Um círculo de apoio para quem cuida: projeto fortalece direitos de famílias que vivem com diabetes, a proposta é da deputada patrocinense Maria Clara Marra
Foto: Instagram divulgação
Deputada Maria Clara com Maristela Feldner de Barros Cunha de Tupaciguara, esposa do presidente da Federação Nacional das Apaes, Jarbas Feldner de Barros e Natasha Fernandes França.
Da Redação da Rede Hoje
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, na última terça-feira (25/03), o Projeto de Lei 2.621/2024, que institui a Política Estadual de Apoio às Mães Pâncreas. A proposta, de autoria da deputada patrocinense Maria Clara Marra, visa oferecer suporte integral a mães e responsáveis por crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 no estado.
O projeto prevê uma série de medidas concretas para melhorar a qualidade de vida dessas famílias. Entre elas, destacam-se o atendimento por equipe multidisciplinar – incluindo endocrinologistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais – e a capacitação de professores e funcionários escolares para lidar com emergências relacionadas ao diabetes.
Outras iniciativas incluem a criação de grupos de apoio para troca de experiências entre as mães, um canal exclusivo para denúncias sobre falta de insumos e medicamentos no serviço público, e o incentivo ao uso do círculo azul como símbolo do diabetes, facilitando a identificação rápida da condição em situações de emergência.
Dados da pesquisa "Os altos e baixos do diabetes na família brasileira" (Novo Nordisk/Datafolha) revelam que 80% dos pacientes afirmam que a doença impacta profundamente a rotina familiar. "Essas mães são verdadeiras heroínas. Elas assumem a responsabilidade de cuidar de seus filhos com uma doença crônica, e é nossa missão garantir que elas não carreguem esse fardo sozinhas", afirma a deputada Maria Clara Marra.
O termo "mães pâncreas" refere-se às mulheres que monitoram constantemente os níveis de glicose, administram insulina e ajustam dietas de seus filhos. "Esse projeto é uma forma de reconhecimento e de assegurar que elas tenham todo o suporte necessário", complementa a parlamentar.
Com a aprovação na CCJ, o PL 2.621/2024 segue para tramitação na Assembleia. Se aprovada, a política será pioneira em Minas Gerais. ""Esse é um compromisso com a vida e com a dignidade dessas mães e crianças. Vamos lutar para que esse projeto seja aprovado e saia do papel.O apoio da sociedade é fundamental para garantir que a proposta avance", destaca a deputada, que pretende transformar o projeto em referência nacional.