O revés complicou as chances do time mineiro de alcançar a Libertadores de 2025 e mais uma vez, as limitações técnicas e táticas que, ao longo da temporada, flertou com a mediocridade que com a competitividade
Crédito foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Apesar de jogar em casa – mesmo com os portões fechados devido à punição da CBF –, o Cruzeiro não conseguiu impor seu ritmo
Da redação da Rede Hoje
O Cruzeiro amargou uma derrota crucial no Mineirão na noite desta quarta-feira (4), ao ser derrotado de virada pelo Palmeiras por 2 a 1, em jogo válido pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O revés não apenas complicou as chances do time mineiro de alcançar a Libertadores de 2025, mas também evidenciou, mais uma vez, as limitações técnicas e táticas de uma equipe que, ao longo da temporada, flertou mais com a mediocridade do que com a competitividade.
Apesar de jogar em casa – mesmo com os portões fechados devido à punição da CBF –, o Cruzeiro não conseguiu impor seu ritmo. O primeiro tempo apresentou um time sem criatividade, incapaz de aproveitar a fragilidade defensiva inicial do Palmeiras. Se não fosse o goleiro Cássio, que fez importantes defesas, a partida poderia ter sido definida antes mesmo do intervalo.
No segundo tempo, o gol de Matheus Pereira, logo aos seis minutos, deu uma esperança momentânea à torcida cruzeirense, que esperava ver o time crescer no jogo. No entanto, a reação durou pouco. A postura passiva e a falta de organização coletiva permitiram que o Palmeiras, com qualidade técnica superior e um banco mais eficiente, tomasse conta do jogo.
O empate veio aos 15 minutos, com Maurício, que aproveitou a ausência de marcação para igualar o placar. Aos 42 minutos, a virada se concretizou em grande estilo, com Estêvão cobrando falta com precisão. A vitória do Palmeiras foi merecida, mas o que mais chamou atenção foi a incapacidade do Cruzeiro de reagir.
A falha do comando técnico
As escolhas do técnico não ajudaram. A insistência em um esquema previsível e a demora para realizar substituições efetivas irritaram até os comentaristas mais comedidos. Faltou visão para ajustar a equipe e encontrar soluções para conter o ímpeto do adversário. A incapacidade do treinador em motivar o time e preparar estratégias para enfrentar rivais mais qualificados tem sido uma constante ao longo do campeonato.
Uma campanha aquém do esperado
Com 49 pontos e apenas uma rodada restante, o Cruzeiro segue na 9ª posição, dependendo de uma combinação de resultados para alcançar uma vaga internacional. Para um clube de tamanha tradição, esta campanha não pode ser comemorada. Pelo contrário, deveria acender um alerta para 2025.
Próximo desafio: mais do mesmo?
No domingo (8), o Cruzeiro enfrenta o Juventude fora de casa. Será que o técnico terá capacidade de mudar a postura do time? Ou veremos mais uma atuação apática que reafirma a falta de ambição e competência? Fica a reflexão.
Cruzeiro 1 x 2 Palmeiras
Motivo: 37ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: 4 de dezembro de 2024, às 21h30 (de Brasília)
Cruzeiro: Cássio; William, João Marcelo, Zé Ivaldo, Marlon; Lucas Silva, Ramiro, Japa (Peralta) e Matheus Pereira (Vitinho); Gabriel Veron (Kaique Kenji) e Lautaro Díaz (Tevis). Técnico: Fernando Diniz.
Palmeiras: Weverton; Giay (Mayke), Vitor Reis, Murilo e Vanderlan (Caio Paulista); Aníbal Moreno (Gabriel Menino) e Richard Ríos; Estêvão, Raphael Veiga (Lázaro) e Felipe Anderson (Maurício); Flaco López. Técnico: Abel Ferreira
Gols: Matheus Pereira, do Cruzeiro, aos 6/2ºT; Maurício, do Palmeiras, aos 15/2ºT; Estêvão, do Palmeiras, aos 44/2ºT;
Cartões amarelos: Marlon, Zé Ivaldo (Cruzeiro); Vitor Reis (Palmeiras)
Árbitro: Anderson Daronco; auxiliares: Rafael da Silva Alves e Eduardo Goncalves da Cruz; VAR: Daniel Nobre Bins