amaro Fernandes, o fato não impediu a apresentação em Patrocíno-MG que que o “Memória” do canal Rede Hoje, mostra

Crédito foto: reprodução canal Rede Hoje


A apresentação e à esquerda, o piloto Capitão Anderson Amaro Fernandes

Da redação da Rede Hoje

Em 2010, a Esquadrilha da Fumaça comemorava mais um aniversário de Patrocínio-MG, em um evento marcado pela tradicional exibição de acrobacias aéreas. No entanto, poucos dias antes dessa celebração, um trágico acidente ocorreu durante uma apresentação da equipe em Lages, Santa Catarina. No dia 2 de abril de 2010, um dos aviões do grupo, um T-27 Tucano, sofreu uma queda fatal, resultando na morte do piloto Capitão Anderson Amaro Fernandes.

Mas isso não impediu que a Esquadrilha da Fumaça, consternada, realizasse sua apresentação que o “Memória” do canal Rede Hoje, mostra a apresentação em Patrocíno-MG.

O acidente aconteceu por volta das 17h, quando o Capitão Fernandes realizava uma manobra durante a apresentação que comemorava os 49 anos do Aeroclube de Lages. A aeronave caiu a aproximadamente 100 metros da pista do Aeroporto Federal do Guarujá, diante de um público de cerca de 10 mil pessoas. A queda foi fatal para o piloto, que tinha 33 anos e completaria 34 no dia 20 de abril daquele ano. Apesar da tragédia, não houve outras vítimas, e o local foi rapidamente isolado pelo Exército e pela própria Esquadrilha da Fumaça.

Capitão Fernandes, natural de Fortaleza (CE), havia ingressado na Força Aérea Brasileira (FAB) em 1996 e era um piloto experiente. Ele ocupava a função de chefe da Subseção de Patrimônio da FAB e havia sido instrutor de voo e líder da esquadrilha. Este seria seu último ano de apresentações com o grupo, uma vez que estava prestes a encerrar seu ciclo na Esquadrilha da Fumaça. A FAB iniciou imediatamente as investigações para apurar as causas do acidente.

A aeronave T-27 Tucano, modelo usado pela Esquadrilha da Fumaça, era uma das mais modernas da sua categoria e estava em operação em diversas forças aéreas internacionais, incluindo países como Argentina, Colômbia, França e Iraque. Apesar de sua robustez, este não foi o primeiro incidente envolvendo a esquadrilha. Lages já havia sido palco de um acidente anterior, em 1997, e em 2004 duas aeronaves do mesmo modelo se chocaram durante um treinamento, mas sem vítimas fatais.

A Esquadrilha da Fumaça, atualmente baseada na Academia da Força Aérea de Pirassununga (SP), é um dos grupos de acrobacias aéreas mais renomados do mundo. Desde sua primeira apresentação em 1952, a esquadrilha tem sido um símbolo da Força Aérea Brasileira, realizando mais de 3 mil demonstrações tanto no Brasil quanto no exterior. A equipe é conhecida por sua destreza e habilidade em acrobacias complexas, e seu principal objetivo é ser um instrumento de comunicação e representação da FAB em eventos oficiais.

Para integrar a Esquadrilha da Fumaça, o piloto deve ter uma formação específica na Academia da Força Aérea e um mínimo de 1.500 horas de voo. A seleção é rigorosa, com treinamentos diários antes da aprovação para as apresentações públicas. Cada piloto permanece no esquadrão por quatro anos, após os quais o ciclo é renovado com novos integrantes. A perda do Capitão Anderson Amaro Fernandes foi uma grande tragédia para o grupo, que segue como um dos maiores símbolos da aviação militar brasileira.

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